capítulo XII: 𝖘𝖚𝖒𝖎𝖈̧𝖔

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O dia amanheceu e kaira podia sentir seu corpo pesar contra aquele tecido acolchoado, se levantou e como uma surpresa recebeu a rajada de vento em seu rosto, a mesma vinha da janela, escancarada como uma dama da noite que recebeu um serviço, não sabia quem era o culpado, já que não se lembrava de abrir aquela janela. o quarto estava infestado pelo cheiro de mar e fresco por culpa da brisa marítima que também era uma convidada.

Logo sua mente se perguntou sobre o paradeiro do loiro, desejava cada vez mais o encontrar por aqueles corredores ou sozinho em seu escritório, mas por questões diversas seus encontros ficaram cada vez mais escassos, até o ponto que a única chance de se falarem era no almoço.

Os médicos e enfermeiras sempre faziam parte das suas conversas, já que naquele momento o navio estava um caos, uma gripe tomou conta dos mais fracos e a fênix estava lotada de trabalho, a prateada não podia negar que sentia falta de passar um tempo a sós com ele, porém sabia mais do que ninguém que naquele momento ela não podia demandar tal coisa dele.

Marco por sua vez passava de paciente em paciente desejando o horário do almoço, ou ao menos a companhia da prata, quando ouvia sua voz todo aquele estresse lhe dava adeus, uma vez pode ouvir a garota cantarolar em baixo tom as mesmas músicas que tocavam nas festas do navio, sentiu vontade de apertar a mesma, de segurá-la em seus braços e abrir voo ali mesmo.

Ele se sentia mal por deixá-la no meio daquela situação, passou noites pensando como poderia a fazer um pouco mais feliz, então de manhã antes de ir ao consultório muitas vezes dava uma escapada e deixava na frente do seu quarto pequenos presentes ou bilhetes fofos.

Ela já perguntou diversas vezes quem era que deixava aqueles presentes, porém Marco nunca pegou a responsabilidade para si, mesmo adorando a ouvir falar que gostou das rosas sem espinhos.

Kaira logo decidiu sair para desbravar aqueles corredores infinitos, com a companhia de um silêncio ensurdecedor, ocasionado pela infestação do vírus, passeou e andou por muito tempo, mas não achará ninguém do seu interesse, passou pelo consultório e questionou as enfermeiras pela falta de Marco, porém nenhuma lhe disse uma resposta satisfatória.

Não desistiu e passou nos dormitórios e nem ace por lá ela encontrou, deixou pegadas pela cozinha e só pode ouvir os cozinheiros reclamando da falta de thatch, a agonia veio a inflar suas veias e o ar mal entrava em seus pulmões, aquilo era só uma pegadinha, se não, porque eles a deixariam sem avisar, se sentiu desconsiderada ou até descartada.

Seus nervos estavam à flor da pele, onde eles foram, por um segundo quase se deixou ir longe demais, por sorte se conteve.

não poderia mais deixar seus pensamentos tão soltos, ela apenas foi deixada sozinha, de longe não era o fim do mundo.Passou anos ao lado de um porco da marinha, matando e caçando apenas por sobrevivência, lembrava vividamente do cheiro agressivo do sangue, o que houve com a temida dama prateada.

Seus passos serenos caminham até a cozinha, novamente infestada pela solitude, continuou até o lugar dos vinhos e tirou de lá um branco comum, entre as prateleiras pegou a taça e voltou para o quarto.

A lua já adormecia no céu, Kaira admirava aquilo pela janela redonda, sua preocupação ainda a acompanhava, na verdade ela nunca chegou a ir embora, parece que um trauma grande não se pode simplesmente ignorar.

Sua guarda retornou quando no corredor ouviu passos fortes, como o esperado pararam em frente a porta e as batidas foram inevitáveis.

Sinceramente ela preferia não ver ninguém naquele momento e nem queria imaginar na hipótese de que atrás da porta estava marco, pois um soco não seria a única coisa que ela lhe daria.

Esperou mais um pouco, e assim foi checar quem era aquele que acabou com sua paz, abriu a longa porta, mas ali ninguém permanecia, se perguntou se não era apenas uma pegadinha daqueles moleques, seus passos agora a levaram até a cozinha onde ouviu as conversas e risos.

-não é que ela apareceu - exclamou ace fazendo todos olharem para a menina - que sorte a nossa.

Todos estavam ali, um pouco afastados da cozinha, acomodados em uma longa mesa, a menina se sentia envergonhada por pensar o pior, certeza que levaria uns cascudos se contasse para eles o'que a deixou tão mal.

-aonde vocês estavam - perguntou ela - eu procurei a tarde inteira.

-oxi a gente tava aqui- contou izo de forma natural enquanto pigarreava um pouco do vinho - você que não procurou direito -continuou, tirando o peso da culpa de seus braços.

-eu nem saí do quarto hoje - confessou ace com um olhar despreocupado - acho que alguém tá ficando louca.

- humm, Marco tem que examinar isso - falou thatch dando corda ao menino fogo.

-até tu thatch- ela olhou para o castanho, que tinha em seu lábios um sorriso desconcertado.

Olá olá pessoal, que bom ver vocês até aqui, querem sabe de uma coisa? Esse capítulo e o próximo na verdade eram para ser um só, mas acabou ficando com mais de 2 mil palavras e então eu decidi cortar, na visão de vocês, é melhor capítulos longos (...

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Olá olá pessoal, que bom ver vocês até aqui, querem sabe de uma coisa? Esse capítulo e o próximo na verdade eram para ser um só, mas acabou ficando com mais de 2 mil palavras e então eu decidi cortar, na visão de vocês, é melhor capítulos longos (+ de mil palavras) ou curtos (ate 900 palavras) ?

Bye bye

𝑨 𝑫𝒂𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒂𝒕𝒂 (𝙼𝚊𝚛𝚌𝚘 ˣ 𝚛𝚎𝚊𝚍𝚎𝚛)Onde histórias criam vida. Descubra agora