Aliados do Amor ~Milovier

Você Precisa de Uma Diversão

Mais um dia se inicia.
Com um grande estrondo na cozinha, Olivier desperta.
Olivier desceu para a cozinha, aparentemente bem preocupado.

—Amelie? —indagou o garoto preocupado ao encontrar sua irmã encolhida no canto da cozinha com uma panela caída ao seu lado.

Amelie não disse nada, apenas olhou para Olivier com os olhos marejados.

—O que aconteceu? Tá tudo bem? Você se machucou?
—Olivier, desde que a gente saiu da ilha eu me sinto estranha. Muito estranha. Me sinto mal, inútil, como se eu não conseguisse fazer nada. —disse a garota em meio a lágrimas.
—Maninha… Eu te amo. Você é muito importante pra mim e pra todos nós. Você pode ser meio irritante, mas eu ainda te amo. —disse Olivier dando um grande sorriso.

Amelie apenas o abraçou.
Ela estava surpresa. Há quanto tempo ele não a chamava de "maninha" e falava que a amava? A última vez que ele fez isso ela estava chorando porque ela achava que o papai não os amava e gostava mais do trabalho do que deles. Eles tinham 10 anos.
Olivier a acalmou e ajudou a limpar a bagunça que ela fez.

—Que horas são, Olivier?
—São… —ele procurou o celular —São 09:28.
—Os outros já devem estar perto de acordar. A gente deveria, sei lá, cozinhar algo, não é? —disse ela olhando para Olivier.
—Amelie, desde quando você cozinha?

Ela apenas deu uma risada sarcástica para ele.
Bom, ela realmente não cozinhava, mas ela poderia tentar, eu acho.
Amelie pegou alguns ingredientes do armário.

—O que você vai fazer? —indagou Olivier.
—Um bolo. —disse ela sorrindo.
—E você sabe fazer bolo?
—Eu não, mas a moça do vídeo sim. —disse ela mostrando o celular com um vídeo de tutorial.

Olivier apenas sorriu.
Amelie preparou o bolo e Olivier apenas ajudou. Pelo menos era isso que ela dizia, mesmo que Olivier tenha feito a maior parte do trabalho.
Trabalho feito, o bolo estava no forno.

—Agora é só não esquecer no forno. —disse Olivier.

Amelie sorriu.
Os dois subiram para seus quartos.
Olivier estava em seu quarto, até que ele escuta uma batida em sua porta.
Olivier achou ser Milo ou Bárbara, no fundo ele queria que fosse Milo.

—Ah, é você. —disse Olivier quando viu que era Amelie ali.
—Não, é o bicho papão. Vamos, sai da frente. Me deixa entrar.

Olivier saiu do caminho da porta e a garota entrou.

—Olha! —Amelie mostrou um anúncio de uma festa que iria ter no sábado.
—O que tem? —disse Olivier confuso.
—A gente TEM que ir. —continuou Amelie sorrindo.
—Ah não, não, não. —disse Olivier balançando a cabeça negativamente.
—Vamos, vai ser legal. Você precisa de uma diversão.
—Não, Amelie. Eu não vou nessa coisa.
—Vamos, maninho, é amanhã. Por favor. Se eu convencer o Milo e a Bárbara, você vai?

Sua expressão mudou, até que não seria tão ruim se eles estivessem lá também.

—Tá, tá bom. Se você convencer eles, eu vou.

Amelie sorriu com uma expressão de vitória e saiu do quarto deixando a porta aberta. Ele odiava quando ela saia sem fechar a porta, o obrigando a levantar e fechá-la.
Minutos se passaram até que Olivier ouviu um grito vindo da cozinha.
Olivier foi até a cozinha e encontrou Amelie abanando o forno com um guardanapo.

—O que aconteceu? —indagou Olivier vendo aquela cena.
—Meu bolo queimou. —disse Amelie colocando o bolo, ou o carvão em cima da mesa.
—Ah, nem tá tão ruim. Ainda dá de comer metade. —disse Olivier segurando a risada.

Amelie concordou com a cabeça.
Dessa vez o grito de Amelie acordou todos da casa.
Todos chegaram à cozinha e se depararam com Amelie e Olivier cortando metade de um bolo.

—Meu deus meninos, o que aconteceu? —disse Angelina se aproximando.
—A gente tentou fazer um bolo, mas metade queimou. —disse Olivier calmamente.

Todos seguraram a risada.
Sentaram-se à mesa e cortaram um pedaço do bolo.
Estava realmente bom.
Milo estava de frente para Olivier. Olivier estava nervoso com a presença de Milo, mas por que? Nem ele sabia.
Todos comeram e Amelie puxou Bárbara e Milo para um canto.

—O que aconteceu Amelie? —perguntou Bárbara.
—Vocês iriam em uma festa amanhã? —interrogou Amelie com uma expressão sem graça.
—Ah, eu acho que sim. O Olivier vai? —perguntou Milo.
—Ele disse que vai ir se vocês forem, eu ia chamar de todo jeito, mas não contem pra ele.
—Ah, eu acho que dá de a gente ir, né Milo? —disse Bárbara olhando para Milo.
—Acho que sim.

Amelie chamou Olivier.

—Convenci eles, idiota. Agora você tem que ir.

Olivier revirou os olhos e saiu, mas no fundo ele estava feliz. Há quanto tempo ele não ia em uma festa? Acho que uns 3 ou 4 anos.
O dia terminou, foi um dia bem entediante, nada demais.
Eles jantaram e foram para seus quartos.
Assim se finaliza mais um dia.