Último Capítulo

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( Autora Narrando).

Destino. Algo que realmente pode influenciar o que vai acontecer no futuro ou tudo que acontece em nossas vidas são apenas coincidências?

Muitos podem dizer que realmente foi apenas uma coincidência que nossos queridos personagens Gustavo e Cecília tenham se conhecido ainda crianças, e que Gustavo mesmo que involuntariamente, tenha despertado o talento da Cecília, ou que seus três filhos adotivos tenham perdido os pais biológicos na mesma noite em que Cecília sofreu um acidente que acarretou toda a nossa história até agora, tenha sido uma simples casualidade desde o início, ou como Cecília só descobriu sua gravidez semanas após o processo de adoção ser encerrado...seria o destino?.

Mas o nosso jovem casal prefere pensar que não, e entendo sua maneira de ver essas coisas, as vezes idealizar que há algo está nos ajudando a seguir, ou que já há algo planejado para ocorrer em nosso futuro, pode parecer mais interessante do que pensar que tudo vem ao acaso.

E se pensássemos que se aquele acidente não tivesse acontecido, o nosso casal não estaria mais junto, pode ser apenas um opinião equivocada? Bem, não é o que as nossos protagonistas pensam, eles sabem que sua relação estava caminhando ao declínio, mesmo sabendo dos seus problemas, muitas vezes preferiam discutir e ofender do que colocar as cartas na mesa, e isso não é saudável para nenhum tipo de relação, e talvez eles tiveram que entender isso passando por experiencias difíceis, que provariam se eles eram fortes juntos como imaginavam.

Ah, nosso casal aprendeu bastante, hoje podem dizer que o momento mais complicado de sua relação foi uma prova e ensinamento para ambos. A dor de quase perder alguém nos faz ver o quanto ela é importante e como seria horrível viver sem sua presença, talvez isso te fará cuidar melhor dela, e também cuidar melhor de seu relacionamento com ela.

Foi isso que Gustavo fez, ele sentiu na pele qual era a dor de saber que poderia perder uma das pessoas que ele mais ama, naquele segundo em que Gustavo caiu em si, e percebeu que as últimas palavras que tinha dito a Cecília foram insultos, e tudo para ele pareceu tão banal, as brigas, as más palavras malditas ditas, as discussões que pareciam não ter fim, os segundos de silêncio após a tempestade. Gustavo precisou quase perder Cecília para entender que precisava encontrar o caminho certo novamente.

Enquanto a Cecília, a experimentação de ficar a centímetros da morte e em seguida perder suas memórias também a ensinou muitas coisas, e não tinha como não, mesmo que o trauma tenha se mantido por algum tempo, Cecília pode superar isso, e finalmente começar a aproveitar mais cada segundo ao lado de seu amado, seus amigos, família e agora os filhos também, pois cada lembrança é valiosa e hoje, ela entende melhor isso.

A vida do casal está ótima, a casa espaçosa e antes silenciosa agora é preenchida por risadas e correria de crianças, seres que tomam os corações de todos aonde passam. Por algum tempo Gustavo e Cecília se mantiveram incertos sobre como seriam sendo pais, mas estou certa de que apenas posso dizer que eles estão se saindo muito bem nessa função.

Poderíamos dizer que o tempo conserta tudo? Não sei, penso que isso não funciona para todas as situações, então não poderia generalizar, mas penso que o tempo pode sim as vezes, ele pode de certa maneira concertar muitas coisas, porém, não com você olhando para o nada e esperando que tudo se resolva, mas sim com os seus próprios esforços para mudar o que está errado. O tempo por si só não muda as coisas, você que muda, você conserta, você aprende e você segue em frente. Depende de você mostrar a si mesma e ao tempo que você quer que tudo mude, lutando com unhas e dentes por algo melhor que te faça feliz.

E nossa amada Alex? Bom, essa devo dizer que conheceu alguém de uma maneira não tão convencional e tiveram um início de namoro conturbado, mas hoje elas estão muito bem, são mais dois exemplos de pessoas que tiveram que esquecer o passado, seus erros e encarar uma nova relação antes que fosse tarde demais. Porém, percebo que elas foram espertas o suficiente para não esperar o destino aprontar com elas para começar a se corrigir.

Talvez você tenha notado que nessa história não há vilões, e tem uma explicação para isso, aqui o único vilão são as escolhas de nossos personagens, os deslizes, as palavras não ditas, os conflitos internos, as inseguranças. O destino pode ser o mocinho se você quiser, mas ele pode ser bem malvado com quem ele quer, talvez seja muito poético ou clichê dizer que o único vilão vive dentro de nós mesmo? Sim, mas acho que gosto dessa metáfora, ela se aplica muito bem aqui.

Acho que todos os nossos personagens aprenderam como cada lembrança é importante e tem sua preciosidade, porque um dia, todo o atual presente também será uma simples lembrança, e tudo isso pode ter sido apenas uma "lição" para Gustavo e Cecília. Pode ser que sim, pode ser que não, no fundo mesmo sabemos que eles conseguiram mostrar como mesmo com as adversidades que enfrentaram, poderiam se manter fortes, e apenas continuando firmes um ao lado do outro. Eles puderam descobrir que a única forma de recuperar as memórias de Cecília era simplesmente estarem juntos.

E daqui há alguns anos, enquanto estiverem em volta de uma mesa contando as histórias de suas vidas com entusiasmo, e de repente alguém surgir com a pergunta:

Você se lembra?

Cecília ficará feliz em poder responder que: sim, eu me lembra de tudo.

FIM!!!!!

You're My SushineOnde histórias criam vida. Descubra agora