𝑨 𝑫𝒂𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒂𝒕𝒂 (𝙼𝚊𝚛𝚌𝚘 ˣ 𝚛𝚎𝚊𝚍𝚎𝚛)

Capítulo XIV: 𝕬 𝖈𝖍𝖚𝖛𝖆 𝖉𝖊 𝖒𝖊𝖙𝖊𝖔𝖗𝖔𝖘

     Marco despertou, mal sabe o'que o acordou tão cedo, seus olhos entre abertos logo correram em direção a visão que a janela lhe mostrava, um céu claro da manhã misturado com os tons da noite, surgindo assim um tom de azul puxado para o rosa, a mesma cor que as pessoas com insônia odiavam ver. ele olhou em direção a mulher, dessa vez tinha a honra de lembrar cada segundo que passou ao seu lado, sorriu com o retorno das memórias quentes.

A fênix logo se levantou, o vento gélido daquele lado da ilha fazia todos seus pelos loiros arrepiarem, indo em direção a janela arreganhada, a culpada por todo esse frio, percebeu ao olhar para cama a ausência de uma coberta que antes estava lá, não era uma surpresa já que sua companheira se mexia mais que um filhote enquanto dormia.

Caminhou para o outro quanto do quarto, ali apenas dois móveis se encontravam, ambos pertos da cama de casal, o loiro agachou se cuidadoso para não bater nos móveis de madeira branca, quando conseguiu encher a mão com a coberta macia se permitiu levantar, seu olhar mesmo sem permissão parou na escrivaninha bagunçada da guerreira, havia plantas sem e com os vasos em metade da mesa enquanto a outra é ocupada por papéis cheios de de palavras que pareciam importante, mas algo ali chamou sua atenção.

Em uma pilha oculta pelos outros papéis estava desenhos, um homem loiro em diferentes ocasiões, ele sorrindo na maioria dos esboços, outros o mostravam sério, marco ficou impressionado, admirado por ter sido desenhado com tanta precisão assim.

Não demorou muito para ele voltar aos braços aconchegantes da mulher, lá achando sua paz e adormecendo. o dia raiava ao lado de fora daquele quarto mal arejado, a tigresa foi a primeira a despertar, movendo se de um lado para outro com o intuito de acordar aquele que repousava ao seu lado, porém suas tentativas foram falhas, optando assim para sua voz

- Hey, tá acordado? - sussurrava a garota com um leve sorriso em seu rosto- tá na hora de levantar.

- Não- reclamou Marco ainda rouco pela sonolência, virou seu corpo para longe da mulher- fica quietinha que eu quero dormir.

- Não sabia que os pássaros dormem tanto- reclamou mais uma vez, logo se levantando do aconchego- Eu vou tomar sorvete.

A fênix por sua vez não deu tempo da pobre menina se distanciar, rápido a colocou debaixo das suas asas azuis a segurando em um abraço forte e quente como um coração apaixonado.

...

- Vai querer de qual? - perguntava Marco em frente ao vidro do balcão com a mão entrelaçada com a da garota.

- Hum- pensou a garota, olhava pelo vidro transparentes os sabores diferentes que aquele estabelecimento tinha para oferecer- chocomenta.

- Então me vê por favor duas casquinhas, uma de abacaxi e a outra de chocomenta.

A cidade festejava com o famoso ritual tradicional da ilha, as ruas e os prédios estavam muito bem enfeitadas com bandeirinhas e chapéus de palha. O cheiro das comidas tradicionais eram viciantes e adentravam nas narinas alheias sem pedir permissão, suas crianças vestiam roupas xadrez, enquanto outras corriam e tentavam erguer as pequenas e as grandes pipas no ar, pedindo ajuda ao vento.

- Hey Marco, Kaira, aqui! - Ace se encontrava em frente a uma das muitas barraquinhas, assistindo seu companheiro samurai acertar o saco de areia no nariz do palhaço de papelão.

- Vocês se vestiram a caráter? - perguntava Kaira vendo Ace com apenas uma calça jeans rasgada, decorada com alguns remendos e um fino bigode desenhado sobre seus lábios, claro, sem faltar aquele chapéu de palha icônico- como arranjaram tempo .