Capítulo 8

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No dia seguinte Cecília marcou de almoçar com Colin, obviamente que Gustavo por ciúme resolveu seguir os dois e pra isso chamou a cunhada já que a irmã estava ocupada.

Maggie: Gustavo, o que estamos fazendo em um restaurante? Eu já almocei. — disse Maggie, enquanto eu a puxava para dentro do estabelecimento, torcendo para que o Colin tenha me falado a verdade sobre o lugar que vinha.

Gustavo: Não viemos aqui comer. — falei escolhendo uma mesa no fundo do restaurante.

Maggie: Então o que estamos fazendo aqui? Admirando a decoração? — ela ironiza se sentando ao meu lado. Peguei um cardápio o colocando em frente ao meu rosto.

Gustavo: Você vai entender, agora cubra seu rosto. — pedi lhe entregando outro cardápio, e Maggie me olha desentendida.

Maggie: Vamos espionar alguém ou o que? — pergunta colocando o menu em frente a seu rosto assim como eu fiz.

Gustavo: Mais ou menos isso. — digo vendo Cecília entrar no restaurante junto com Colin, eles possivelmente passaram em algum outro lugar antes de vir para cá. — Ótimo! Eles chegaram.

Maggie: Quem chegou? — disse Maggie abaixando um pouco o menu para ver de quem eu falava. — A Cecília? Por que estamos espionando sua noiva, Gustavo? Ficou louco.

Gustavo: Não é apenas a Cecília, olhe quem está com ela. — respondi sussurrando, abaixando o cardápio de modo que apenas meus olhos ficassem de fora, assim como Maggie fazia.

Maggie: Colin. — ela murmurou em tom rancoroso.

Gustavo: Sim, algum problema? — perguntei um pouco desentendido.

Maggie: Nada. — desviou o olhar de Colin.

Após o Almoço Colin e Cecília foram para o parque onde passaram um tempo conversando, Gustavo acabou seguindo o conselho da cunhada e foi para casa, se sentindo mal por ter seguido a noiva e por estar escondendo isso dela.Ele iria contar pra ela a verdade.

Cecília: Oi Gustavo. — a voz de Cecília corta meus pensamentos, eu nem tinha escutado o barulho da tranca da porta, então tomo um leve susto.

Gustavo: Oi, precisamos conversar. — digo sério, me sentando no sofá.

Cecília: Nossa, ser recebida com essa frase não era o que eu esperava. — responde divertida enquanto tira sua jaqueta.

Gustavo: Desculpe, se quiser tomar um banho ou se trocar antes de conversarmos, tudo bem. — falo compreensivo, tudo bem esperar mais alguns minutos.

Cecília: Não precisa não, pode dizer. — ela se senta na poltrona ao lado de onde estou.

Gustavo: Bem, como foi o almoço com Colin? — acabo fugindo um pouco do clima sério de antes, ela dá um sorriso.

Cecília: Você deve saber, já que estava lá o tempo todo. — congelo em meu lugar.

Gustavo: E...e-eu...Não es-estava lá. — falo completamente perdido nas palavras.

Cecília: Gu, apenas me responda uma coisa. — Cecília me olhar com uma expressão que não sei identificar direito. Ela ficou tão séria de repente.

Gustavo: O quê? — lhe questiono, curioso.

Cecília: Você não é apenas meu amigo, certo?

Ok, aquela era a hora de revelar a verdade, vamos Gustavo você consegue.

( Horas Antes Narração Cecília).

Logo após comermos, Colin deu a ideia de irmos caminhar um pouco, aceitei, e aqueles dois nos seguiram da maneira mais descarada e engraçada possível, porém, a minha companhia parecia não notar que estávamos sendo seguidos, eu só queria rir.

Colin: Cecília, acho que aquela moita acabou de receber uma ligação. — Colin comentou enquanto escutávamos um toque de celular vindo de uma moita um pouco distante do banco que estávamos sentados. As folhas começaram a se mexer de uma maneira estranha, não acredito que o Gustavo está fazendo isso.

Cecília: Parece que até os esquilos têm celular hoje em dia. — respondi brincando, e logo o som parou, fazendo eu e Colin nos entreolhar e em seguida cair na gargalhada. — Então, como foi o seu encontro ontem? — perguntei enquanto cessava o riso.

Colin: Não foi como eu esperava, a pessoa era muito diferente, me arrependi de ter aceitado. — disse decepcionado.

Cecília: Ei, não fica assim, logo você encontra alguém tão legal quanto você. — eu disse tentando motiva-lo, Colin sorriu.

Colin: Acho difícil, ninguém parece ser tão bom quanto ela era. — falou pensativo, o encarei desentendida.

Cecília: Ela quem? — questiono curiosa

Colin: Outro dia te conto sobre isso. — me respondeu e assenti com a cabeça. — Como vai às coisas com o Gustavo?

Cecília: É... Vai bem, ele vem me ajudando muito. — digo meio confusa com a sua pergunta. Por que ele queria saber sobre eu e Gustavo?

Não entendia o porque Colin tocou naquele assunto.

Colin: O relacionamento de vocês é muito bonito, queria encontrar alguém para ter algo assim. — comentou pensativo, olhando para a grama verdinha. Ele disse relacionamento?

Cecília: É, nós nos damos muito bem. — declaro com mil pensamentos passando por minha cabeça. Por que estou com a sensação de que Gustavo escondeu algo sobre nós?

Colin: Parecem almas gêmeas, na verdade. — afirma, sinto-me um pouco desconfortável. — Vocês estão brigados?

Cecília: Não, porquê?

Colin: É que você não tá usando aliança. — aponta para a minha mão direita.

Cecília:Aliança?

Então aquilo explicaria o motivo do Gustavo usar duas alianças em um só dedo. Foi aí que comecei a ligar os pontos, pequenas coisas que ficaram avulsas e sem explicação quando Gustavo afirmou que éramos apenas amigos, agora tive a minha resposta. O que tive noite passada não foi um simples sonho, foi uma lembrança. Ele realmente mentiu para mim? Preciso tirar essa história a limpo.

( Narração Gustavo).

Eu olhava para Cecília temeroso, primeiro pensei que ela poderia ter recobrado alguma coisa na sua memória, mas ela me encarava tão séria, então me dei conta de que talvez tenha percebido que menti para ela. Comecei a ficar ainda mais preocupado com a sua reação, não era assim que eu queria que acontecesse.

Gustavo: O que quer dizer com isso, Cecília? — perguntei levantando do sofá.

Cecília: Vou repetir a pergunta Gustavo. Você não é apenas um amigo, certo? — refaz a sua pergunta anterior me olhando com uma expressão ainda mais séria.

Gustavo: Por que acha isso? — a questiono, olhando em volta para não ter que encarar o seu rosto, mesmo que a resposta fosse óbvia.

Cecília: Ok. Vou te falar todos os fatos que me fazem crer que você vem mentindo para mim. — ela levanta-se do sofá e começa a andar pela sala enquanto fala. — Primeiro: lembro que me chamou de "amor" lá no hospital, quando ainda não sabia da minha perda de memória. — senti a minha boca secar e dei um passo para trás, ela deu um passo a minha frente. — Segundo, a maioria das fotos que tem espalhada por essa casa são suas, na maior parte você parece estar distraído, demonstrando que fico te admirando e tirando fotos suas em momentos até íntimos. Não acho que é algo que "apenas amigos" fariam.

Fui mais para trás quando percebi que Cecília se aproximava de mim enquanto falava.

You're My SushineOnde histórias criam vida. Descubra agora