𝑨𝒏𝒋𝒐 𝒅𝒂 𝒗𝒊𝒏𝒈𝒂𝒏𝒄̧𝒂.

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𝒕𝒘: 𝒂𝒈𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂̃𝒐.

Mikey

Continua enchendo o saco da garota? Sério? – Draken indagou enquanto enchia a boca de salgadinhos. Estávamos em uma lanchonete próxima a escola. 

Não estou enchendo o saco dela, estou conhecendo-a. – o maior revirou os olhos com a minha informação, eu sei, é uma meia verdade. 

Pelo que vi, ela não tem o mínimo interesse em te conhecer. Vocês são de mundos completamente diferentes, porque insiste em ficar perto dela? 

Mundos diferentes? Definitivamente não.

Eu já disse, ela me intriga. – sorri. – Não estou apaixonado por ela, ela apenas chama a minha atenção. 

– No meu mundo isso significa estar afim de alguém. 

– Talvez, um interesse não-romântico. – gesticulei com as mãos. 

Vai acabar se tornando um interesse romântico Mikey. 

– Porque está tão sério com esse assunto? 

– O dia que você abrir os seus olhos para o que está acontecendo, vai saber o porquê. – alegou, encerrando o assunto. 

Cruzei os braços, isso é ridículo. Apenas estou intrigado pelos segredos dela e pela vida que leva, não nela! 

Porque tornam isso um assunto tão sério, é estúpido, não é como se eu fosse sair dessa fodido. 

[Nome]. 

Cópia da chave das porta dos fundos, ele trabalha até às duas da manhã, esteja pela casa e o ataque de surpresa. – o objeto foi estendido em minha direção. 

Como conseguiu a cópia? 

– Tudo que eu quero, eu consigo filha. – ele afirmou sua típica frase, não sei qual frase clichê dele me irrita mais. – Arma com silenciador, se for preciso. 

Observei a mesa branca, a arma e os outros objetos que eu usaria estavam espalhados. Cordas, canivetes, drogas, panos e balas. 

Vai ser difícil. – disse o homem. – Mas não muito diferente do que já fez das últimas vezes. 

O fator família estava em jogo, nunca lidei com um familiar antes. E mesmo que tivesse poucas lembranças de meu tio, não sabia se o odiava tanto como o meu pai. 

Talvez eu deveria odiá-lo... não sei ao certo. Não sei de nada. 

Ele era seu melhor amigo. 

– Era, agora é um traidor. – suas mãos seguraram o meu rosto. – Um rato traidor que merece pagar por ter nos abandonado, te abandonado. 

Meu corpo foi virado em direção a um espelho pendurado. Meu pai continuou a segurar meu rosto, obrigando-me a encarar eu mesma. 

Olhe pra você... como alguém poderia te abandonar? Como pode te trair dessa forma? É um anjo. 

Lúcifer? 

Um anjo da morte? 

Ceifadora? Provavelmente. 

Eu... – minha voz estava trancada em minha garganta. – Tem uma reunião de pais quinta-feira. Vão anunciar meu projeto que foi aprovado. – mudei bruscamente de assunto, o estresse está deixando meu cérebro menos funcional. – Vou discursar. 

𝐹𝑖𝑛𝑔𝑒𝑟𝑠 𝐶𝑟𝑜𝑠𝑠𝑒𝑑. - 𝑀𝑎𝑛𝑗𝑖𝑟𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑜, 𝑀𝑖𝑘𝑒𝑦. Onde histórias criam vida. Descubra agora