Don't Give Up On Me | Harry Styles ✔️

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Harry

As minhas mãos tremem quando acabo de falar. Deixei que fosse o meu coração a falar, sem me questionar sobre se estou a fazer o que está certo ou não. Sei que precisava de me abrir com a Liv e garantir que ela sabe aquilo que eu sinto. E foi isso que eu fiz.

A sua expressão é algo difícil de decifrar, um misto de emoções. Os seus olhos estão brilhantes e eu sei que ela está prestes a chorar.

- Eu nunca vou desistir de nós. – ela finalmente murmura, entre lágrimas, antes de acabar com toda a distância que nos separa e beijar-me.

Passaram mais de dois anos desde a última vez que eu e a Liv nos beijámos, por isso este beijo é quase como se fosse o primeiro – sobretudo porque, desde então, ambos passámos pelos maiores desafios das nossas vidas e fomos obrigados a mudar com eles. É um beijo calmo e ternurento, quase de descoberta. Neste momento, eu sei que estamos os dois aqui de corpo e alma, como se não existisse mais nada nem ninguém no mundo.

Alguns segundos depois, os nossos lábios separam-se, mas os nossos corpos continuam bastante perto. A minha mão direita repousa na face esquerda da Liv e a minha mão esquerda assenta na sua cintura. Por sua vez, as mãos dela estão entrelaçadas em torno do meu pescoço. Os nossos olhares estão fixos um no outro, como se houvesse algo a ligar-nos que nos impede de desviar o olhar. As nossas respirações estão ligeiramente aceleradas, devido a toda a intensidade do momento.

A Olivia acaba por recuar, quebrando o contacto entre nós, o que, sinceramente, me deixa preocupado. E se ela se arrependeu? E se ela percebeu que, afinal, já não me ama? E se isto tiver sido um retrocesso em vez de progresso? Estou tão nervoso que nem sei o que dizer ou fazer, por isso apenas permaneço imóvel.

- Podemos sair daqui? – a Liv questiona-me – Está frio e... O meu irmão está no meu apartamento, mas podíamos ir para o teu? – sugere, apanhando-me completamente desprevenido.

Eu apenas assinto, sem saber bem o que dizer. Entramos no meu carro e eu conduzo pelas ruas da nossa pequena cidade até ao meu mais recente espaço pessoal, um T1 bem no centro. Deixo o carro na garagem e subimos até ao 1ºandar, onde fica o meu apartamento. Abro a porta, fazendo sinal para que seja a Liv a entrar primeiro e entro logo a seguir a ela. Fizemos toda a viagem em silêncio - acho que ambos estamos demasiado embrenhados nos nossos próprios pensamentos -, mas em algum momento vamos ter de o quebrar.

- Estás bem? – decido perguntar.

- Sim. E tu?

- Também. – assinto – Queres beber algo ou...?

- Não. Quero estar contigo. – a Olivia afirma, sem papas na língua – Sinceramente, tive muitas saudades tuas. Tive muitas saudades de fazer planos contigo, de sair contigo e tudo isso. Mas também tive muitas saudades de te beijar, de te tocar, de me sentir tocada e... Quero recuperar o tempo que perdemos.

- Isso quer dizer que...?

- Podemos discutir isso depois? Esses pormenores? – ela interrompe-me, aproximando o seu corpo do meu.

Eu apenas assinto, sendo eu desta vez quem toma a iniciativa de a beijar. Contudo, este beijo é exatamente o oposto do anterior. É um beijo forte, intenso, carregado de saudades, paixão e desejo. Um beijo de duas pessoas que querem, acima de qualquer outra coisa, estar juntas.

Deslizo as minhas mãos lentamente pelo corpo da Olivia, parando um pouco abaixo do seu rabo e dando o impulso suficiente para ela saltar para o meu colo. Dou apenas alguns passos, de modo a deixá-la apoiada na parte superior do encosto do sofá, deixando que a minha boca deslize pelo seu pescoço, deixando beijos e pequenas mordidas pelo caminho.