˗ˏˋ 𖥻 𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐑𝐎 ꒰ ☎️ ꒱ؘ ₊˚✧
୧ ‧₊˚ 𝘍𝘪𝘯𝘯𝘦𝘺 𝘉𝘭𝘢𝘬𝘦 *:
𝗘𝗠 𝗗𝗘𝗡𝗩𝗘𝗥, onde o desaparecimento de crianças é comum, 𝗠𝗮𝗱𝗲𝗹𝗶𝗻𝗲 𝗙𝗿𝗮𝘀𝗲𝗿 acredita que seu irmão Vance não foi sequestrado, mas fugiu dos abusos do pai. Sua angú...
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𝙳𝚎𝚗𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚘𝚕𝚘𝚛𝚊𝚍𝚘 ⋮ 𝟸𝟸 𝚊 𝟸𝟿 𝚍𝚎 𝚗𝚘𝚟𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟷𝟿𝟽𝟾
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𝗔 𝗔́𝗚𝗨𝗔 ainda escorria pelo corpo de Madeline, enquanto o vapor nublava o espelho do banheiro. Seus longos cabelos ruivos caíam pesados e úmidos sobre os ombros, e o pente deslizava por entre os fios, em um ritmo lento e cuidadoso. O aroma do xampu preenchia o ar abafado, proporcionando um breve momento de paz. Contudo, a tranquilidade não duraria.
Um som agudo interrompeu a calmaria — o telefone tocava no andar de baixo. Ela parou de pentear os cabelos, sentindo uma pontada de inquietação tomar conta de si. Susan, sua mãe, respondeu ao chamado logo em seguida, e o som da sua voz ecoou pela casa.
— Alô? — A voz de Susan era controlada, carregando o mesmo tom tenso que Madeline reconhecia bem. Havia algo mais ali, um peso nas pausas entre as palavras.
Madeline suspirou e largou o pente sobre a pia. Inclinou-se um pouco em direção à porta entreaberta, mas não conseguiu captar mais que murmúrios indistintos. Algo na maneira como sua mãe respondia sugeria que aquela ligação não era simples, nem rotineira.
O desconforto a puxou para fora do banheiro. Com o corpo ainda quente do banho, ela abriu a porta, sentindo o ar frio do corredor se chocar contra sua pele. O corredor parecia mais escuro do que o normal, as sombras longas e inquietantes, como se a própria casa estivesse à espera de alguma notícia perturbadora. O som da conversa continuava distante, mas o silêncio nos intervalos entre as respostas de sua mãe parecia aumentar a tensão no ar.
Madeline hesitou por um momento, prendendo os cabelos em um nó frouxo para tirá-los do rosto, antes de começar a descer as escadas lentamente, os degraus rangendo sob seus pés descalços.
O som da voz de Susan ecoou pelo corredor com um tom mais firme, rasgando o silêncio opressor da casa.
— Madeline? — Chamou a mãe, e sua voz atravessou o ar denso como uma lâmina, atingindo a jovem com uma urgência sutil. — Pode descer, querida?
Madeline parou no meio da escada, seus dedos ainda envoltos no corrimão de madeira antiga, o corpo tenso. Havia algo diferente na maneira como sua mãe falava — não era o tom de quem queria saber sobre o jantar ou sobre um recado qualquer. Não, aquilo tinha um peso que fazia o coração de Madeline bater mais rápido, como se cada sílaba contivesse uma verdade que ela não estava pronta para ouvir.