P.O.V LENA LUTHOR
Naquela noite, enquanto eu dirigia pela cidade cheia de cores até o restaurante depois de receber uma mensagem de texto de Sam me dizendo onde poderia encontrá-las, eu ainda estava repassando a reunião que tive com minha advogada na minha cabeça.
O vídeo íntimo vazado ― o suposto vídeo íntimo ― aparentemente era real. Quem tinha a cópia da gravação estava tentando conseguir a melhor oferta por ele e, para levar os interessados a fazer lances mais altos, eles estavam liberando fotos do vídeo... fotos que mostravam claramente Helena seminua chupando alguém que não era eu. Não era a foto mais perfeita do seu rosto bonito, mas deixou toda a imprensa em polvorosa para saber quem tinha o vídeo completo.
- Podemos usar isso - disse Annalise, minha advogada. Ela deve ter visto minha cara porque nem sequer parou antes de continuar. - É um golpe baixo, eu sei, mas, se você quer mesmo guarda exclusiva, podemos usar isso a nosso favor. Veja os carimbos de data; se isso não foi alterado, significa que ela estava te traindo. E se isso aconteceu uma vez, provavelmente podemos encontrar outros indícios. Mesmo se não houver outros vídeos, vamos encontrar outra coisa. Deveríamos usar isso, Lena. Vai facilitar nosso trabalho, confie em mim.
- Não. Não quero arrastá-la na lama. Ela vai ter dificuldade para se recuperar disso, muita dificuldade. Não quero cavar e encontrar mais coisa. Não estou fazendo isso para destruí-la, Annalise . Quero que você tenha isso em mente ao prosseguir. Eu só quero meu filho. Encontre outro caminho. Pesquise algo mais, converse com os advogados dela, encontre outro caminho.
As fotos não foram alteradas. Ela me traiu enquanto ainda estávamos casadas. Eu sabia disso porque nas fotos dava para ver a mão dela, e eu vi uma pequena erupção em seu pulso, uma vermelhidão causada por uma irritação inesperada de uma pulseira de cobre que ela usou durante uma gravação. A data correspondia a quando ela teve aquela erupção cutânea.
Fiquei surpresa quando soube que havia um vídeo íntimo? Não posso mentir; sim, fiquei. Helena... ela, apesar de todos os defeitos, tinha sido leal, ou assim eu pensava. Mas eu não sentia raiva da existência da fita. Não poderia voltar e corrigir o passado, mudar os erros que cometemos juntos. Aquilo não me afetava mais.
Ela não tinha mais importância na minha vida. Era um problema dela, e só dela. Eu já tinha instruído minha equipe de relações públicas a fazer o melhor que pudesse para me manter de fora disso. Não haveria comentários feitos por mim. Nem citações.
Ainda assim, passei o dia inteiro ignorando todas as ligações de Helena e seus assistentes. Com a mente ocupada pensando em Liam e no que essa nova situação significaria para ele, deixei meu carro com o manobrista e entrei no restaurante exatamente às 19h10. Eu estava dez minutos atrasada graças ao trânsito.
A princípio, quando não vi Kara sentada ao lado de Alex, não pensei em nada, mas, quanto mais me aproximava da mesa parcialmente escondida nos fundos, a possibilidade de ela ainda estar com aquele Monhell me ocorreu.
Sim, esse é meu novo apelido para aquele otário.
Eu havia cometido um erro ao deixá-la com ele? Eu havia perdido minha chance?
A cabeça de Sam se afastou do pescoço de Alex e ela gesticulou para mim. Alex me notou também e me deu um sorriso tímido e de pena.
Era de pena ou eu estava paranóica?
Meus passos vacilaram antes que eu pudesse chegar à mesa delas e perguntar onde Kara estava, porque ela surgiu no corredor um pouco à direita de onde suas amigas estavam sentadas. Ela abriu um sorriso lindo e inseguro para mim.
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The Wall Between Us
RomansaUma adaptação de "To hate Adam Connor", um livro de Ella Maise. LENA G!P - Se não gosta não leia ❤️ Mais um dia normal onde eu ia espiar minha vizinha famosa e gostosa por cima do muro que dividia nossa casa, até que tudo desandou. Eu estava presa e...