Capítulo Quatro

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Estou no meu quarto estudando quando a campainha toca, vou até a porta atender quando abro a porta vejo Bárbara e faço uma expressão de surpresa.
Ela olha pra mim com o mesmo olhar de surpresa que eu.
- Você aqui? - Ela pergunta sem entender nada.
Eu começo a gaguejar e as palavras não saem direito.
- Eu. Eu...
Ela pergunta sobre a Bruna. - você pode chamar a Bruna pra mim Camile?
- Você conhece a Bruna? - pergunto com a voz trêmula.
- Eu não conheço ela, mas, me passaram o contato dela e disseram que é ela quem agenda a Lap Dance.

Eu dou uma engolida a seco e passo a mão no pescoço, bem na frente dela.
- A Bruna não está aqui, se quiser volte mais tarde.
Estou quase fechando a porta na cara dela quando ela bota a mão na porta me impedindo de fechar.
- Não vai nem me convidar pra entrar e esperar por ela aqui?
- Não.
- O quê?
- Quer dizer, sim. Pode entrar, sente ali no sofá da sala.
Ela entra e eu fecho a porta.
Eu pego uma jarra de água e um copo de vidro.
Ofereço água e ela toma um copo d'água.
Ela fica me encarando com aqueles lindos olhos, um momento de silêncio e tensão sexual paira no ar.
- Você me parece familiar de algum jeito. - Diz Bárbara pra mim, ainda me encarando fixamente com os olhos em mim.
- Acho melhor você ligar pra ela. - Falo muito nervosa e ela nota o nervosismo em mim.
- Eu te deixo nervosa Camile?
Eu gaguejo novamente.
- Eu, eu?... Faço um som de pigarro na garganta.

Bruna me liga, eu atendo a ligação.
Ela diz que não vai voltar pra casa agora, eu desligo a ligação e aviso a Bárbara que Bruna não vem tão cedo.
Ela faz uma expressão de decepção e me pergunta se eu conheço a garota da Lap dance.
Eu fico nervosa com a pergunta e derrubo um copo no chão que estava na mesinha da sala, o copo não quebra.
- O quê?
- A garota da Lap dance?
- Não. Eu não a conheço, mas, já ouvi falar dela.
- aquela mulher é incrível. - Diz Bárbara parecendo uma adolescente boba de 15 anos falando do seu primeiro amor.
Enquanto ela fala, eu não escuto nada, somente olho pra ela da cabeça aos pés observando cada detalhe do corpo dela.
Meus olhos ficam fixados nos lábios dela falando da dança, minha mente relembra na memória do beijo que ela me deu na Lap dance por uns segundos.
Consigo sentir toda a sensação daquele momento novamente só de lembrar.

Ela termina de falar e eu não percebo, ela estala os dedos fazendo gestos com uma das mãos para minha frente.
- Alô! Tem alguém aí, Camile para terra. (Risos)
Eu pisco os olhos, me viro e olho pra ela na minha frente estalando os dedos tentando me acordar da minha memória da dança.
- O quê? - Pergunto desorientada.
- Você está onde Camile? Em Marte?
Nós duas rimos juntas.
- Estava me lembrando de algo. respondo pra Bárbara.
Já que a Bruna não vem agora, eu vou indo embora. - Ela diz isso, se levantando do sofá e indo em direção a porta, eu a acompanho e abro a porta pra ela sair, nós damos tchau uma pra outra com a mão ela vai embora e eu fecho a porta.
Fico de costas pra porta tentando entender oque aconteceu aqui.

Durante três noites seguidas fico tendo sonhos eróticos envolvendo Bárbara e eu, meu Deus do céu, o quê está acontecendo comigo?
Na faculdade uns garotos criam um aplicativo de votação com fotos, a votação é pra saber quem você pega, casa ou mata.
Um jogo bobo aí que rola entre os jovens.
Eles colocaram minha foto, e as pessoas vêem um tipo de score de pontos em quem foi mais votado nas três categorias de escolha.
Minha foto é a mais votada na opção matar.
Meu Deus que pesadelo é esse nessa faculdade, nunca fui tão humilhada.
Corro para o banheiro para ficar sozinha, me olho no espelho e fico pensativa.
Uma garota de outro curso entra no banheiro e me vê de frente ao espelho.
- Não. - Ela diz atrás de mim me olhando através do espelho.
- Não, o quê? - Pergunto confusa.
- Eu não te mataria no jogo.
- Não mesmo? - Pergunto confusa.
- Na verdade eu te pegaria. - Ela fala se aproximando de mim por minhas costas, ela toca meu cabelo tirando de um lado e jogando meu cabelo pro outro lado deixando a mostra meu pescoço.
Eu olho pra ela através do espelho chegando perto do meu pescoço e colocando os lábios dela em minha orelha, eu sinto os lábios molhados dela tocando minha orelha.
Minha pele fica arrepiada.
Ela dá uns beijos suaves começando na minha orelha e descendo até o meu pescoço.
Eu fecho os olhos e ela nas minhas costas me dá um abraço passando seus braços em minha cintura.
- Eu sou a sua admiradora secreta. - diz ela sussurrando bem baixinho no meu ouvido.
Keyla entra no banheiro e vê nós duas abraçadas, a garota me solta e vai embora saindo do banheiro.
Keyla me olha dos pés a cabeça como se estivesse me avaliando.
Eu saio às pressas do banheiro na intenção de achar a garota, que afinal me esqueci de perguntar o nome dela.
- Droga!
Perdi totalmente a garota de vista.

Chega a noite e eu tenho que ir trabalhar na boate, chego atrasada uns 10 minutos e levo bronca do Mike meu chefe.
- tá atrasada.
A noite vai passando e vou servindo os drinks a noite toda.
Uma mulher loira muito bonita entra na boate, ela deve ser alguma empresária muito rica pelo porte dela.
Ela vem até o bar e me pede um Dry Martini, preparo o drink e entrego a ela.
- você é nova aqui. - Ela afirma.
- Sim senhora. - respondo pra ela.
Eu admiro o batom que ela usa, - o seu batom é muito lindo senhora.
Eu dou uma pausa para ir ao banheiro e a mulher me segue até o banheiro, ela me pergunta se eu quero experimentar o mesmo batom dela, eu olho pra ela e respondo que sim, espero ela me entregar o batom mas, ela se aproxima de mim e passa o batom em seus lábios em seguida me beija.
Nós duas nos beijamos, ela me olha e faz uma pergunta.
- Então, Camile o batom é bom?
Ela sai do banheiro e me deixa sozinha.
Eu saio do banheiro e volto para o bar,
Continuo servindo as bebidas no bar.

Chego em casa de madrugada, Bruna ainda está assistindo tv na sala as 01:00 me esperando.
Ela me diz que tem uma lista de garotas me esperando para confirmar as danças particulares.
Eu jogo a mochila no sofá da sala ao lado dela assistindo tv, me sento ao lado dela e peço para olhar a agenda com os nomes.
Eu começo a ler os nomes em voz alta para ver se não consta o nome de Bárbara.
- Ana, Priscila, Carmen, Verônica, Mariah, Emily, Bárbara.
Pergunto a ela quem é essa Bárbara da lista, ela me diz que é a mesma Bárbara da minha sala da faculdade.
- Ela é muito insistente Camile, parece até que tá apaixonada por você, meu Deus, essa mulher é obcecada por você.
- Ela só gostou da dança mesmo nada mais.
- Tem certeza? Porque eu conheço uma mulher apaixonada a quilômetros de distância, e a Bárbara é uma delas. O quê você fez com essa mulher Camile?
- Eu só dancei e nada mais. Foi ela que...
- Que. O que? Me conta, eu sabia que tinha acontecido algo naquela festa mas, você não me conta.
- Se eu te contar você não vai contar pra mais ninguém?
Bruna faz sinal de juramento cruzando os dedos.
- Juro, juradinho assim oh.
Ela fica empolgada e se aproxima bem mais perto de mim no sofá.
- Tá bom. Eu dancei pra ela de aniversário sem saber quem era a aniversariante.
- Tá, e aí?
- Eu fiz a dança sensual como eu faço em qualquer outra garota, elas seguem as regras de não me tocar.
- sim, e aí?
- A Bárbara não seguiu as regras, ela me tocou amiga.
- Eita! E você amiga?
- Eu fiquei tirando as mãos dela de cima de mim, daí no final da música ela me beijou.
- Eita! Que babado amiga, e você beijou ela de volta?
- sim, eu beijei ela, foi mais forte que eu.
- Que babado! Camile do céu.
Bruna leva as mãos ao rosto numa expressão de espanto.
- E ainda tem mais.
- Vixi.
- Ela me tocou entre as pernas.
- Eita amiga. E você?
- Eu nunca pensei que teria uma química tão forte com a Bárbara pois ela e suas amigas vivem a me humilhar na faculdade.
- Por isso você tá evitando as danças esses dias?
- sim. Ainda tô em choque.

Pego minha mochila de cima do sofá e vou para o meu quarto dormir.
O dia amanhece, é só mais outro dia na faculdade, eu entro olhando observando todos os alunos na tentativa de encontrar aquela garota do banheiro que não perguntei o nome.
Ela deve ser de outro curso distante do meu, a faculdade é grande então vou ter trabalho para encontrar ela.
Entro na sala de aula.
As horas passam e o sinal do intervalo toca, saio da sala para o refeitório e vejo a garota misteriosa atravessando o refeitório, eu me levanto e corro para alcançar ela.
- Ei, ei.
Ela olha para trás e me vê, ela dá um sorriso e para.
- Oi, desculpa correr atrás de você mas, é que eu esqueci de perguntar o seu nome.
- Meu Nome é, Alexa. - Ela responde com uma voz suave e calma.
- Qual seu curso aqui na faculdade Alexa?
- Eu estou fazendo medicina.
- Uau! - respondo alto sem querer.
Ela me convida para um encontro durante a semana, eu aceito e cada uma de nós segue de volta para suas salas.

Lap Dance (Romance Lésbico 18+)Onde histórias criam vida. Descubra agora