Capítulo Onze

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Como não postei ontem, este capítulo enorme tem 10k de palavras e muitas emoções, aproveite a leitura ❤️

P.O.V KARA ZOR-EL

Como eu esperava, os policiais não puderam fazer muito sobre minha pequena briga com Pamela Ferrer. Verdade seja dita, eu já fui lá sabendo disso, mas, porra, eu não esperava que eles sugerissem que talvez eu também tivesse bebido além da conta e não me lembrasse bem de tudo o que havia acontecido.

Você saberia se desse permissão a uma imbecil que pensava ser a rainha do mundo para colocar a língua na sua boca depois de semanas sem beijar ninguém, não é? De acordo com eles, eu não sabia. Como se isso não bastasse, eles disseram que às vezes “festas assim” poderiam fugir do controle.

Foi quando James, o Bambam, deu um passo à frente e assumiu as coisas. No final, eles prometeram que ouviriam Lena e Pamela, mas não podiam prometer que isso daria em alguma coisa.

Embora não fosse o melhor resultado, pelo menos eles teriam um registro policial sobre Pamela Ferrer e, se ela tentasse passar dos limites com outra pessoa ― embora eu torcesse para que isso não acontecesse ―, eles poderiam consultar o registro policial e saber que não tinha sido sua primeira agressão.

E sabe de uma coisa? James, o Bambam, não era o pior ser humano, afinal. Ele até riu das minhas piadas algumas vezes, e quero dizer que seus lábios se contraíram e ele balançou a cabeça, rindo mesmo. Para mim, isso é dar risada.

— O que você está pensando? — Alex perguntou, tirando-me dos meus pensamentos.

— Nada importante. — Girei meu copo de vinho e observei o líquido vermelho rodar. — Não tenho certeza se sou muito fã de vinho. — Ela me olhou por cima do laptop.

— Essa é sua segunda taça; você é uma
grande fã de vinho.

Era uma noite de sexta-feira e estávamos trabalhando no próximo romance de Alex, planejando e fazendo anotações. Era uma noite glamorosa para nós, e me lembrou dos velhos tempos, como o nosso segundo ano na faculdade, a primeira vez que ela me enviou um capítulo e me fez implorar pelo próximo.

— Chega. Eu tomei duas taças, mas ainda não estou convencida. Sei lá, é elegante, mas tem a ver comigo? E com certeza está me dando um grau, mas e o gosto? Também não tenho certeza. Eu não acho que estou me sentindo tão bem.

— Então pare de beber.

— Se parar, o que eu vou fazer? Acho que estamos sem cerveja. Você escreveu a próxima cena? Deixe-me ver.

— Ainda não. Me deixa ler novamente e ver se está bom. Se você quer cerveja, por que não pede a nossa vizinha? — ela acrescentou casualmente. — Talvez ela dê a você.

— Ah, as coisas que sua vizinha poderia me dar… — murmurei para mim mesma, meus olhos ainda seguindo o vinho.

Alex se endireitou, mas manteve o rosto escondido atrás da tela.

— O quê? — Como se ela pudesse me enganar fingindo não ter entendido.

— Minha avó ligou de novo — comentei casualmente, ignorando sua pergunta.

Como não continuei falando sobre Lena, ela recostou-se na cadeira.

— O que ela queria dessa vez? — ela murmurou.

— Eu não respondi. — Dei de ombros, cheirando minha taça e depois tomando outro gole. — Ela provavelmente estava ligando para perguntar por que eu não fui à entrevista de emprego que ela tão generosamente marcou para mim.

The Wall Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora