Aliados do Amor ~Milovier

A Festa

Chegaram à festa.
Estava tudo cheio e com uma música alta.

-Amelie, que festa mais... mais...
-É perfeita. -disse Amelie interrompendo Bárbara.
-É assim mesmo Bárbara você só não está acostumada -disse Olivier.

Todos entraram na festa.
Para conversar, tinham que gritar.
O DJ era extremamente eclético, estava variando entre músicas calmas e românticas e músicas extremamente animadas.
Amelie e Bárbara foram dançar juntas, deixando Milo e Olivier sozinhos.

-Me daria essa honra? -disse Milo estendendo sua mão para Olivier.
-Mas é claro -respondeu Olivier com um sorriso bobo.

Olivier pegou na cintura do garoto, o que o deixou envergonhado, mas ainda sim pegou nos ombros de Olivier e, assim, dançaram o que era uma música romântica.
Olivier estava quase que enfeitiçado pelo jeito desajeitado de dançar, os olhos, o calor de sua pele, era estranho, tudo em Milo quase que o puxava.

-Olivier, por que está me olhando assim? -disse Milo vermelho como uma pimenta por conta do olhar penetrante do garoto, que, quase que atingia sua alma.

-Assim? Assim como?

Olivier tirou as mãos da cintura do garoto e as pousou em seu rosto. Nem ele mesmo sabia o porquê de ter feito aquilo.
Assim que suas mãos gélidas entraram em contato com a pele morna do garoto um arrepio percorreu sua espinha.
Então, em um impulso descontrolado Milo o beijou.
Segundos após seus lábios se encontrarem ele percebeu o que tinha feito.

-Me desculpa, eu não sei o que deu em mim -disse enquanto se afastava -eu não quis fazer isso, eu acho... -disse enquanto sumia na multidão.

"Mas que porra foi essa" Olivier pensou. Mas ele estranhamente tinha gostado daquilo.
Depois de alguns segundos paralisado no meio da festa, Olivier resolveu ir procurar Milo.
Depois de alguns minutos o procurando, Olivier avistou Bárbara e Amelie dançando.

-Meninas, vocês viram o Milo? -disse Olivier um pouco ofegante.
-Não, aconteceu alguma coisa? Ele tá bem? -disse Bárbara preocupada.
-Está tudo bem, só aconteceu uma coisa e ele saiu correndo. Você sabe pra onde ele pode ter ido?
-Bom, ele não gosta de barulho, então ele deve ter saído da festa. Lá fora tem um jardim, talvez ele esteja lá.
-Tá bom, eu vou procurar ele, obrigado. -disse Olivier saindo.
-Eu vou ir junto, tá bom, Amelie? -disse Bárbara olhando para Amelie.
-Acho que é melhor eles se resolverem sozinhos. -disse a garota segurando no braço de Bárbara.

Bárbara ficou lá, mas ainda estava preocupada.
Olivier foi para o jardim e realmente Milo estava lá. Olivier o encontrou sentado no canto, mexendo em uma margarida.
Olivier sentou-se ao lado do garoto.
Milo levantou a cabeça e olhou para Olivier com os olhos marejados.

-Milo... -disse Olivier com uma voz calma.
-Não precisa dizer nada, -interrompeu o garoto. -eu me precipitei. Eu só achei que você, de alguma forma, queria isso. Me desculpa.
-Eu gostei. Eu não consigo admitir isso nem pra mim mesmo, mas eu gostei.

Milo o olhou com um olhar surpreso.
É óbvio que Milo também havia adorado aquilo.

-Desde que eu cheguei na ilha, minha cabeça ficou muito confusa. Quando eu olho pra você é como se algo me puxasse. Eu nunca senti isso, sabe? Eu sempre fui muito fechado, sempre me senti sozinho, mas você despertou sentimentos em mim que eu nunca senti antes.

Milo ouvia aquilo atentamente.
Ele também se sentia assim, ele nunca tinha gostado de ninguém.

-Eu te entendo, também fico confuso perto de você. -disse o garoto olhando para Olivier atentamente, quase que hipnotizado.
-Sabe, quando você me beijou, eu entendi. Eu gosto de você.

Olivier inclina seu corpo na direção de Milo.
Estavam tão perto ao ponto de sentir suas respirações calmas e quentes.
Olivier pega o rosto de Milo com as duas mãos e o beija.
Milo tenta raciocinar o que estava acontecendo, aquilo não era nada parecido com qualquer coisa que ele já havia sentido antes.
Depois de quase 20 minutos de conversa eles decidem voltar à festa.
Assim que entraram encontraram Bárbara e Amelie perto da entrada, se beijando.

-Meu Deus, que porra é essa -disse Milo em meio a uma risada desajeitada.
-A gente não pode dizer nada, né? -disse Olivier olhando para Milo segurando o riso.

As meninas percebem a presença deles alí e tentam disfarçar.

-Ah, meninos. Vejo que você encontrou o Milo, né? -disse Bárbara se afastando de Amelie.
-É, Bárbara, eu também vejo que você encontrou a boca da Amelie. -disse Olivier em meio a uma risada.
-Ah, sobre isso... -Amelie tentou se explicar.
-Não precisa dizer nada, a gente vai deixar vocês -disse Milo dando uma piscadinha para as duas e puxando Olivier para a festa.

Os se aproximaram do balcão e pediram uma bebida.
Estavam tão emergidos na conversa que não perceberam o tempo passar.

-Olivier, que horas são? -disse Milo preocupado.
-Meu Deus, são 02:54 -continuou Olivier guardando o celular e levantando dali.
-A gente prometeu pra sua mãe que voltaríamos até uma hora atrás.

Milo e Olivier foram falar com as garotas, que estavam bêbadas.
Olivier e Milo chamaram um carro e foram para a mansão.