Capítulo Dez

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P.O.V LENA LUTHOR

Após minha discussão com Helena , fui em direção à porta dos fundos do local para que eu pudesse escapar e ir para casa.
Sabia que ter vindo não mudaria nada, mas eu ainda precisava falar com ela.

Levá-la ao tribunal para brigar pela guarda de Liam era a última coisa que eu queria fazer, mas Helena … ela estava me forçando a isso. Ela não tinha como ser mãe de Liam. Os paparazzi estavam esperando na porta principal, então sair por ali estava fora de cogitação. Já era ruim que eles tivessem tirado fotos de mim e Helena  em uma conversa acalorada ― só Deus sabia que história eles escreveriam para acompanhar essas imagens ―, e a última coisa que eu queria era que me fotografassem saindo do lugar.

Fui em direção à parte de trás do loft, virei em um corredor e encontrei um casal se pegando. Mantendo a cabeça baixa, passei por eles. Virando à direita, abri as portas de aço e senti o ar fresco no meu rosto. Bem quando dei o primeiro passo, ouvi alguém gritar.

Olhei para trás e vi duas mulheres em uma posição comprometedora. Do jeito que uma estava em cima da outra garota, eu não conseguia ver nada, mas pensei ter visto alguma coisa…

Olhei para fora. Talvez eu tivesse acabado de interpretar mal o grito?

Helena  não era de gritar na cama; ela mal se mexia. Talvez eu tivesse esquecido como era um grito cheio de prazer?

Ainda assim, meus pés me levaram em direção a elas, e quanto mais perto eu chegava do seu pequeno e acolhedor local de esconderijo, mais eu me sentia uma esquisita me intrometendo em alguma coisa.

Eu vi um lampejo de tecido rosado, semelhante ao que Kara usava quando a vi pela última vez, e depois outro grito abafado, e meus passos aceleraram.

— Ei! — gritei para que pudesse ser ouvida acima da música, a garota que estava por cima olhou para mim por cima do ombro, me lançando um olhar vidrado.

Fiz uma careta e meu olhar desviou para a garota presa entre ela e a porta. A primeira coisa que notei foram as lágrimas; então percebi que era Kara com seus olhos cinzentos tempestuosos, o azul desaparecido completamente. Seus olhos cheios de raiva se voltaram para os meus.

Chame isso de liberação de raiva; era de se esperar depois da noite que tive.

— Lena Luthor — disse a maior com um grande sorriso. — Bem-vinda à nossa festinha particular. Quer participar da diversão? — Era Pamela Ferrer, uma atriz promissora, uma idiota que pensava que era a boazona só porque um de seus filmes tinha se dado bem nas bilheterias.

Notei Kara tentando empurrá-la, e minha carranca se aprofundou. Erguendo-a de cima dela ao segurar a parte de trás de sua camisa, eu a joguei contra a parede.

— Calma, Lena. — Ela riu, levantando as mãos entre nós. Eu tenho um contrato. Se acalme.

— Quer me dizer o que estava acontecendo aqui? — perguntei, encarando a empurrando. Pamela deu de ombros com um sorriso.

— Apenas me divertindo. Relaxe. — Seus olhos deslizaram para Kara, dei um passo na direção dela para chamar sua atenção.

— Não olhe pra ela! Eu perguntei a você…

Não tive tempo de terminar a frase porque a pequena insuportável, que estava vestida como as mulheres mais maravilhosas dos sonhos mais selvagens de qualquer mulher, estava me empurrando para eu me afastar.

Não me afastei, e ela ficou mais brava e tentou outra vez.

— O que você está fazendo, porra? — perguntei, arregalando os olhos para ela.

The Wall Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora