Capítulo Trinta

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P.O.V KARA ZOR-EL

— A outra razão é porque eu quero que você saiba tudo. Eu quero que você saiba que confio em você. Eu quero que saiba que na noite em que tive que deixar você sozinha com Liam, ela estava ameaçando falar com a imprensa e que elas saberiam que Liam não era nosso filho. Ela pensou que seria o suficiente para fazerem esquecer a história do vazamento do vídeo íntimo. Por isso saí com pressa.

— Por que ela faria isso?

— Para salvar o que resta de sua carreira. Para me fazer parecer mal. Ela está cometendo um erro após o outro. Até você e eu sermos fotografadas com Liam, ela era a vilã da nossa história. Agora que você está literalmente presente…

— Ela quer me fazer parecer a vilã, para ela parecer boazinha e se safar.

— Exatamente. Mas agora ela não pode. Se ela falar sobre Liam para alguém, vou soltar o vídeo. Se ela disser mais uma palavra que seja sobre você, eu vou soltar o vídeo. Um boquete não foi a única coisa ali, e embora ela acredite que o rostonão aparece, ela está errada em relação a isso. Se o vídeo não fizer o trabalho para ela, vou começar a dar minhas próprias entrevistas e ela realmente não vai querer isso.

— Diga-me que tudo isso não está acontecendo por minha causa, Lena.

Ela segurou meu rosto.

— Isso não está acontecendo por sua causa, Kara. Se não houvesse aquelas fotos nossas juntas, ela encontraria outra coisa para conseguir o que queria. Ela não tem vínculos com Liam. Foi por isso que ela quis se divorciar, e é por isso que sempre planejei obter a guarda exclusiva. Nada disso está acontecendo por sua causa.

— Por que te assusto? — Eu queria voltar a isso porque não entendia.

Eu não entendia como podia assustá-la, justo a ela. Mas ela estava me assustando naquela momento e, para ser sincera, eu estava cansada de falar sobre a bruxa malvada.

— Porque eu disse que te amo e você não disse nada. — Seu polegar acariciou minha bochecha, e ela manteve os olhos firmes nos meus. — Eu não esperava ouvir o mesmo de você, pelo menos ainda não, e tudo bem em relação a isso, mas você agiu como se eu nunca tivesse dito nada.

— Não respondi nada a respeito porque era a adrenalina falando, não você.

— Ah? É isso?

A maneira como seus olhos estavam percorrendo meu rosto… era muito terna, e um nó se formou na minha garganta.

— Eu decorei cada parte do seu rosto. Sabia disso?

O quê?

— Hum… não...

— Minha coisa favorita é esta. — Com a ponta do dedo, ela tocou minha pele, logo abaixo do olho, e depois deixou o dedo descer até o meu queixo.

Eu não fiz nada além de observar seus olhos seguirem seu dedo quando ela parou no meu queixo e inclinou meu rosto para o dela. Prendendo a respiração, esperei o beijo, esperei, mas ela não me deu. Então seus olhos encontraram os meus.

— Eu te amo, Kara Zor-el.

Ela queria muito de mim… mas ao mesmo tempo não queria nada. Primeiro, ela havia pressionado pelo relacionamento e, quando eu estava me acostumando com essa ideia, ela queria mais. Talvez não fosse nada para alguns, mas era tudo para mim.

Fechando a distância entre nós, ela sussurrou: — Eu sei que você também está com medo, Kara, e quer saber? Se há uma coisa que aprendi sobre o amor é que isso deve te assustar. Um pouco ou muito, não importa quanto, mas deve fazer você sentir. E você, minha linda e teimosa Kara… — Ela roçou os lábios nos meus, apenas um toque rápido, e se afastou. — Você me assusta. Não, eu prometi ser honesta com você: você me aterroriza, Kara, e eu adoro isso. Eu nunca vou te desvalorizar, e saber que você não vai me deixar… você é quem eu quero, Kara Zor-el. Você é a pessoa por quem me apaixonei.

The Wall Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora