eigtheen.

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question: impressão minha ou o Drew fica mais bonito a cada temporada de obx?

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AURORA JONES — point of view —

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AURORA JONES
point of view

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Eu cheguei em casa depressa. Fui tirando meu salto e jogando pela sala mesmo. Eu só tinha 30 minutos pra me arrumar e ir na porcaria desse jantar com o Drew. Minha vontade era dizer não pra ele mas só de pensar perder esse projeto da mansão que vale uma boa grana de comissão pra mim, eu tive que topar.

Porém minha outra metade, a metade "fraca" da Aurora que costumo chamar de Bridit que é o meu segundo nome, diz que eu não poderia negar esse convite. Primeiro porque estamos falando de um cara super gato - e eu odeio ter que admitir isso - mas, sim ele é. E só de pensar naquelas mãos indo em direção ao meu abdômen eu tenho arrepios.

Não Aurora! Não!

Abro meu armário e pego o vestido vermelho decotado que quase nunca uso. Somente para momentos como esse, em que preciso deixar um homem arrependido com o que perdeu.

Subo o zíper rapidamente e coloco um brinco de argola pequena em minhas orelhas. Passo um gel sobre o cabelo colocando ele todo pra trás. Minha maquiagem não estava tão ruim então só precisava passar um batom.

Depois de tudo feito, coloco meu salto preto e a bolsa pronta pra sair quando recebo uma mensagem do traste no celular.

"Estou aqui embaixo, desce."

Ajeito meu sutiã sobre o decote e o puxo mais pra baixo. Pronto, agora sim. — digo pra mim mesma enquanto me encaro no espelho.

Bato a porta e desço de elevador até dar de cara com ele de terno e gravata me esperando sentado no capô de seu Jeep preto. Drew me encara de cima a baixo e sinto minhas batidas acelerarem diante da secada.

— Não precisava ter gasto tanto tempo colocando esse vestido se sabe que irei tirá-lo. — ele sussurra antes de beijar minha bochecha.

— HaHa engraçadinho. — passo por ele e ouço sua risada.

Drew da partida no carro e ainda não sei pra onde vamos. É estranho pensar que há uns dias atrás eu não conseguia olhar na cara dele direito e agora eu estou indo jantar com ele num tipo de encontro?

Se é que isso pode ser considerado um encontro.

— Nervosa? — ele pergunta sem tirar os olhos da direção.

— Por que estaria? — não o olho diretamente, mantenho meu olhar pra janela enquanto brinco com os anéis em meu dedo. — É só um jantar.

— Que bom que pensa assim.

Ele me encara por uns instantes e tento entender o motivo.

— Você é tão indecifrável Drew.

— Você acha? Pensei que tinha deixado claro o que quero com você. — ele pisca pra mim levando outra vez pro lado da ironia.

— Pelo amor de Deus. — suspiro já me segurando pra não abrir a porta do carro e desistir disso tudo.

— Por que do estresse?

— Acha mesmo que vai rolar algo entre nós hoje?Porque tudo pra você tem que se basear em sexo?

— Porque é uma das coisas na minha lista que eu faço de melhor? — ele me encara como se dissesse óbvio. — Qual é... nisso você precisa concordar.

— Quer saber? Já deu. — retiro o cinto prestes a sair. — Para o carro Drew.

— O que? Tá falando sério? — ele ri, acho que de nervoso.

— PARA A PORCARIA DO CARRO!

Esbravejo fazendo ele apertar o freio no mesmo instante. Seus olhos azuis me encaravam em cada movimento tentando entender o porque disso tudo.

Bato a porta com toda força e caminho de volta pra casa com minha bolsa sobre os ombros. Noto ele vir atrás de mim mas não hesito.

— Aurora, qual é.... eu estava brincando!

— Esse é o problema Drew! — me viro para ele sem perceber que estou gritando no meio da rua pra que todos ouvissem. — Você só brinca, tudo pra você é a porra de um circo! Onde eu sou a palhaça não é?

— Não, eu diria que você é a criança indo assistir.

Rolo os olhos ainda mais puta com ele.

— Tá vendo? É disso que eu tô falando! Você não se importa com ninguém a não ser com você mesmo e claro, conseguir o máximo de garotas pra transar.

Ele passa a mão entre os fios do cabelo dando um riso baixo. Provavelmente achando que estou louca em dizer essas coisas.

— Do jeito que você diz parece que eu sou um monstro Aurora.

— É, talvez você seja um e eu fui a burra iludida acreditando que você era diferente.

Jogo essas palavras na sua cara e noto ele engolir a seco em silêncio, talvez surpreso que pela primeira vez disse tudo o que estava engasgado.

Dou as costas e volto a andar, desta vez mais rápido quando de repente meu pé vira sobre o salto que estou usando e sinto meu corpo bambear indo direto pro asfalto. Merda! Isso só pode ser karma.

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