Olivier tomou banho e vestiu uma roupa qualquer.
Olivier estava terminando de se arrumar até que ouviu uma batida na porta. Era Milo.—A Amelie disse pra eu pegar alguma roupa emprestada com você porque eu não tenho nenhuma. —disse Milo assim que Olivier abriu a porta.
—Ah, tá bom, escolhe alguma aí no meu armário. —disse Olivier apontando com a cabeça para o guarda-roupas.Milo acenou com a cabeça positivamente e pegou a primeira roupa que viu.
—Obrigado, Olivier. —disse Milo envergonhado enquanto saia rapidamente do quarto.
Olivier ficou confuso, mas acabou de se arrumar.
"Essas roupas têm o cheiro do Oli." Pensou Milo enquanto se trocava.
Milo foi para o quarto de Amelie e todos estavam lá. Estavam todos prontos, então Amelie pediu o Uber.
Chegaram ao shopping e foram comprar pipoca, pois o filme tinha acabado de começar.
Indo para a entrada, Amelie deixou um dos ingressos cair no chão, até aí tudo bem, certo? Mas o lugar que ela deixou o ingresso cair estava encharcado de água, ou refrigerante.—Mas que merda. —trovejou Amelie pegando o ingresso caído no chão.
—Estragou? —perguntou Olivier.
—O que você acha? Óbvio que estragou. —disse Amelie jogando o bilhete, agora rasgado e molhado no lixeiro.
—Você trouxe dinheiro para comprar outro? —perguntou Olivier.
—Não. —continuou Amelie.
—Nossa, mas você é uma idiota, né, Amelie? —disse Olivier indo até a bilheteria comprar outro.Após alguns minutos, Olivier voltou com o ingresso novo.
Eles entraram na sala.
O filme estava na metade, mas ainda sim, dava de entender.
Olivier estava ao lado de Milo. Amelie ao lado de Bárbara.
Milo estava gostando da experiência do cinema. Ele estava focado no filme até que Olivier pegou em sua mão. Aquilo o desconcentrou.
A mão gélida do garoto causava arrepios em Milo.
Ao mesmo tempo que Olivier o deixava nervoso, o acalmava também.
O filme acabou e todos saíram.
Andaram mais um pouco pelo shopping, compraram roupas para Bárbara e Milo, comeram e finalmente foram embora.
Chegaram em casa eram 21:23, Bárbara estava cansada, então foi para o quarto.
Olivier, Amelie e Milo conversaram sobre o filme, até que finalmente foram dormir.
Milo foi para seu quarto. Ele não conseguia dormir.
"E lá vamos nós" Pensou o garoto, já sabendo que a noite seria longa.
Pensamentos iam e vinham, mas o sono esqueceu de vir também.
Milo decidiu escrever, ele tinha esse hábito secretamente desde criança.Olivier, eu não sei o que acontece.
Você é incrível e eu estou totalmente maravilhado com isso, sempre estive, na verdade.
Seus olhos, seu jeito, seu cheiro, ah seu cheiro… Você inteiro me deixa fascinado.
Sua boca é macia assim como seu cabelo e eu gosto de ter essa informação.
Seus olhos brilham mais que todas as estrelas que já observei.
Você é como uma droga para mim.Mesmo após desabafar tudo em um papel, o sono ainda não veio. Faltava algo, algo que ele não sabia o que era.
Milo não sabia que Olivier estava na mesma situação. Ambos não conseguiam dormir por estar apaixonadamente pensando um no outro, mas Olivier não tinha nenhum papel para desabafar sobre Milo e como ele o deixava "estranho".
Milo decidiu pegar um livro da estante.
Dentro de um livro havia uma página solta que caiu no chão após que Milo tirou o livro da estante. Nesta página havia um poema. Milo pegou o papel e sentou-se na cama para ler o conteúdo da página.Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?Luís de Camões
Milo guardou a folha com si, junto às suas poucas, mas queridas coisas.
Deitou-se à cama, apagou as luzes e finalmente, após alguns minutos adormeceu.
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Aliados do Amor ~Milovier
RomanceMilo Castello e Olivier Florence, dois jovens adultos, ambos apaixonados e confusos. O primeiro amor é sempre o mais difícil, mas também o mais doce e puro.