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Por Jungkook

Meu celular não parava de vibrar em meu bolso e, mesmo eu desligando o número desconhecido mais de sete vezes, não findou a encheção de saco. Resolvi por fim, atender.

– Alô?! - Disse, pedindo desculpas ao meu professor, que me pediu silêncio ao ouvir minha fala alterada. - Me desculpe... Quem é? - Falei mais baixo desta vez.

– Este é o número de emergência que estava no celular do paciente. Park Jimin sofreu um acidente e precisa do senhor aqui para assinar alguns documentos. - Meus olhos se arregalaram e, meu corpo se prendeu por inteiro — Isso incluía a minha respiração —, fazendo meu pulmão pedir por mais ar. - Não foi nada grave, então não precisa se preocupar. Senhor? Alô? Alguém está na linha?

– Ah, sim. Eu estou indo praí - Desliguei o telefone, mesmo sem ter me despedido da mulher, ou perguntar em qual hospital era. Porra... Teria que pesquisar o número na internet e ver qual era o local. - Que se dane... - Nem liguei para a aula, arrumei minhas coisas como consegui e parti para fora da sala. Eu teria uma boa explicação assim que voltasse, e sabia que eles a aceitariam de bom grado.

Já que eu estava sem moto, corri bastante até o endereço que a pesquisa me informou. Como eu não usava a minha moto já tinha um tempo, estava com saudades de pilotar aquela maquila de duas rodas. Fritar o pneu e andar cento e vinte por hora, era bom demais!

Apoiei minhas mãos nos joelhos, quando cheguei cansado. Respirei ofegante, mas não querendo parar para descansar. Minha total atenção estava em ir até a recepção e checar o meu loirinho. O que será que tinha rolado?

– Boa tarde - Bati meus dedos freneticamente contra o balcão, ficando nervoso com a possibilidade de ter que esperar para entrar no quarto. - Eu vim fazer uma visita ao meu... Amigo?

– Qual o nome do paciente? - Um moreno estava por detrás do balcão da recepção, ele parecia cansado, suas olheiras estavam fundas e a pele pálida demais.

– Park Jimin. - Respondi seco, esperando ele checar o nome na lista de pacientes.

– Ele já pode receber visitas. Está no quarto quinhentos e oitenta e nove, sexto andar. - Disse sem tardar, entregou um crachá e abaixou o olhar mais uma vez.

Andei apressadamente até o elevador do hall e, eu estava, com toda certeza, mais nervoso doque quando fui fazer a minha primeira entrevista de emprego. Meu coração quase saltava pela boca, só de imaginar o meu amor naquela situação.

Sim, eu sei que ele é meu amor. A escolha de cuidar bem do meu coração, estava nas mãos dele. Porque eu tinha o entregado.

Quando o elevador apitou, saí sem mais nem menos, empurrando qualquer pessoa que estivesse em meu caminho. Vi a porta indicada, e então entrei.

– Jungkook? - Jimin perguntou, ainda meio grogue por conta dos analgésicos que talvez tenha tomado.

– Jimin, meu amor... - Me aproximei breve, não tardando em colar minha mão em seu rosto, em um carinho singelo e atencioso. - O que aconteceu com você? - Me preocupei em perguntar.

– Eu bati o carro contra a merda de um poste - Ele riu, como se achasse graça doque tinha o ocorrido. Mas logo fez uma expressão de dor e levou o braço que não estava enfaixado para acariciar o estômago. - Ai...

– Não se esforce tanto - Me inclinei para deixar um beijo em sua testa, e quando me distanciei, vi que seus olhos brilhavam em lágrimas. - Está tudo bem agora, eu vou cuidar de você.

Eu sabia que ele tinha ido falar com o pai e, eu também sabia que aquele cara era osso duro de roer. Era um porre, saber que o próprio pai tinha algo haver com a "morte" do irmão.

Belive Jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora