Capítulo Três

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Entrei em casa às pressas logo após a Lap Dance de Bárbara, meu coração estava batendo muito rápido, por um momento pensei que estava tendo um ataque cardíaco, mas era apenas a adrenalina correndo em minhas veias.
Nunca tinha sentido aquela sensação com ninguém, quando Bárbara me beijou de repente, parecia que borboletas voavam dentro do meu estômago, e quando ela me tocou entre as pernas, meu corpo sentiu um arrepio em toda minha pele.
Porque eu estava sentindo aquilo?
Eu me perguntava em minha mente.
Bruna me olha pensando em silêncio e fica curiosa para saber oque estou pensando.
- eu dou um doce pelos seus pensamentos.
- O Quê?
- No que você tá pensando?
- Nada.
Ela quer saber sobre a Lap dance dessa noite se foi boa.
- Como foi a Dança hoje?
- Como você seleciona as clientes Bruna?
- Elas ou as amigas no caso de hoje, entram em contato comigo e marcam a hora e o local.
- só isso?
- Só. Porquê?
- Elas não perguntam mais nada?
- Elas me perguntam o seu nome mas eu não digo, óbvio né Camile. O segredo é a alma do negócio.
- Mas você conhece todas elas?
- É claro que não. São muitas mulheres.
- E a aniversariante de hoje?
- Oque tem ela?
- Você a conhece?
- era Bárbara né. Não conheço, eu conheço a ex- Namorada dela. Oque houve com ela?
- Nada.
- Tô te achando estranha.

Começo a lembrar da Lap dance de aniversário de Bárbara e me lembro que ela pode ter me filmado.
- Droga! - acabo falando em voz alta e Bruna ouve.
- O quê foi?
- Nada. Só lembrei de uma coisa.

Vou para o meu quarto tentar dormir e descansar para ir a faculdade amanhã, então me lembro que amanhã tem prova e eu mal estudei.
Acordo no dia seguinte ainda na tensão, pensando se Bárbara me filmou durante a dança e essa possibilidade não me sai da cabeça.
Tenho que dar um jeito de descobrir antes que ela jogue na internet o vídeo da nossa Lap dance.

Chego na aula e vou logo direto falar com Bárbara mas ela me ignora totalmente.
Na hora do intervalo eu vou ao banheiro.
Keyla e Bárbara entram no banheiro para lavar as mãos e não me vêem dentro do banheiro no box da privada com a porta fechada.
Eu escuto a conversa delas no banheiro.
-Então. Você gravou a dança de presente de aniversário? - Pergunta Keyla curiosa.
- Eu gravei sim, aquela mulher é incrível demais. - Diz Bárbara eufórica.
- Vai jogar o vídeo na internet?
- Tá maluca. O vídeo é minha lembrança de aniversário. Ele é só meu e de mais ninguém.
- Pensei que ia divulgar o vídeo.
- óbvio que não, Keyla.
- Aí. Amiga, ninguém vai ver o presente que você ganhou?
- Não. O presente é meu, e só quem vai ficar revendo esse vídeo sou eu, e ponto final, acabou a conversa.
- Uhhh. Acho que alguém está apaixonada.
- Cala a boca.
As duas saem do banheiro.
Eu fico menos tensa de saber que ela não vai postar o nosso vídeo na internet pra todo mundo ver, dá próxima vez tenho que ter mais cuidado.

Voltamos todos para a sala de aula.
No intervalo procuro por Bárbara na faculdade e encontro ela escondida perto das vassouras do zelador, sentada assistindo o vídeo da Lap dance.
Me aproximo por trás dela sem que ela me veja, eu consigo ver o vídeo também.
Meu pé bate em um balde no canto e ela rapidamente desliga o celular e se levanta.
- O quê você faz aqui Camile? - Ela diz assustada.
- Nada. - Respondi sem graça.
- Pois, vá fazer Nada, bem longe de mim. - Diz ela com raiva.
- porque você me odeia Bárbara? Eu nunca te fiz nada.
- você é chata Garota, me deixa sozinha, Vai embora daqui.

Ela sai e vai embora me deixando sozinha.
Os sentimentos entre mim e Bárbara são conflitantes, não sei se a amo ou se a odeio.
Um lado meu quer transar com ela loucamente, e o outro lado meu a quer matar, nas vezes que ela me trata mal.
As vezes penso que ela faz tudo isso de propósito só para me provocar alguma reação.

Alice uma das amigas de Bárbara se aproxima de mim no armário da faculdade.
- Eu sei oque você é, você não me engana, - Diz ela em tom de ameaça.
Eu olho para Alice e fico muda sem dizer nada, minhas pernas começam a tremer, por um instante penso que ela descobriu que eu sou a garota da Lap Dance, não faço a mínima ideia do que ela está falando.
Muito hesitante eu pergunto com a voz trêmula, - O quê?
Paira uma certa tensão no ar entre nós duas.
E ela responde. - Você é uma caipira da roça.
Ela ri zombando de mim.
Eu respiro fundo numa sensação de alívio,
- Ufa. Pensei que fosse outra coisa, - acabo falando isso em voz alta sem perceber.
Ela sai pelo corredor andando e rindo de mim.

Abro meu armário para guardar um livro e vejo um bilhete dentro do armário, pego o bilhete e leio escondido dentro do armário mesmo.
" Você é muito linda" de sua admiradora secreta beijos".
Uma marca de beijo com batom no bilhete.
Olho para o bilhete penso, ah, que fofo.
Mas, quem será essa garota da faculdade que me admira em segredo?
Fico curiosa e a partir de agora vou começar a observar com mais atenção.
Já sei que a Bárbara não é, pois na faculdade ela já deixou bem claro que me odeia.
Fico pensando como pode uma pessoa amar e odiar a mesma pessoa ao mesmo tempo.
Essa relação de amor e ódio não vem de hoje, na história já houve vários casais que se amaram e se odiaram ao mesmo tempo.

A aula na faculdade termina e vou direto pra casa descansar, estou ficando exausta vivendo essa vida dupla, chego em casa e Bruna quer falar algo comigo mas, eu vou direto pro meu quarto dormir, digo a Bruna que me acorde mais tarde para o jantar.
Bruna faz o jantar na cozinha.

Bárbara toca a campainha. Bruna abre a porta e diz que estou dormindo, ela pede para me ver e vai até meu quarto, ela deita na cama junto comigo e fica me vendo dormir, estou dormindo de lado, ela deita na cama nas minhas costas, ela passa a mão nos meus cabelos, depois vai descendo a ponta dos dedos suavemente por todo o meu corpo, ela acaricia meus seios e toca meus mamilos, sob a blusa regata branca que estou usando sem sutiã, eu mudo de posição e me viro de frente pra ela na cama me acariciando, ela vai descendo a mão tocando meu corpo, ela passa as pontas dos dedos suave por minha barriga, desce por meu umbigo e toca minha calcinha por fora, eu me mexo na cama mudo de posição, deito de costas na cama, ela coloca a mão dentro da minha calcinha e coloca um dedo entre minhas pernas dentro da minha vagina, eu me acordo e vejo ela me tocando, ela olha pra mim e não para, ela continua com o dedo dentro de mim, tocando meu clitóris, solto um gemido.

Uma voz me chama várias vezes.
- Camile. Camile. acorda!
Abro meus olhos e vejo Bruna me acordando do sonho na minha cama.
- O quê foi? - Pergunto meio zonza.
- Você me disse para te acordar quando o jantar tivesse pronto, vamos.
- eu já vou Bruna.

Ela volta pra cozinha, enquanto eu fico olhando pro teto, fico brava e coloco um travesseiro em meu rosto.
- Arrrrr!

Desço até a cozinha para jantar com minha amiga Bruna, ela já preparou e colocou todo o jantar na mesa.
- Eu estava exausta, desculpa por não te ajudar a preparar o jantar amiga. - digo envergonhada.
- Relaxa, - Diz ela despreocupada.
Ela olha pra mim com um olhar de quem vai me perguntar algo, e sorri.
O quê foi esse olhar? - Pergunto meio envergonhada.
Ela responde - oque você tava sonhando tão empolgada gemendo Camile?
Coloco um garfo de comida na boca para disfarçar e não responder a pergunta de Bruna.
Tento mudar de conversa, - Mas e seus estudos como vão?
Ela nota que eu tentei mudar de assunto e insiste.
- Não mude de assunto, que gemidos foram aqueles.
- Gemidos? Que Gemidos?
- Camile amiga, você tava toda suada que sua blusa estava transparente.
- Eu não?
- Quem era o homem do sonho? - Ela muito curiosa pergunta.
- Não era homem. - Respondo sem pensar.
- Ah. Sabia, era uma mulher! Camile sua safadinha, agora me conte quem era essa mulher que te fez suar e gemer?

Droga deixei escapar essa sem querer.
- Não era ninguém importante.
Ela suspeita que aconteceu algo na última Lap dance, ela notou que estou estranha.
- amiga, você já dispensou duas clientes da sua dança particular, o quê houve? Você está agindo estranho desde a última dança.
Mudo de conversa alertando que está na hora do meu turno na boate, pego o copo e dou um ultimo gole no suco e saio pela porta, com minha mochila nas costas.

Chego na boate e vejo que o movimento de pessoas está fraco, ainda tem poucas pessoas e ninguém está no bar pedindo bebidas, fico limpando os copos com o pano de prato.

Lap Dance (Romance Lésbico 18+)Onde histórias criam vida. Descubra agora