Prólogo

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🦋Dani Lins🦋

Eu não vou passar por tudo isso nem um segundo a mais, já são três meses e meio sofrendo nas mãos desse desgraçado

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Eu não vou passar por tudo isso nem um segundo a mais, já são três meses e meio sofrendo nas mãos desse desgraçado.

Conheci o Ramon ano passado quando eu tinha dezessete anos, ele era um príncipe encantado.

Era amoroso e carinhoso, estava sempre ao meu lado me apoiando em tudo.

Até três meses atrás quando eu descobri que estava grávida, ele literalmente surtou e me bateu até eu desmaiar.

Maria, a menina que trabalhava aqui que me ajudou mas quando ele ficou sabendo demitiu ela. Bom, era isso que eu pensava até essa casa estar marcada de homens armados e com cara de assassinos.

A verdade é que ele está trabalhando para alguém muito perigoso, eu não faço ideia de quanto tempo ele está nisso.

Ele não dava nenhum indício disso ou de que era viciado em drogas, mas agora ele chega em casa totalmente drogado e bêbado.

Eu já tentei fugir mas são muitos homens e nenhum deles se quer me ajudam. Não esperava que ajudassem também, mas não custava nada sonhar né.

Mas agora eu tenho a chance de fugir, a três dias atrás mudaram os seguranças. Eu não sei o motivo mas eles parecem mais novos e menos experientes.

Mas claro que ainda tem alguns antigos ainda para garantir que eu não saia de casa.

Mas eu não vou desistir, pelo meu bebê eu faço qualquer coisa.

Não vou poder levar nada ou vão suspeitar, peguei o pouco de dinheiro que achei por aqui e colocoquei no sutiã.

Está na hora do jantar e essa hora os seguranças mais antigos estão na casinha no final da propriedade comendo.

Os novatos só são liberados para comer depois de uma hora.

Respiro fundo acariciando minha barriga e começo a colocar meu plano meio merda em ação.

Invoco a menina que fez duas aulas de teatro que mora em mim e faço cara de dor descendo as escadas com cuidado.

Abro a porta da frente fingindo estar com dor e coloco a mão na barriga me abaixando, logo tem três seguranças na minha frente.

- Senhora o que está acontecendo? - Um deles pergunta meio nervoso.

- Está doendo. - soluço ainda com a mão na barriga. - O meu bebê, eu estou perdendo o meu bebê.

- Droga! O que vamos fazer? - Um outro pergunta.

- Chame um dos outros e você pega o carro. - o terceiro diz.

Deu merda, ele não pode ir chamar os outros.

Antes que ele se afasta eu gemo de dor mais alto e "caio" em sua direção sem forças.

Olho para ele e consigo até chorar, mas é de desespero.

- Não dá tempo! Avisamos enquanto estivermos a caminho do hospital. - o primeiro diz. - Se algo acontecer com ela ou com o bebê o chefe nos mata

O mesmo me pega no colo me levando para o carro aonde o outro já está lá dentro e me coloca na parte de trás.

Eles saem em disparada da mansão e dirigem rápido, quando finalmente saímos de lá respiro um pouco mais aliviada.

O que não dura muito já que escuto um dos dois falando no celular com um dos outros seguranças.

Merda.

Droga, droga, droga!

Respiro fundo e só me resta uma opção, peço a qualquer ser existente ou não que possam ajudar.

Por favor, por favor, protejam meu bebê.

Já estávamos quase perto da floresta, a mansão é afastada da cidade e tem uma enorme floresta aqui.

Isso vai me dar um tempo, eu acho.

- Pedro o chefe nos mandou voltar agora mesmo! - o moreno fala para o que está dirigindo.

- Merda! - o outro diz.

Ele desacelera o carro para dar meia volta e meu coração dispara, é agora ou nunca.

Antes que ele possa acelerar abro a porta ao meu lado e me jogo do carro abraçando a barriga com as mãos.

Escuto eles xingarem e pararem o carro, sinto meu corpo todo doer e me levanto rápido ignorando a dor.

Corro pela floresta a dentro o mais rápido que consigo, sinto meus braços e pernas arderem pelos galhos que me arranham mas não paro.

Escuto os dois gritando atrás de mim e solto um soluço, eu não aguento mais. Meu corpo está doendo e ardendo, mas o que mais me preocupa é a dor real que sinto no pé da barriga.

Olho para o céu por um segundo desejando que tudo isso acabe logo.

Por favor...um soluço.
Por favor...
Por favor... outro soluço.

Viro a esquerda aonde vejo uma neblina e continuo correndo mesmo não conseguindo enxergar muita coisa.

A neblina fica preta e eu não consigo parar de correr a tempo, coloco os braços ao redor da barriga novamente com medo de bater em alguma árvore.

Sinto o chão sumir abaixo dos meus pés e solto outro soluço fechando os olhos e caindo de joelhos.

"Acabou, tia"


Corte de Família de Outro Mundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora