tw: agressão.
[Nome].
Respirei fundo, tentando ignorar o fato de que minha mão estava ensanguentada assim como o meu rosto. O homem tentou resistir e lhe dei uma coronhada na nuca que resultou em uma grande quantidade de sangue. Mas não o matei.
Meu pai me encara, seus lábios levantam para esboçar um imenso sorriso, visivelmente orgulhoso de mais um feito repugnante da minha parte.
Ele se aproxima, retirando um pano vermelho de seu bolso da camisa social. A mesma quase sempre estava entreaberta, revelando algumas tatuagens significativas.
– Você fez um ótimo trabalho, filha. – fecho os meus olhos ao sentir o pano deslizar pela minha bochecha, quase esboço uma careta de nojo, quase. – Seu trabalho acabou por hoje, irei lidar com ele agora.
Meu olhar se direciona ao homem atordoado no canto da sala, ele estava com o rosto respingando de sangue. Ele me encara, seus olhos são vazios assim como os meus, por pouco eu não sibilei um pedido de desculpas, mas sou fracote até para isso.
Sou fraca, fraca demais para dizer não ao meu pai, fraca demais para contar a verdade aos meus conhecidos e fraca demais por esconder o meu verdadeiro eu... que eu sequer conheço.
Quem realmente sou eu? Uma filha de um agiota envolvida em crimes? Ou a representante de classe perfeita?
– Não fique assim. – seus dedos me obrigaram a encará-lo. – Você é uma Wamuro, está no seu sangue fazer isso.
– Eu sei. – me mantive séria por fora, esboçando o mínimo de expressão possível, mas creio que meu olhar gritava desprezo. – Estou liberada?
– Sim. – estendi a mão, devolvendo a arma. – Seu avô vem para o jantar hoje, não se atrase.
Assenti com a cabeça, eu nunca me atraso para nenhum compromisso, odeio não ser pontual, mesmo que eu deseje profundamente não ir a esse jantar.
Saio pelos fundos do grande galpão, a noite está dando seus primeiros indícios, a rua está vazia e pouco iluminada.
Ainda sinto resquícios de sangue em meu rosto e mãos, e mesmo que eu esteja utilizando roupas pretas, é perceptível ver sobre minha pele as manchas.
Meus passos são arrastados, quase como se eu estivesse perdendo a força de minhas pernas. Enfio as mãos no bolso do meu longo casaco, me arrependeria de limpar isso depois, mas tanto faz.
Cesso meus passos ao sentir alguém por perto, olho para todas as direções e nada. Deslizo minha mão para fora do bolso, caçando o pequeno canivete que ficava guardado na bota.
– Boo. – dou um passo para trás, abrindo o canivete na direção da pessoa. E para a porra do meu azar...
– Manjiro. – travei a mandíbula ao ver o seu típico sorriso de rei do mundo.
– Olha só... presidente. – ele me olha dos pés a cabeça. – Parece que descobri algumas coisas sobre você...
Merda.
Merda! Como isso foi acontecer!? Justo ele!?
Permaneço em silêncio, tentando manter a calma, se eu ousar falar algo posso acabar me incriminando.
– Eu vi o que você fez no beco, pobre homem... foi atacado pela nuca. – respiro fundo. – Não vai falar nada?
– O que você quer? Dinheiro? – ele ri enquanto nega com a cabeça.
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𝐹𝑖𝑛𝑔𝑒𝑟𝑠 𝐶𝑟𝑜𝑠𝑠𝑒𝑑. - 𝑀𝑎𝑛𝑗𝑖𝑟𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑜, 𝑀𝑖𝑘𝑒𝑦.
Fanfic𝑃𝑟𝑜𝑚𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑎𝑚 𝑜𝑠 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖́𝑙𝑖𝑎 𝑑𝑒 [𝑁𝑜𝑚𝑒], 𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒, 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑟 𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑔𝑖𝑡𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜. 𝑶�...