Thirty Four

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Acordei numa sala branca sentindo dor por todo o corpo

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Acordei numa sala branca sentindo dor por todo o corpo.

Não lembrava de muita coisa e estava confuso. Olhei pros lados tentando entender algo, porém minha visão está meio turva.

Um enfermeiro entrou na sala, que agora estava mais claro que era um quarto de hospital, e me encarou. Foram poucos segundos e então ele voltou para fora do quarto.

— Doutor! O paciente acordou. — o ouvi falar do outro lado da porta

E então ele entrou de novo, começou a mexer em algumas coisas que por acaso estavam conectadas ao meu corpo. Eu estava todo picado por agulhas.

— Parece que está tudo estável por enquanto. Se acalme. Sua mulher está na cafeteria. Como dizer, bem vindo ao Canadá.

Então aos poucos fui lembrando de alguns detalhes. Aí entendi. 

Eu estava correndo com ela depois de um voo de quase quatro horas de um país a outro. Estava com pressa e não olhei pro dois lados da rua quando…

Então, a partir disso, não lembro de nada. 

Às vezes, me pergunto porque sou tão irresponsável.

Depois de uma breve crise mental, eu já conseguia raciocinar direito e enxergar com a melhor clareza possível.

Eu estava deitado num leito hospitalar e estava muito frio. Eu vestia um "vestido" de tecido fino e estava coberto por uma manta na qual eu conhecia. Havia um copo sujo com borra de café no móvel que tinha próximo a cadeira do lado da cama.

A dor no corpo era relativa mas de vez em quando me dava certas pontadas, em certos lugares.

Um médico chegou ao quarto depois de uns instantes, ele perguntou as coisas que eu estava sentindo e com muita dificuldade fiz um breve resumo.

— Está ok, nada de muito anormal. Fique de olho nele, ele pode dar febre, qualquer coisa me chame, John.

— Ok. — o enfermeiro falou

— E a Rosa virá daqui a pouco aplicar uns medicamentos em você, Lamar, a dor irá passar. Em dois dias, mais ou menos, se tudo ocorrer bem, você irá pra casa.

Assenti devagar enquanto algumas dúvidas vieram à minha cabeça.

— Em que… dia estamos?

— Não se preocupe, só se passaram 18 horas desde o acidente. 

Aquilo me aliviou muito, não sei, vai que eu estava a dezesseis anos em coma.

— Entendi.

Ambos saíram do meu campo de visão algum tempo depois. E então Diarra entrou.

Ela parecia cansada, porém estava ali, junto a mim.

— Você finalmente acordou meu amorzinho. — ela pegou minha mão e a segurou firme.

Todas As 19h • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora