˗ˏˋ 𖥻 𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐑𝐎 ꒰ ☎️ ꒱ؘ ₊˚✧
୧ ‧₊˚ 𝘍𝘪𝘯𝘯𝘦𝘺 𝘉𝘭𝘢𝘬𝘦 *:
𝗘𝗠 𝗗𝗘𝗡𝗩𝗘𝗥, onde o desaparecimento de crianças é comum, 𝗠𝗮𝗱𝗲𝗹𝗶𝗻𝗲 𝗙𝗿𝗮𝘀𝗲𝗿 acredita que seu irmão Vance não foi sequestrado, mas fugiu dos abusos do pai. Sua angú...
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 🎈┆ ֹ ִ ୧ ֹ ִ FÚRIA DE CASA ꩜.ᐟ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ╰ 00. PRÓLOGO... ☎️ ೃ࿔
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𝙳𝚎𝚗𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚘𝚕𝚘𝚛𝚊𝚍𝚘 ⋮ 𝟷𝟼 𝚍𝚎 𝚜𝚎𝚝𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟷𝟿𝟽𝟽
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𝗔 𝗟𝗨𝗭 𝗧𝗜́𝗠𝗜𝗗𝗔 da madrugada começava a se infiltrar no quarto, desenhando linhas pálidas pelas frestas das cortinas, como se o sol estivesse com medo de acordar a casa. O ar ainda estava denso, frio, e por um breve momento, o silêncio parecia ter o controle de tudo. Madeline, afundada nos cobertores, entrelaçava-se com o resto de seu sono, relutante em entregar-se ao despertar.
Foi quando o primeiro grito rasgou o ar, cortando o que restava de tranquilidade.
Seu corpo enrijeceu de imediato, o coração saltando no peito antes mesmo de sua mente registrar o que estava acontecendo. Os gritos ecoaram mais uma vez, subindo do andar de baixo como uma correnteza que arrasta tudo consigo. Madaline abriu os olhos, piscando contra a penumbra, ainda agarrada ao conforto ilusório do sono.
As vozes, reconhecíveis de imediato, se entrelaçavam em uma disputa que, de certa forma, já era tão familiar quanto os ruídos da casa: Vance, seu meio-irmão, e Mark, o padrasto. Mas naquela manhã, havia algo diferente. Havia uma amargura arrastada nas palavras de Vance, uma rispidez contida nas respostas de Mark. O tipo de conflito que, cedo ou tarde, deixaria marcas.
Ela se levantou lentamente, os pés descalços tocando o chão gelado como se buscassem ancorar-se em alguma certeza que não existia mais. A luz do amanhecer entrava mais forte agora, mas não trazia a paz que se esperaria. Tudo na casa estava impregnado de um peso invisível, como se as paredes fossem feitas de silêncios quebrados e ressentimentos que há muito deixaram de ser falados.
Do corredor, os gritos se tornaram mais claros, e a tensão era quase palpável.
— Você acha que pode mandar em tudo! —Vance gritava, sua voz rouca, transbordando com algo além da raiva, algo próximo do desespero.
— Eu não estou mentindo, garoto. — a voz de Mark era grave, quase monótona, como se a repetição de brigas como essa já o tivesse exaurido de qualquer emoção.
— Você não pode simplesmente tratar tudo como se fosse seu! — Vance, bradava, sua voz penetrante e cheia de frustração.
O peso das palavras de Vance parecia flutuar no ar, preenchendo a casa com uma tensão que quase podia ser tocada. O grito de Mark respondeu com um estrondo que fez as paredes vibrarem.