Capítulo 21

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Gustavo abaixou a cabeça.

Gustavo: É que... Hoje é nosso aniversário, faz sete anos que eu te pedi em namoro. — ele contou dando um suspiro. Automaticamente me afastei dele.

Cecília: Desculpa. — pedi, tentando desculpar-me por não lembrar de uma data tão importante.

Gustavo: Não Cecília, não tinha como você saber. — Gustavo veio para perto de mim novamente e segurou a minha mão. — Sei que sou eu que tenho que te pedir desculpas, acabei agindo estranho esses dias, mas é porque uma parte de mim esperava que seria como antes, que eu acordaria e preparia um café na cama e diria a você todos os passeios que planejei para a gente. Eu acabei ficando chateado comigo mesmo por ter criado expectativas. Aliás, não é culpa sua não lembrar disso.

Cecília: Podia ter me contado isso antes. Ter sido sincero. — reclamei um pouco chateada.

Gustavo: Não seria algo sincero se eu te contasse. Cecília, não queria que você sentisse a obrigação de me fazer algo. — disse tentando me fazer entender, mas mesmo assim queria que ele tivesse me dito.

Cecília: Mesmo assim. Gustavo, eu poderia ter... — tentei explicar, mas ele cortou-me.

Gustavo: Não, essa data sempre foi muito importante para mim e para você, mas agora... — a frase dele morreu no fim, Gustavo suspirou, soltei a sua mão.

Cecília: Não seria importante para mim só porque não tenho as minhas memórias? — concluí sentindo meus olhos arderem, sinto-me mais sensível esses dias, talvez a minha mente esteja tão confusa que está bagunçando até os meus sentimentos.

Gustavo: Espera, eu não quis dizer isso, é que... — eu não deixei que Gustavo terminasse a sua fala.

Gustavo me olhava desnorteado.

Cecília: Já entendi, Gustavo. Eu não sou a antiga Cecília, e você não passaria essa data comigo e sim com ela. — afastei-me dele, estava me sentindo tão angustiada e irritada ao mesmo tempo. A minha vontade de chorar só aumentava. Por que sinto que estou perdendo ele?

Gustavo: Por que está falando como se você fosse outra pessoa? Cecília, você é a minha noiva e melhor amiga, a sua amnésia é algo passageiro, logo você... — Gustavo tentou tocar-me novamente, mas andei para longe.

Cecília: Logo vou ter minhas lembranças de novo e voltarei a ser a mulher que você realmente ama. — soltei irritada. Não esperava que a conversa tomaria outro rumo.

Gustavo: Como assim? Eu te amo agora da mesma maneira que amava antes da sua amnésia, nada mudou em relação aos meus sentimentos. — explicou ao parar na minha frente.

Cecília: Não consigo acreditar em nada que você diz. Você quer tanto que eu recupere a minha memória, porque não consegue me amar assim como estou agora. — falei o que pensava, e Gustavo me olhou parecendo bem surpreso com as minhas palavras.

Gustavo: Não tire conclusões do que não sabe, Cecília. Eu te amo, e continuaria amando você não importando qual fosse as sequelas desse acidente.

Cecília: Gustavo, uma parte de mim que está apaixonada por você acredita nisso, mas a outra só se sente insuficiente e pensa que só está falando isso para que eu não me magoe. — deixei que ele soubesse como eu me sentia.

Gustavo chegou mais perto quando percebeu que eu havia abaixado a guarda.

Gustavo: Ei. — a sua mão tocou a lateral do meu rosto, fechei os olhos. — Já que não consegue acreditar no que eu digo, então devo te fazer sentir o quanto te amo.

Cecília: Como? — perguntei confusa com as suas palavras.

Gustavo: Assim...

Os seus lábios tocaram os meus e naquele momento eu sabia que Gustavo não pretendia me dar um selinho.

A ponta da sua língua tocou os meus lábios fazendo a sua boca encaixar-se com a minha, pedindo consentimento, apenas parei de pensar tanto em consequências ou nos meus próprios medos e abri a minha boca, permitindo que a sua língua quente adentrasse o local. Foi como sentir um milhão de borboletas brincarem dentro de mim ao ter a sua boca em contato com a minha, e por nenhum momento procurei me afastar, apenas quis me afundar nessa sensação maravilhosa que é ter a língua da Gustavo explorando a minha boca.

O meu coração martelava rapidamente dentro do peito, e juro que me arrependo por não ter tomado a iniciativa para isso antes. Levei as minhas mãos para os seus cabelos, deixando os meus dedos passearem por ali enquanto as nossas bocas se chocavam e as línguas trabalhavam como uma só.

Nós separamos quando a nossa respiração começou a ficar acelerada. Gustavo olhou nos meus olhos e mordeu o lábio inferior, e em seguida me deu outro beijo, dessa vez menos afoito e mais excitante. A sua mão que antes estava no meu rosto foi descendo pela curva do meu corpo ainda por cima da blusa, não demorou muito para que ele adentrasse por dentro do pano e começasse uma carícia gostosa na minha pele. Gustavo grudou o seu corpo ao meu e a sua mão parou na minha cintura onde ele apertou, arranhando de leve a minha pele, enquanto eu puxava o seu cabelo.

Eu tinha a minha mão esquerda no seu ombro, enquanto Gustavo usava a sua mão direita para passear por meu corpo e com isso eu sentia-me mais quente. Os estalos do beijo deixava tudo mais excitante, eu poderia me derreter nos seus braços. Gustavo parecia saber como me pôr sobre o seu controle.

Desci lentamente as minhas mãos até a sua bunda, apertando-a e esquentando mais ainda o clima. Senti a excitação na minha intimidade, eu estava ficando molhada.

Gustavo quebrou o beijo, mas sua boca apenas mudou de alvo e foi ao encontro do meu pescoço. Os seus lábios percorram a extensão com a ponta da língua, arfei ao sentir o meu corpo formigar quando ele desceu um pouco da alça da minha blusa, expondo o meu ombro. Gustavo pressionou os seus lábios ali, distribuindo beijos e escolhendo um local para disfere uma mordida. Eu não consigo evitar um gemido de satisfação, a leve dor é prazerosa.

Gustavo: Você está tão gelada, eu vou te esquentar. — ele sussurrou no meu ouvido, e foi naquele momento que eu soube que poderia ter um orgasmo só com a sua voz.

Gustavo me prensou com força contra a parede, e eu senti um leve arrepio quando a sua mão tocou as minhas costas com as pontas dos seus dedos. Novamente senti sensações que não deveria um pouco abaixo do meu ventre, remexi-me desconfortável e vi ele dar um sorriso de canto.

Ele arrastou a sua mão por minha pele a deixando na minha barriga por dentro da roupa, o arrepio foi inevitável. Gustavo voltou a iniciar uma trilha de beijos por meu ombro e pescoço, até a sua boca estar perto da minha orelha, ele mordeu a cartilagem e sussurrou:

Gustavo: Me toque Cecília. — segura a minha mão e a levou até sua calça, os meus dedos tocam a no tecido. — Eu quero te sentir. — Gustavo colocou uma das suas pernas entre as minhas, pressionando o deu membro na minha intimidade. — Faça o que tem vontade. Você pode sentir o quando eu te amo, me faça te sentir também.

Sem perder tempo, eu troquei as nossas posições rapidamente lhe prensando contra a parede, Gustavo ofegou pela surpresa do movimento, e aproximou os nossos lábios dando início a um novo beijo. Senti o seu corpo quente, e a sua mão apertarem o meu corpo como se eu fosse fugir dele a qualquer instante.

You're My SushineOnde histórias criam vida. Descubra agora