esse cap promete.
...
[Nome].
– Mikey! – resmunguei ao sentir ele puxar meu corpo de volta para cama novamente. – Tenho que ir embora.
– Porque está fugindo? – ele indagou esboçando um pequeno beicinho entristecido.
– Não estou fugindo. – me rendi ao seu abraço por alguns segundos, ainda estávamos jogados na cama, cansados e atordoados. – Prometi ao meu pai que voltaria ainda de madrugada.
– Porque seu pai tem que ser um agiota? – ele resmungou emburrado. – Raramente consigo passar longas horas contigo.
– Infelizmente as coisas são assim. – suspirei, me levantando.
– Ei... não estou te culpando. – ele me encarou com certo receio, devido à minha reação.
– Eu sei. – disse terminando de vestir a minha roupa.
Como diabos eu conto pra ele que vou me casar daqui alguns meses?
Como que se conta uma merda dessas sem estragar tudo? Quem eu quero enganar... isso não tem como dar certo. Como pude cogitar por um minuto que isso daria em algo bom?
– Vai me mandar uma mensagem quando chegar em casa? – nos encaramos, com os corpos próximos.
– Sim... – murmurei, recebendo um selinho dele em meus lábios. – Até...
– Até amanhã. – ele sorriu, me dando um último selinho e abraço antes que eu saísse do seu quarto para ir embora.
...
Sr Wamuro.
– Segure a minha mão. – entre soluços de choro desesperado, me aproximei de Eiko.
– Porque o testamos? – ela murmurou com a voz falha, segurando com força a minha mão. Nossas mãos estavam ensanguentadas devido aos tiros trocados. – Ele vai vir de novo... vai matá-lo. – sua mão pousou sobre a barriga. – Vai nos matar.
– Ele... ele não vai. – tentei ditar com a maior certeza do mundo, mas não consegui. – Ele não pode fazer isso de novo comigo.
– Quem estamos tentando enganar Saori? – pronunciou meu nome entre choros. – Os testamos. Pensávamos que seríamos mais espertos que ele... e cavamos nossa própria cova.
Minha fala não saiu com o susto da porta abrindo lentamente. Já estava pronto para cair em mais lágrimas, mas a visão de [Nome] me fez tensionar o corpo.
– Filha!? – ela estava visivelmente confusa, analisando todo o quarto com atenção. Até sua visão fixar no sangue derramado e nas expressões minhas e de Eiko.
– Pai? – ela continuou parada na porta. – Alguém invadiu a casa?
– Você viu seu avô? – indaguei e ela negou com a cabeça. Ele estava em algum lugar da casa que não sabíamos.
– Ele fez isso? – meu silêncio respondeu à sua pergunta. – Então ele descobriu sobre vocês.
– Ele descobriu que... – olhei para Eiko, esperando que ela assentisse para que eu pudesse continuar.
– Ele descobriu que estou grávida do seu pai... não sabemos como. – [Nome] desviou o olhar, visivelmente tentando processar a informação.
– Então... um irmão? – assenti com a cabeça, me levantando com lentidão.
Eu reconhecia aquele olhar de longe... aquela feição que se forma quando seu corpo sente uma raiva incontrolável.
– Pai. – ela segurou a maçaneta. – Serei a próxima líder?
– Porque está perguntando isso agora? Você sabe que será. – minha voz soou trêmula, temendo com o que ela desejava fazer.
– Quero ser a líder agora. – arregalei os olhos quando ela puxou a chave da porta. – Não me impeça.
– [Nome]! – exclamei quando ela fechou a porta. – [Nome] não faça isso! – corri em direção à porta, me debatendo para derrubá-la. Minha perna ardia pelo tiro que levei, me impedindo de usar minha força total. – [Nome]! Merda!
– O que ela vai fazer!? – Eiko indagou.
– Ela... – a encarei, com a respiração ofegante. – Vai matar meu pai.
– Ela enlouqueceu... como pode pensar que isso vai dar certo!? – Eiko se levantou com dificuldade. – Precisamos abrir essa porta! Se o seu pai descobrir que ela vai matar ele... todos nós, incluindo [Nome] vamos morrer!
– Não tenho tanta certeza disso... – murmurei pensativo. – Eu não sei se ele arriscaria a única herdeira dos Wamuros.
– Como assim?
– Se [Nome] morrer, ele vai perder nossa única herdeira... e se nos matar... ele estará ainda mais ferrado...
– Então... não vai impedir ela? Mesmo sabendo como seu pai é!? – Eiko ainda estava indignada. – Está ficando louco Saori! É sua filha!
– Eu devo isso à ela! Uma única decisão tomada por conta própria! – exclamei gesticulando com as mãos. – Ela é muito mais corajosa do que eu... mesmo que sejamos parecidos. Ela quer que tenhamos liberdade Eiko...
– Saori... – ela esfregou as mãos contra o rosto. – Discurso lindo. Mas sabe o que diabos vai acontecer com ela quando o resto da família ficar sabendo!? Vão matá-la! Vender sua cabeça por milhões!
– Eles não podem matar a líder. – Eiko se calou de imediato. – Enquanto ela estiver no topo, o resto da família não pode tocar nela e nem se rebelar.
– Acho que vou vomitar.... – Eiko cobriu a própria boca. Ela estava trêmula assim como eu. – Estamos jogando com alguém que não podemos vencer. A vida não é um filme onde todo o final é feliz Saori! Estaríamos vivendo em uma utopia se tudo que descreveu acontecesse!
– Você acha que minha filha vai viver feliz sendo líder dos Wamuros!? De qualquer forma ela vai ter que casar com quem não quer, fazer coisas que repudia para se manter no poder! E eu estarei infeliz em ver ela desta forma!
Eiko respirou fundo e se sentou sobre a cama do quarto, ela se manteve em um silêncio angustiante por longos minutos. E eu não sabia mais o que falar ou fazer... me sentindo cada vez mais nervoso conforme os minutos se passavam.
– Eu queria que tivéssemos uma vida normal Saori... – ela me encarou com os olhos carregados de lágrimas. – Que fôssemos uma família feliz... que vivêssemos em uma casa pacífica, sem medo de viver e ser quem somos. Que nosso relacionamento não fosse um segredo que custe nossas vidas... eu só... só queria que esse inferno todo não existisse.
– Você não é a única que deseja isso, Eiko... – esfreguei minha mão sobre meu próprio peito, sentindo-o apertar em angústia. – Quando [Nome] nasceu, e quando eu a vi... com aqueles olhos de dona do mundo. Pensei que iria conseguir afastá-la dessa merda toda... que iria conseguir proteger ela. Mas fui fraco e não tive coragem o suficiente para enfrentar meu pai, tive medo.
– E quem não teria medo do idiota do seu pai?
– Nesse exato momento, [Nome]. – encarei a porta. Barulhos começaram a ecoar do andar de baixo, altos o suficiente para que escutássemos. – Merda... ela o encontrou.
Me mantive paralisado, escutando objetos sendo jogados e até mesmo barulho de vidro quebrando. Até que o barulho estrondoso ecoou e então um silêncio mortal.
– Isso... foi um tiro...?
– ....Foi...
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𝐹𝑖𝑛𝑔𝑒𝑟𝑠 𝐶𝑟𝑜𝑠𝑠𝑒𝑑. - 𝑀𝑎𝑛𝑗𝑖𝑟𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑜, 𝑀𝑖𝑘𝑒𝑦.
Fiksi Penggemar𝑃𝑟𝑜𝑚𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑎𝑚 𝑜𝑠 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖́𝑙𝑖𝑎 𝑑𝑒 [𝑁𝑜𝑚𝑒], 𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒, 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑟 𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑔𝑖𝑡𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜. 𝑶�...