Capítulo Nove

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P.O.V KARA ZOR-EL

— Alex, está 100% certa disso?

— Por quê? Saia para eu poder ver.

— Tem certeza de que você deu para ela o meu número certo de vestido e não o de uma garota imaginária que você criou na sua mente? — Olhei para mim, de novo, e tentei tomar uma decisão. — Quando você vir isto, não vai poder desver. Não diga que não te avisei.

— Kara, vamos, saia daí.

— Como quiser, minha querida Alex. — Dei de ombros, tentei respirar fundo e saí do banheiro.

Eram quase 10h da manhã e estávamos no quarto de Alex, onde ela fazia coisas más, bem más, com a esposa bonita dela, mas que não compartilhava com a amiga ― compartilhava no sentido de contava ―, provando vestidos para o baile de gala de Nacional City do filme delas ao qual iríamos naquela noite.

Um pouco antes, o estilista de Sam tinha deixado dez opções diferentes para Alex e para mim, e nós as provamos até encontrarmos as certas.

— Minha nossa — Alex disse quando levantou a cabeça, desviando os olhos do celular e grudando-os no meu peito. — Minha nossa. O que está acontecendo com seus peitinhos?

Franzi a testa para ela e levei as mãos aos seios, olhando para baixo por um instante.

— Não chama eles de peitinhos e este vestido está acontecendo com meus peitos. Como está?

— Ah, está… está, sabe. Demais.

— Bom, te avisei. Não pode dizer que não avisei. — Enquanto eu caminhava para o espelho de corpo inteiro, enfiei os polegares entre o tecido grosso e meus seios e tentei puxá-lo mais para cima. O único problema era que nada resolvia. Olhei meu reflexo no espelho e então olhei para trás, para Alex.

— Olha, acho que posso atravessar um rio, como um bote inflável, com este vestido. Não seria divertido?

— Kara — ela resmungou e se ajoelhou na cama. — Venha aqui. Vou ver se consigo puxá-lo para cima.

— Já tentei— falei, mas mesmo assim me virei para me aproximar dela. — Acho que isso é o mais alto que vai. Meus pobres seios não conseguem nem respirar direito. Como você consegue andar com seus filhotes por aí? Sim, eles são bons para encostar e dormir, mas isso… — levantei os seios ainda mais com as mãos — … isso é absurdo. Eles
estão quase tocando meu queixo, pelo amor de Deus! Me ajude a sair daqui antes que eu exploda.

— Mas o tomara que caia fica ótimo por causa do seu cabelo.

— Tente, Alex — falei, desistindo e soltando os seios ao parar na frente dela. — Tente fazer dar certo, então.

Ela mordeu o lábio inferior e ficou olhando para os meus seios.

Estalei os dedos na frente do rosto dela.

— Com licença! Não sou só um pedaço de carne.

— Desculpa. — Ela riu. — Desculpa, não consigo parar de olhar. — Ainda me olhando, ela começou a puxar o tecido.

— Ah, obrigada — disse eu, quando ela conseguiu piorar as coisas.

— Sempre quis saber como seria se meu queixo desaparecesse entre os seios.

Ela riu e soltou o vestido, observando meus seios saltarem logo depois. Então, esticou um dedo e tocou meu seio.

— É bom, não é? — perguntei, pressionando meu dedo no outro seio. — Parece uma nuvem fofinha. É por isso que adoro dormir acomodada nos seus.

The Wall Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora