˗ˏˋ 𖥻 𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐑𝐎 ꒰ ☎️ ꒱ؘ ₊˚✧
୧ ‧₊˚ 𝘍𝘪𝘯𝘯𝘦𝘺 𝘉𝘭𝘢𝘬𝘦 *:
𝗘𝗠 𝗗𝗘𝗡𝗩𝗘𝗥, onde o desaparecimento de crianças é comum, 𝗠𝗮𝗱𝗲𝗹𝗶𝗻𝗲 𝗙𝗿𝗮𝘀𝗲𝗿 acredita que seu irmão Vance não foi sequestrado, mas fugiu dos abusos do pai. Sua angú...
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𝙳𝚎𝚗𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚘𝚕𝚘𝚛𝚊𝚍𝚘 ⋮ 𝟶𝟸 𝚍𝚎 𝚍𝚎𝚣𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘 𝚍𝚎 𝟷𝟿𝟽𝟾
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𝗢 𝗦𝗢𝗠 imaginário do telefone continuava a ressoar na mente de Madeline, martelando de forma persistente e incômoda, como se o toque abafado estivesse impregnado em suas lembranças. Ela sabia que não havia barulho real no porão, mas a presença constante daquela lembrança se enraizou tão fundo que agora o som ecoava insistentemente em sua cabeça. Era impossível ignorar. Fechando os olhos com força, ela tentou afastar o incômodo, mas a sensação apenas piorava, como uma sombra que se recusava a deixá-la em paz.
Ela respirou fundo, a frustração crescendo junto com a dor de cabeça, antes de deixar escapar, num sussurro rouco e irritado:
— Que saco... Para com isso.
A voz que se seguiu não era a dela, mas uma resposta inesperada, vinda de um canto que ela não notara.
— Para com o quê?
Madeline abriu os olhos num sobressalto. Grabber estava ali, sentado no chão, suas pernas dobradas com uma calma inquietante. Ele se inclinava para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos soltas e pendentes, como se ele fosse apenas um observador casual de um cenário familiar. O porão parecia subitamente mais apertado, o ar pesado com a presença dele.
Ela não tinha ouvido seus passos, nem notado quando ele descera ao porão. Ele a surpreendera de forma cruel, quase proposital, e o olhar azulado que ele lançou em sua direção a fez estremecer. A máscara que ele usava deixava apenas os olhos à mostra, dois pontos de frieza impenetrável que a observavam com uma curiosidade perturbadora, como se ele pudesse ver além da superfície, enxergando até os recantos mais escondidos de seu medo.
— Desculpe, ruivinha. — Sua voz era um murmúrio, arrastado, com uma falsa doçura que parecia mais ameaçadora do que um grito. — Não queria assustar você.
Madeline sentiu o coração acelerar, mas manteve o rosto impassível. Seus olhos pousaram sobre ele, embora ela quisesse desviar. Não poderia mostrar fraqueza. Não para ele. Grabber permaneceu ali, sentado, como se a proximidade fosse algo natural, quase íntimo. Ele a estudava, os olhos se movendo lentamente pelo rosto dela, mas sem qualquer emoção visível.
O silêncio que seguiu foi quebrado apenas pelo som suave da respiração de Finney, ainda deitado ao lado, meio desperto. O garoto se mexeu levemente, puxando os cobertores esfarrapados ao redor de si. O olhar de Grabber deslizou para ele, frio, calculado.