twelve.

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AURORA JONES — point of view —

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AURORA JONES
point of view —

AURORA JONES — point of view —

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Eu estou irritada. Ou talvez um pouco mais que irritada. Eu estou puta.

Eu tinha a oportunidade de fechar um contrato com um cliente super importante ontem. Marcamos de se encontrar no restaurante Tutz's que é bem conhecido na cidade e tem comidas ótimas.

Até aí tudo bem. Eu só não esperava que tudo fosse de ladeira a baixo quando encontrasse o Drew ali. O seu semblante estava horrível! Mal conseguia dizer as palavras corretamente e o que ele jamais poderia ter feito naquela noite. Ele fez.

Drew vomitou no meu cliente - quer dizer 'ex cliente'

Meu Deus sinto vontade de dar um soco nele só de lembrar. Shhhh, calma. Respira Aurora, você não é uma mulher agressiva você é compassiva e paciente como seus pais te ensinaram.

— TEM ALGUÉM TOCANDO A CAMPAINHA!

— ATENDE VOCÊ! — solto um grito alto e me arrependo logo em seguida.

Merda, eu acabei de prometer que seria paciente e compassiva. Respira fundo... Você consegue.

Me levanto da cama puxando e soltando o ar do peito lentamente enquanto desço os degraus pra abrir a porta. Giro a maçaneta e vejo Drew com a porcaria daqueles olhos azuis me encarando.

— Oi Aurora, eu-

Bato a porta na cara dele sem a menor vontade de ouvir. Talvez eu estivesse puta demais pra isso.

Subo as escadas e volto pro meu quarto. Pego meu celular e deito na cama pronta pra desabafar com a minha psicóloga/amiga Lea. E quando eu digo isso, eu digo sério mesmo. Ela se formou tem uns meses e fico grata em saber que posso desabafar com uma psicóloga sem ao menos pagar por isso.

Incrível, não?

A chamada toca e no segundo bip ela atende.

Hello Califórnia girl! Me conte tudo e não me esconda nada.

— Preciso da sua ajuda. — confesso me virando de bruço na cama. — Como eu consigo matar alguém sem sentir remorço depois?

— O que? Aurora? — ela ri. — Quem você quer matar?

— Um cara que conheci.

— Como ele se chama? É gato? Não vai me dizer que é um desses surfistas pelo amor de Deus Aurora você me prometeu-

— O que? — me sinto perdida diante de tanta pergunta. — Não! Ele é britânico.

— BRITÂNICO? — ela aproxima o celular do rosto surpresa. — Amiga isso é...

— Caótico?

— Eu ia dizer... sexy. — seus ombros se encolhem.

Como já imaginava, Léa e eu temos a mesma opinião sobre os britânicos, por mais que eu esteja puta com toda merda que ele fez ontem. Não consigo disfarçar minha vontade em tê-lo de novo na minha cama.

— Ai meu Deus. — ela leva a mão a boca surpresa.

— O que? O que foi?

— Está transando com ele!

— O que? — solto uma risada nervosa. — Claro que não! Óbvio que não. Não mesmo.

— Aurora Jones se tem uma coisa que você não sabe, é mentir. — ela balança o dedo indicador e me sinto pressionada. — Vamos, conte toda verdade.

— Tudo bem. — suspiro fundo me ajeitando na cama. — A gente se conheceu no avião e tivemos uma conexão de primeira. Havia tensão sexual e química entre nós. Resumindo, nós transamos e sim... dentro da cabine.

— AURORA SUA... SAFADA! — ela ri.

— Dias depois eu descobri que ele é primo do marido da minha irmã Sandy. E a partir disso as merdas começaram a acontecer. — explico.

— Mas isso não afetou vocês, certo?

— Na verdade não, nós continuamos dormindo juntos uma vez ou outra sem minha família saber. Mas um belo dia minha mãe entrou no quarto sem bater na porta e pegou a gente juntos. Nossa Léa foi horrível, juro! — faço uma careta. — Se eu pudesse teria me fingido de morta.

— Nossa, eu imagino. Sua mãe ama se meter nos seus relacionamentos.

— Pois é, ela o chamou pra jantar aqui em casa amanhã. Tem noção disso? — balanço a cabeça negativamente.

— Boa sorte. — Léa ri. — Lembra do que te disse uma vez?? Se estiver passando por um momento merda como um limão azedo...

— Faça dele uma limonada. — completo.

— É ISSO AÍ GAROTA! — ela me incentiva.

— Obrigada por ser a psicóloga mas foda que já conheci, eu tenho muita sorte em ter você como amiga. — sorrio e ouço ela dizer "owwn". — Vou desligar, beijos e se cuida aí!

— Fica bem, beijos.

Desligo a chamada e deito a cabeça no travesseiro ainda refletindo sobre tudo o que conversamos. Eu poderia sim fazer uma limonada com os limões que tenho da vida. Posso ser melhor que uma garotinha aborrecida por ter perdido uma venda incrível. Vou seguir em frente. É disso que a vida é feita não é? Nem tudo é perfeito. E tá tudo bem.

Eu vou dar a volta por cima.

Eu sou uma Jones! Não desisto fácil.

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