17.┆"=. CAPÍTULO DEZESSETE

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🎈┆ ֹ ִ ୧ ֹ ִ  MEMÓRIAS REVELADAS ꩜.ᐟ
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ㅤ╰ 17. CAPÍTULO DEZESSETE... ☎️ ೃ࿔

𝙳𝚎𝚗𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚘𝚕𝚘𝚛𝚊𝚍𝚘 ⋮ 𝟶𝟽 𝚍𝚎 𝚍𝚎𝚣𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟷𝟿𝟽𝟾

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𝙳𝚎𝚗𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚘𝚕𝚘𝚛𝚊𝚍𝚘 ⋮
𝟶𝟽 𝚍𝚎 𝚍𝚎𝚣𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟷𝟿𝟽𝟾

𝗔 𝗖𝗟𝗔𝗥𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘 filtrava-se pelas cortinas pesadas, espalhando sombras tênues pelo quarto. Madeline piscou devagar, como se o ato de abrir os olhos exigisse um esforço desmedido. Ela entreabriu os olhos e, imediatamente, um arrependimento agudo a atingiu quando a luz do sol atravessou as cortinas, queimando sua visão sensível. O ar ao seu redor parecia mais denso, e o peso do corpo sobre o colchão indicava um cansaço que ela mal compreendia. A sensação de que algo estava errado pairava no ambiente, mas seus pensamentos, turvos e dispersos, mal conseguiam alcançar o que exatamente.

— Hmpf... — resmungou baixo, num sussurro cansado, ao erguer o braço e colocá-lo sobre os olhos, na tentativa de barrar a luminosidade que insistia em feri-la.

O corpo afundava no colchão como se o peso do tempo tivesse se acumulado sobre seus ossos. Cada articulação parecia rígida, os músculos latejando com a inatividade. Ainda assim, forçou-se a sair da cama. As cobertas escorregaram para o chão num movimento desleixado, e ela se levantou, sentindo a pressão da gravidade agir sobre suas pernas enquanto tentava se equilibrar, o quarto ainda rodando lentamente ao seu redor.

O silêncio da casa parecia pesado, quase sufocante, um vazio incomum que a fez hesitar por um instante antes de finalmente dar o primeiro passo, seus pés descalços tocando o chão frio.

Ela ficou parada por um momento, permitindo que o frio do chão penetrasse através de sua pele, despertando seus sentidos de forma lenta e incômoda. Seus olhos, ainda semicerrados pela claridade insistente, percorreram o quarto como se buscassem algum ponto de ancoragem, algo familiar que pudesse devolver-lhe a sensação de normalidade que lhe escapava.

A janela entreaberta permitia a entrada de uma brisa suave, trazendo consigo o cheiro da rua – terra úmida e a grama recém-cortada que vinha dos quintais ao redor. O ar era quase opressor, carregado de uma quietude que não combinava com o habitual ritmo frenético da casa. Algo estava fora do lugar, e Madeline sentia isso sem saber exatamente o quê.

Ela passou a mão pelos cabelos, os fios bagunçados e emaranhados pelas horas que passara deitada. Cada gesto seu era marcado por um peso que parecia maior do que ela mesma, uma fadiga que não se explicava só pelo corpo. Havia uma inquietação, um vazio estranho no peito.

Lentamente, seus olhos se voltaram para o corredor que se estendia do lado de fora de seu quarto, envolto numa penumbra que contrastava com a luz agressiva do dia. Ela sabia que precisava se mover, sair daquele cômodo sufocante e descobrir o que a esperava além da porta. Ainda assim, seus pés permaneceram fixos, como se algo invisível a segurasse ali.

𝗧𝗛𝗘 𝗛𝗘𝗥𝗢┆ 𝖥𝗂𝗇𝗇𝖾𝗒 𝖡𝗅𝖺𝗄𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora