everything was dark until i met you

십팔 장. part I

Estou de volta!

Depois de exatos 3 meses, trago finalmente para vocês um capítulo que conseguiu amassar todos os meus neurônios e me reduzir a NADA nas últimas semanas. Houve muito bloqueio criativo e cansaço envolvidos, mas consegui finalizar e deixar tudo do jeitinho que queria.

Espero que gostem e apreciem cada segundinho da leitura. Me mimem com votos e comentários, se forem capazes. :)

Se preparem para muita boiolagem. Diabéticos, por favor cuidado, o docinho chegou!

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Seattle é bonita e colorida, mais fresca do que as outras cidades que visitaram até estarem ali e, com toda a certeza, mais calma também. O sol brilha no céu com tanta força que é capaz de cegar qualquer pessoa, mas não faz diferença porque Jimin genuinamente aprecia sentir a pele queimando pelos raios incessantes.

É a última parada antes que visitem o Havaí e estejam cercados por areia e mar novamente, então Taehyung o arrastou pela cidade para que pudessem gastar o salário gordo que estão ganhando da comissão sul-coreana pelas danças que praticam tanto por aí.

É a primeira vez que eles se permitem fazer tal coisa, visto que estão na América do Norte desde a segunda quinzena de maio, mas não tiveram tempo sobrando em suas agendas para explorar daquela maneira – apenas em Nova Iorque. Eles fizeram um passeio pela Times Square e observaram a Estátua da Liberdade de longe, tirando fotos e mais fotos e passando vergonha em frente a pessoas ocupadas que falavam um inglês muito rápido.

Jimin e Taehyung caminhavam de braços dados, conversando sobre um milhão de assuntos ao mesmo tempo. Cortavam as calçadas com seus passos rápidos e empolgados, a instantes de somente saltitar pela extensão da rua, mas distraindo a si mesmos o suficiente com as vitrines para ignorar a vontade súbita de mostrar ao mundo como estavam realizados.

Por serem quem são e virem de onde vieram, poucas foram as vezes que Jimin e Taehyung puderam desfrutar de pequenos momentos iguais àquele. As famílias simples em que cresceram jamais puderam lhes proporcionar luxos exagerados, então estar nos Estados Unidos em um tempo que consideravam como o "início de suas vidas" é realmente muito importante.

Desde que pousaram no país, Taehyung não se esquece de ligar e conversar com seus pais por alguns minutos logo durante as manhã que já brilham lá fora, sabendo que os dois estão cansados pelo longo dia de trabalho na modesta fazenda que cultivam desde sempre – porque, lá na Coreia do Sul, o jantar já está sendo servido em centenas de milhares de mesas nas cidades sul-coreanas e todos estão se preparando para descansar, ao contrário do que acontece do outro lado do mundo.

Admirando o ato tão carinhoso de Taehyung, Jimin procurou fazer o mesmo. Tentou estar em constante contato com seus pais, ligando quando tinha um tempinho livre e deixando-os falar por horas e horas sobre as novidades da região em que viviam. Não durou muito tempo, no entanto.

Por serem péssimos com tanta tecnologia, seu pai achou melhor ficarem com as mensagens de texto e as selcas. Jimin também fotografava o sol se pondo, a vista das viagens de avião, a paisagem de grandes prédios que seus quartos de hotel tinham e qualquer outro detalhe que achasse interessante. A cada palavra dita para seus pais, mais seu coração apertava com a inevitável saudade de casa. E tudo bem.

Não há nada de errado em sentir falta da Coreia do Sul e Busan, a antiga casa em que cresceu em meio ao milharal que também era cercada de árvores para subir. Seul, por mais que fosse seu foco nos últimos anos, nunca deixou de ter aquela sensação infinita de irrealidade. Viver e evoluir na cidade grande se parecia com férias prolongadas, mesmo que Jimin tivesse responsabilidades e obrigações como um jovem adulto.