A noite caia sobre a mansão e apenas Milo e Olivier permaneciam acordados.Pensamentos e mais pensamentos vinham e iam à mente de Olivier.
Olivier não entendia o que sentia por Milo. Não entendia o porquê de pensar tanto no garoto. Em cada detalhe do garoto.Olivier, de alguma forma, não enxergava o fato de estar perdidamente apaixonado por Milo.
Olivier decide ir até o quarto de Amelie.
O garoto caminhou silenciosamente até o quarto da irmã e bateu à porta.Amelie acordou em um susto. Indignada foi abrir a porta.
—Olivier, que porra você quer? São uma da manhã. —esbravejou Amelie.
Olivier entrou no quarto da garota e sentou-se à cama sem pedir licença.
Amelie fechou a porta, já mais calma e, agora, curiosa.
—Olivier, o que aconteceu? —perguntou Amelie com as mãos na cintura, olhando para ele.
—Amelie, como é estar apaixonado? —perguntou o garoto gaguejando.Amelie disfarçadamente deu um pequeno sorriso.
—Ah, você pensa muito na pessoa, a pessoa te deixa envergonhado, você sente um frio ridículo na barriga quando está com a pessoa ou quando você pensa nela, têm várias sensações que estar apaixonado por alguém causa. —disse Amelie se sentando ao lado de Olivier.
Olivier sorriu timidamente.
—Eu sei que você tá apaixonado pelo Milo, maninho. —disse Amelie dando um gentil sorriso.
—Eu? Eu… —Olivier gaguejou.
—Tá tudo bem, Olivier. —interrompeu. —Não tem problema algum você gostar de garotos, assim como não tem problema eu gostar de garotas, amar não é errado.Olivier abraçou a irmã fortemente.
Ele estava contente pela irmã ter o entendido, também por Olivier ter compreendido o que já suspeitava, ele estava apaixonado por Milo Castello.—Agora que você sabe que você ama o moleque de cabelo cacheado e esquizofrênico, me deixa dormir. Vaza. —disse Amelie, empurrando o garoto para fora do quarto.
Olivier foi para seu quarto.
Ele estava nervoso, não conseguia dormir. Ele não sabia se Milo estava ou não dormindo, mas resolveu mandar uma mensagem ao garoto.Milo estava lendo, o sono não vinha de forma alguma, então o que lhe restava a fazer era ler. Até que o garoto sente o celular vibrar perto de seu travesseiro.
Milo sorriu ao ver que era uma mensagem de Olivier.
"Oi, Milo
Desculpa se estiver dormindo
Pode vir ao meu quarto?"O garoto caminhou até o quarto de Olivier.
Olivier estava nervoso. E se estivesse incomodando? E se tivesse acordado o garoto? E se Milo o achasse idiota por estar o chamando? Mas todos esses pensamentos foram interrompidos com uma batida na porta.
Olivier rapidamente abriu a porta e Milo entrou em seu quarto.
—Milo, eu só queria dizer… —Olivier fez uma pequena pausa e respirou fundo. —Eu só queria dizer que eu estou apaixonado por você, eu acho… Não, eu tenho certeza que eu estou apaixonado por você. —Olivier disse rapidamente e logo em seguida, abaixando a cabeça.
Milo se aproximou de Olivier, causando borboletas no estômago do mesmo.
Olivier levantou o olhar.—Eu te amo, Milo. Eu tenho certeza disso. —continuou Olivier, agora, olhando nos olhos do garoto.
Olivier nunca tinha dito que amava alguém fora de sua família, isso foi uma surpresa até para o próprio Olivier, já que a fala foi quase que involuntária.
—Eu também te amo, bobo. —disse Milo envolvendo os braços na cintura do garoto e o puxando para um abraço. —Amo muito. —sussurrou.
Olivier deu pequenos passos para trás, puxando Milo pela cintura até chegar à cama.
Os dois se deitaram à cama.
Milo estava deitado no peitoral de Olivier, com os braços envoltos em sua cintura, enquanto Olivier admirava cada detalhe do garoto e acariciava o rosto do mesmo.
—Eu amo tudo em você. —disse Olivier olhando nos olhos verdes profundos do garoto. —Suas sardas, seus cachinhos, você por completo. —continuou Olivier passando os dedos pelos cachos do garoto.
Os dois ficaram um bom tempo apenas abraçados, sem dizer nada. Um silêncio habitava no quarto, mas não um silêncio constrangedor, era um silêncio confortante.
—Milo? —indagou Olivier.
—Oi? —continuou o garoto olhando para Olivier.
—Assim, você sabe sua sexualidade?Olivier estava confuso sobre sua sexualidade, então, resolveu perguntar sobre isso à alguém.
Milo sorriu levemente.
—Eu sou gay, eu sou muito gay. —respondeu o garoto pousando seus olhos nos lábios de Olivier.
Olivier pegou em seu pescoço, o puxando para um ávido beijo. O beijo foi diminuindo, até tornar-se novamente um afago abraço.
Milo se deitou no peitoral do garoto, enquanto o mesmo acariciava seu rosto.
Milo dormiu rapidamente, e Olivier não demorou para adormecer junto ao garoto.
O dia amanheceu, eram dez da manhã e Milo e Olivier ainda dormiam.
Amelie entrou no quarto e sorriu, vendo os dois dormindo juntos.
—Acordem seus gays do caralho. —disse Amelie rindo, enquanto tacava um travesseiro nos garotos.
Os dois acordaram em um susto.
—Vai se foder, Amelie. —disse Olivier sonolento, levando as mãos ao rosto.
—Nossa eu te ajudei ontem pra você poder dar o cu pro menino e você me agradece assim? Também não te ajudo mais em nada. —respondeu Amelie levando as mãos à cintura.
—Cala a boca. —continuou Olivier, querendo que a terra o engolisse.Milo apenas riu da situação.
Após os três descerem, todos foram para a cozinha, então, Olivier se viu sozinho com Angelina na sala.
Olivier queria dizer para a mãe sobre Milo.
—Mãe… —disse Olivier lentamente.
—Oi? Pode falar filho. —respondeu Angelina deixando o celular sobre a mesa e olhando para o garoto.
—Você… —Olivier pausou sua fala. —Você sabe que eu tenho um carinho muito grande pelo Milo, né? —perguntou Olivier timidamente.Angelina pareceu confusa.
—Ah, sei filho. Ele é seu melhor amigo, certo? —continuou Angelina o olhando confusa.
—Ele é meu namorado, mãe. —disse Olivier ligeiramente. —Ele não é meu melhor amigo, ele é meu namorado.Angelina ficou sem reação. Angelina realmente não esperava essa resposta.
—Ah, meu amor. —disse Angelina se levantando e abrindo os braços convidando Olivier para um abraço.
Olivier a abraçou fortemente.
—Desculpa, mãe. —disse Olivier com a voz trêmula.
—Tá tudo bem meu amor, se você realmente gosta dele, não tem problema. Amar não é errado.
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Aliados do Amor ~Milovier
RomanceMilo Castello e Olivier Florence, dois jovens adultos, ambos apaixonados e confusos. O primeiro amor é sempre o mais difícil, mas também o mais doce e puro.