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Mandei uma mensagem para Hoseok assim que saí da empresa. Precisaria de mais ternos, com toda a certeza.

Pensei que passaria por mais perrengues para ser contratado, mas foi até que fácil. Confesso que, depois de descobrir meu antigo trabalho, Park pareceu mudar sua perspectiva sobre mim. Precisei apenas assinar alguns papéis, entregar alguns documentos e passar meu número para o chefe.

Quando entrei em casa, vi que minha mãe não estava em nenhum cômodo aberto. Devia de estar no quarto.

– Mãe?! - Chamei-a, com preguiça de caminhar até a porta de seus aconchegos. Me sentei no sofá, esticando os pés descalços sobre o estofado e descansando os braços atrás da cabeça.

– Eu estou tomando banho, moleque! - Gritou de dentro do banheiro, o som ecoando por toda a casa. - Já vou sair, espere um minuto!

– Tá! - Respondi seco, tratando de cantarolar uma melodia suave e animada para comemorar a minha felicidade e sorte. Escutei passos vindo em minha direção, e me assustei de prontidão. Não é normal você abrir os olhos e encontrar uma figura encapuzada e cinza atrás de ti, sussurrando: "O que você quer com a mãe?". - Quer me matar, Helena?! - Coloquei as mãos sobre o peito, respirando apressado e encolhendo minhas pernas.

– Você é mesmo um bunda mole. - Divertiu-se com o meu susto, rindo pelos quatro cantos da casa. - Por que cê tá vestido igual ao Edward no dia do casamento?

– Eu fui a uma entrevista de emprego, Helena...

– O que foi, filho? Aconteceu alguma coisa? - Minha mãe apareceu em meu campo de visão, trajando um vestido florido e uma toalha na cabeça.

– Aconteceu... - Ela me olhou apreensiva, e eu me aproveitei do momento para fazer uma tensão pairar no ar. - Eu consegui um emprego! - Ela pulou sobre mim, logo tendo Helena montada em suas costas. Eu estava sendo esmagado, mas não reclamaria, a sensação era muito gostosa. Ver que minha mãe estava feliz, só me deixou ainda mais animado para começar o trabalho. Depois de muito tempo, eu pude ver um sorriso de felicidade genuíno em seu rosto.

– Eu sabia que conseguiria, meu amor. - Beijou minhas bochechas, deixando marcas de saliva pelos seus beijos molhados. - Espero que seja um bom emprego, onde seu chefe saiba valorizar o funcionário que tem.

– Consegui uma vaga de secretário na Park Industries,

– Essa empresa é grande, mãe. E o dono é muito fofo! - Soltou um grito agudo, rolando para o meu lado no sofá, escondendo o rosto em uma almofada de veludo vermelho.

– Realmente... - Olhei para o horizonte distante, imaginando os traços daquele belo homem que, agora, era meu chefe. Os lábios cheios e rosados, em conjunto com os pequenos olhos, tudo era um combo para o deixar ainda mais atraente.

Imagino que ele sem aquele terno seria...

– Gente, agora vocês me deixaram curiosa sobre a aparência do seu chefe! - Empurrou meu ombro de leve, sorrindo divertida para mim e minha irmã.

– Calma, eu tenho o número dele. - Agarrei meu celular que estava dentro do bolso da calça social e inseri o número de Park para aparecer seu contato. - Aqui... Ah, esse desgraçado não tem foto! - Lamentei, levando um tapa ardido na nuca.

– Olha a boca, Jungkook! - Ela murmurou, se levantando e parando no momento em que uma reportagem inusitada apareceu na televisão.

Park Jimin tem oitenta e sete porcento dos lucros internacionais do país. Tão jovem e tão importante, vamos perguntar como ele se sente em relação à isso. - A repórter andou até a frente do prédio do meu novo trabalho, ficando ao lado do meu chefe. Ele estava elegante, trajando as mesmas roupas de mais cedo, com os cabelos milimetricamente arrumados em um topete para trás. Seu olhar era dominante e, ele pareceu não ficar nervoso em nenhum momento da entrevista, falou tudo com firmeza e determinação.

Belive Jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora