Sentimentos

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  Olivier foi para seu quarto. Após alguns minutos entediantes, Olivier cochilou, não costumava dormir durante o dia, mas hoje ele dormiu.

 Após quase uma hora dormindo, Olivier desperta. Ele procura o próprio celular e não o encontra. Olivier percebe que havia o deixado na sala, antes de ir para o quarto de Milo. Então, o garoto desceu para a sala, em busca de seu telefone.

 O celular realmente estava lá, no mesmo lugar de antes. Isso significa que ninguém mexeu, certo? Seus materiais de desenho também estavam lá.

 Olivier liga a tela e percebe que deixou a notificação de Milo ali. Qualquer um que ligasse a tela veria. Então, rapidamente limpou a notificação.

 Olivier pegou o celular juntamente aos materias de desenho e foi para seu quarto.

 Após longos minutos entediantes, Olivier desceu até a cozinha, em busca de algo para comer.

 Olivier preparou um sanduíche e o comeu.

 Indo para seu quarto, passou em frente ao quarto de Milo. Olivier ouviu um resmungo, como o de alguém que estava chorando. Olivier parou em frente ao quarto, em busca de saber se realmente havia alguém chorando. Após alguns segundos, Olivier percebeu o choro abafado de Milo.

 —Milo? Tá tudo bem? O que aconteceu? —disse o garoto batendo levemente na porta.

 Milo abriu a porta, se fosse qualquer outra pessoa, até mesmo Bárbara, ele não abriria. Mas com Olivier era diferente, ele confiava em Olivier.

 Milo não olhou nos olhos de do garoto, manteve a cabeça baixa, enquanto abria caminho para Olivier passar. Milo trancou a porta novamente e se sentou na cama. Milo ainda não ousava olhar para Olivier.

 Olivier estava preocupado. 

 —Milo, você tá bem? —disse Olivier pegando delicadamente no queixo do garoto e levantando seu rosto para cima, em sua direção.

 Olivier percebeu os olhos marejados do garoto. Milo claramente estava chorando há muito tempo. Lágrimas pesadas caiam de seus olhos avermelhados.

 Olivier não sabia o que fazer em relação a isso. Um nó se instalou em sua garganta, ver Milo nesta situação com certeza o causava um sentimento de angústia.

 Milo o olhava com um olhar vazio, bem diferente do olhar intenso e profundo que o garoto emanava.

 Milo se levantou da cama, como se esperasse um abraço.

 Olivier entendeu e envolveu o garoto em um longo abraço apertado. 

 Milo o abraçou de volta, era tudo que ele precisava, um abraço, precisava de atenção.

 Após minutos, Milo se afastou e olhou para Olivier ainda com os olhos avermelhados.

 —Desde que… —Milo fez uma pausa em sua garganta.

 —Você não precisa falar, caso não queira. —disse Olivier olhando profundamente nos olhos do garoto.

 —Eu quero, eu confio em você. Mas ainda é difícil falar sobre isso.

 —Continuou Milo, olhando para Olivier.

 Milo o abraçou novamente, em um abraço mais curto que o último, mas tão intenso quanto.

 Milo se afastou e começou a falar. Ele já não chorava mais, a presença de Olivier o acalmava, sempre.

 —Desde que meu pai morreu, eu me sinto vazio. Meu pai era tudo que eu tinha. —Disse Milo cabisbaixo.

 Milo lembra dos momentos mais felizes que teve com seu pai, lembra dos sorrisos, das brincadeiras. Lembra de como Bartô dava a vida por ele. Essas lembranças fazem os olhos do garoto marejaram novamente.

 Olivier o abraça, Olivier não diria que o entendia, pois não o entendia. Essa dor era inigualável e Olivier sabia disso, então, apenas o abraçou, apenas o consolou.

 —Obrigado, Olivier. —murmurou o garoto.

 Olivier o abraçou com ternura.

 Após minutos de um longo e afago abraço, Milo entrelaçou seus braços no pescoço de Olivier, e automaticamente Olivier agarrou sua cintura.

 —Você é incrível, Olivier. —murmurou Milo.

 O coração de Olivier bateu fortemente com o murmuro do garoto próximo a seu ouvido. Milo percebeu isso, obviamente.

 —Milo —disse Olivier se afastando do abraço e pegando levemente no rosto do garoto.

 —Oi? Pode falar —disse o garoto gaguejando.

 —Você é incrível, e eu não sei o que eu faria sem você. Eu sou grato por ter conhecido você, pelo menos algo bom saiu daquela maldita ilha. 

 Olivier não entendia o que sentia, mas sabia que era forte. Quando Milo estava longe ele sentia saudades, mesmo tendo o visto minutos atrás. Quando Milo estava perto, seu coração acelerava. Milo tinha um grande poder sobre Olivier. 

Aliados do Amor ~MilovierOnde histórias criam vida. Descubra agora