Capítulo Um

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Era meu primeiro dia de aula na faculdade nova de cinema, tudo era novo para mim, a cidade, as pessoas, os lugares, cheguei a dois dias na cidade e ainda não tinha conseguido um emprego para me manter.
O dinheiro que tinha guardado ainda duraria mais algumas semanas, mas precisaria arranjar um emprego urgente.
Entrei numa cafeteria e pedi um café com um pedaço de torta de frango.
A garçonete anotou meu pedido e cinco minutos depois ela trás o café com a torta de frango na minha direção.
Ela olha para mim curiosa para saber oque estou pensando.
- Bom dia. - Disse a garçonete muito educada.
- Bom dia.
- Vejo que está preocupada. - A garçonete faz uma observação sobre mim.
- Sim.
- Oque te preocupa?
- cheguei na cidade a poucos dias e estou procurando emprego.
- Você é tão linda. - Diz a garçonete flertando comigo a mesa.
Eu dou um sorriso envergonhada, ela começa a anotar algo no bloquinho dos pedidos, ela rasga um pedaço do papel e me entrega colocando em cima da minha mesa.
- olha vai nesse endereço aqui as 17:00 e fala com o Mike diz que eu te mandei lá, ele vai te arranjar algo pra fazer.
- Me desculpa, qual seu nome? - Pergunto a garçonete e ela responde, Maria.

Vou para casa e espero dar 17:00 enquanto a hora passa eu fico escutando música, vou dançando e limpando a casa.
Pego um táxi e vou até o endereço escrito no papel, desço do táxi e vejo a frente de uma boate, eu olho para o nome da boate e entro, um homem na porta me pergunta oque eu quero.
Digo que vim falar com o Mike, ele faz um gesto com uma das mãos me indicando para entrar.
Tem uma DJ no canto passando o som da música,
Mike é um homem de meia idade e aparenta ter uns 40 anos, é alto, forte porte atlético, moreno de barba curta, ele está do lado da DJ, me aproximo dele e pergunto.
- Você é o Mike?
Ele olha pra mim e faz um gesto dizendo sim com a cabeça.
- A Maria me mandou aqui - digo pra ele.
Ele indaga. - Maria?
- Sim, a Maria da cafeteria da rua...
Ele me corta antes de terminar de falar a frase.
- Eu sei quem é a Maria, estou só zuando com você. (Ele dá uma risada)
Ele me pergunta oque eu quero, eu digo que estou procurando emprego se ele poderia me ajudar.
Ele me pergunta se eu sei fazer drinks, eu respondo que sei um pouco, ele me manda voltar durante a semana para fazer o curso rápido de Bartender que a vaga é minha.
Duas semanas depois eu sou contratada para ser Bartender na boate.
Pergunto a ele se a boate é gay.
Ele ri e me pergunta se tenho algum problema com isso.
Afirmo que não tenho problema e ele me manda começar a trabalhar já nessa noite de quinta feira.

Na Quinta- feira a tarde começo minha aula na faculdade de cinema, minha classe tem uma miscigenação de pessoas de todos os estilos, o professor me apresenta para todos da classe como a aluna nova.
"Essa é Camile Ávila nossa nova aluna do curso de cinema" - Diz o professor em voz alta para todos da sala ouvirem.
todos me olham enquanto estou sentada na minha cadeira, sinto os olhares sob mim e fico com vergonha.
Alguns alunos sussurram baixo comentando algo a meu respeito, Bárbara e sua panelinha de amigas no canto da sala cochicham e uma voz alta se destaca no burburinho da sala dizendo.
" a matuta da roça"
Todos riem alto, mas não consigo ver de quem foi a voz que falou isso a meu respeito.
O professor manda todos fazerem silêncio e respeitar a colega nova.
Keyla é uma das amigas de Bárbara mais irritantes da faculdade ela tenta me deixar brava com um comentário sobre minhas roupas.
- suas roupas são doadas pelo exército da salvação Camile?
Nesse momento todos da sala riem de minhas roupas.
Bárbara me olha dos pés a cabeça e afirma.
- Eu nunca ficaria com alguém que anda com roupas do exército da salvação.
Todos na sala riem novamente.
Não me admira eles me acharem brega, todos eles parecem modelos recém saídos de desfiles da vitória Secrets, todos com seus rostos perfeitos e roupas de marcas muito caras, enquanto eu estava de blusa xadrez, calça jeans, cabelo amarrado rabo de cavalo e óculos.
Eu parecia uma jeca recém chegada do interior, mesmo não sendo, pois eu vinha de outra cidade.
Senti um certo desconforto e sabia que aquela turma ia me dar dor de cabeça durante o curso inteiro, também senti que bárbara foi hostil e nossa história estava apenas começando.

O sino toca e a aula termina, pego minha mochila e vou pra casa trocar de roupa para começar a minha primeira noite de trabalho na boate como Bartender.

Um cliente da boate se aproxima do bar e me pede para preparar um Dry Martini.
Eu Começo a mistura de Gin, Vermute seco, e decorado com espiral de limão e coloco uma azeitona.  
Entrego para ele no balcão.
Outros clientes vão chegando no bar e pedindo bebidas, eu começo a servir um por um, caipirinhas, 
Dry Martini, Cosmopolitan, Piña Colada, Negroni.

Olho para meu relógio de pulso que marca meia noite em ponto.
Olho para a porta da boate e vejo Bárbara, Keyla e Alice entrarem.
Elas vão caminhando até a DJ, da noite para a cumprimentar.
Bárbara vem na minha direção no bar, ela olha pra mim e pede uma bebida.
- Uma caipirinha por favor.
Ela não prestou muito atenção em mim por causa das luzes da boate que mudam de direção a todo instante.
Eu faço a caipirinha e entrego na mão dela, nossas mãos se tocam pela primeira vez, eu sinto um tipo de choque elétrico em minha mão ao tocar a mão de Bárbara, ela também sente a descarga de choque ao tocar minha mão.
" Oque foi isso"? - ela me pergunta surpresa.
agora ela olha pra mim com mais atenção e começa a me provocar.
- ah é você exército da salvação? Não sabia que trabalhava aqui.
- sou nova aqui, comecei hoje, e meu nome é Camile por favor não me chame de exército da salvação.
- Tá bom, Camile.
Ela experimenta a caipirinha e diz.
- você faz uma ótima caipirinha Camile.
- Obrigada.

Bárbara vai até a pista de dança puxa uma mulher para dançar e as duas se beijam.
Eu observo bárbara beijar a mulher e sinto um tremor nas pernas, um cliente me pede outro drink, eu faço o drink olhando o beijo de Bárbara e a mulher na pista de dança, derramo um pouco do drink, o cliente reclama comigo.
- Olha aí você derramou!
- Me desculpe, eu fiquei distraida.
- você tá aqui trabalhando ou curtindo a vista? - Resmunga o cliente insatisfeito.
- Desculpe senhor , isso não vai mais se repetir.

Continuo preparando a bebida e tiro o olhar de Bárbara, Mike se aproxima de mim atrás do bar e me dá os parabéns pelo trabalho.
- você está indo muito bem Camile, continue assim.
Eu olho para Mike e aceno com a cabeça fazendo um sim, e continuo atendendo os clientes fazendo os drinks.

A noite na boate termina estou quase indo embora quando um cliente, um homem gay de uns 30 anos vem até mim e me entrega uma caixa preta de uns 20 centímetros, ele me entrega e diz que é um presente, eu pergunto oque é o presente, ele me diz que um dia eu posso trabalhar pra ele com esse presente da caixa.
Fico sem entender nada, ele se vira e vai embora.
Vou pra casa dormir, coloco a caixa em cima da cômoda ao lado da cama, na manhã seguinte ao acordar eu abro a caixa preta, puxo o laço vermelho que fecha a caixa, abro a caixa e vejo um bilhete, abro e leio no meu pensamento.

" você tem potencial para ser oque você quiser"

Do seu admirador gay, Patrick, beijos.
Meu número está aqui para você me ligar quando achar necessário.

Coloco o bilhete em cima da cama e olho oque tem dentro da caixa, pego o presente de dentro da caixa e puxo para fora.
É uma máscara carnavalesca preta para cobrir os olhos.
Eu vou até o espelho com a máscara na mão coloco no meu rosto em frente ao espelho do quarto para experimentar.
Pego o bilhete e dígito o número de telefone de Patrick, ligo e pergunto para ele qual o significado da máscara?
Ele atende me fazendo uma pergunta.
- Camile você sabe o quê é Lap Dance?

Lap Dance (Romance Lésbico 18+)Onde histórias criam vida. Descubra agora