capítulo 18

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SADIE SINK POV

Uma semana havia se passado desde a doação de sangue. S/n continuava aqui, pois, segundo ela, não iria voltar até que eu estivesse bem para voltar com ela. Durante todos esses dias, ela se mostrou bem paciente e compreensiva com a situação. Me fazia comer e descansar quando percebia minha exaustão e me tranquilizava sempre que os dias passavam e meu irmão ainda não havia acordado.

Agora, eu estava sentada na poltrona ao lado da cama de meu irmão. Segurava sua mão enquanto olhava para seu rosto que voltava a ter alguma cor. Vê-lo assim é a pior coisa do mundo para mim.

-- ele vai acordar. -- me assusto, pois pensei que estava sozinha no quarto.

Quando olho para o lado, S/n estava encostada na porta, com um pequeno sorriso.

-- bem, está demorando. -- digo ao respirar fundo.

-- sabe como é quando se está em coma. -- diz ela, se aproximando -- mas ele parece ser forte. Vai sair dessa! --

-- ele é. -- digo -- mas como pode ter certeza? --

-- você só precisa ser um pouco mais positiva. -- diz e olha para o meu irmão -- ele é um Sink, afinal. Não parecem desistir tão fácil. --

Naquele dia, pela primeira vez, sorri de forma sincera.

-- você tem razão! -- digo -- ele vai acordar! --

S/n me olha, com um sorriso orgulho.

-- viu? Não é tão difícil acreditar que as coisas vão melhorar. --

-- você sabe que pode ir embora, não é? -- mudo de assunto.

Ela assente.

-- sim, eu sei. -- diz e se aproxima de mim, se abaixando e ficando na minha altura -- mas prefiro ficar e te dar algum tipo de suporte. Já passei por isso uma vez, Sadie. Sei que não quer que eu vá. -- ela diz com tanta certeza.

-- talvez, não. -- meus olhos vão direto para sua boca, subindo para seus olhos novamente a tempo de ver que ela fazia o mesmo.

Limpando a garganta, ela se afasta e vai até o meu irmão, pegando a outra mão livre dele.

-- seu irmão é idêntico a você. -- diz.

-- acredite, já ouvi muito isso ao longo da vida. -- reviro os olhos, ouvindo ela rir -- você não tem irmãos. --

-- É. -- diz e me olha -- é estranho, porque você sabe tanto sobre mim e eu não sei quase nada sobre você. --

-- eu meio que te stalkeava. -- digo rindo, com as bochechas corando.

-- por falar nisso, eu li suas mensagens na minha dm. -- arregalo os olhos quando vejo ela levantar uma sobrancelha.

-- não me diga que isso é verdade. -- digo, sentindo meu rosto arder em vergonha.

Eu era imatura demais, então sei que as mensagens que mandava para ela eram um tanto quanto comprometedoras.

-- está tudo bem. -- diz e ri fraco -- acho que todo mundo já teve algo que gostaria de apagar para sempre de sua memória. --

NINGUÉM DISSE QUE SERIA FÁCIL (SADIE SINK)Onde histórias criam vida. Descubra agora