Thirty

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Eu preciso falar urgentemente com Alex

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Eu preciso falar urgentemente com Alex. Não posso mais evitar, tudo que envolve ele roda minha cabeça vinte e quatro horas por dia.

Ultimamente as coisas estão indo e vindo como uma correnteza turbulenta. Não que isso seja ruim, porém é um pouco difícil acompanhar tudo de uma vez. É anúncio de namoro, casamentos, problemas, paqueras, gravidez. Tudo junto e misturado.

Precisei de um tempo para absorver tudo e ainda pensar no que fazer em relação ao irmão da minha melhor amiga.

Nesse exato momento, estou sentada em uma das mesas do campus e tentando terminar minhas ideias para minha tese. Mandei uma mensagem para Alex a quase uma hora, pedindo para conversarmos, mas sinto que essa conversa não será pelo telefone.

— Alex, pelo amor de Deus, responda com pelo um ok. — falei baixinho tentando abaixar o nível de nervosismo que subia pelo estômago e quase fecha minha garganta.

Tentei prestar atenção no que eu estava fazendo, mas qualquer barulho que chegava aos meus ouvidos parecia com o som de uma notificação. E eu sempre fico olhando o telefone atoa.

Decidi me acalmar, precisava ir para algum lugar longe de preocupações.E então, fui à sorveteria. Pedi um sorvete de chocolate e me sentei em umas das mesas. Quando achei que tinha encontrado um bom lugar para ficar, eu senti aquele cheiro. Aquele cheiro de perfume barato, perfume de homem de quinta. O perfume de Nathan.

Em um ato de desespero olhei para os lados, ele estava no balcão de mãos pedindo algo, provavelmente ainda não tinha me visto. Não sei como nem onde, só sei que sai do estabelecimento na maior pressa para voltar ao campus da universidade.

Me sentei no parque principal e tomei o sorvete às pressas, estava derretendo. Não foi um grande sucesso ter saído de lá, pois lá vinha Nathan, o mais cínico possível em minha direção.

— Ardakani… Como vai, quanto tempo.

— Nathan, me dê um tempo, eu não quero te ver nem pintado de ouro e cheio de jóias. 

— Eu venho pintado de prata então.

— Cale a porra da sua boca. Me esquece, já faz quase um ano e meio.

— Nossa, como está grossa ultimamente, putinha. Eu lembro o quanto gostava desse apelido.

— Eu sempre odiei. Não sei da onde você tirou isso da sua cabeça. 

— Olha aqui caralho, vou te dizer uma coisa… pode parar de gracinha, você sempre soube que sempre será minha. — ele agarrou meu pulso na maior brutalidade e fez um movimento de torção.

— Me solte, isso aqui é uma praça que fica sempre cheia de movimento nessa hora do dia, se tentar fazer algo comigo eu vou gritar. 

— Tenta só pra você ver, puta. — ele apertou ainda mais meu pulso.

Todas As 19h • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora