Alguns jovens possuem a vida normal, podendo escolher seus destinos, outros tentam ao maximo sentir alguma adrenalina para se sentirem vivos e haviam outros com segredos e deveres.
Catra nunca havia tido muita coisa em sua vida medíocre e, após rece...
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Finalmente havia chegado aquele tão sonhado dia que todas as pessoas internadas em um ambiente hospitalar almejam. O dia da alta! E claro, Cattleya como todas essas pessoas, também ficou ansiosa por isso. Estava tudo pronto para zarpar, ainda usaria equipamentos para lhe ajudar a locomover devido ao dano em sua coluna, mas, já se sentia bem melhor. Muito melhor, na verdade. A felicidade era mesmo um excelente remédio para a alma e que refletia no corpo.
Tinha recuperado o movimento de seus dedos dos pés e, baseando nessa evolução, tinham fé que logo logo ela estaria dando piruetas como quando morava na Horda.
Quanto a Adora, também se recheava de alegria vendo sua preciosa flor selvagem melhorar pouco a pouco e, como recompensa do destino, tudo que ela sentia que faltava, aos poucos, estavam retornando a Catra. Entretanto, não era somente Felina que tinha boas novas. Adora também estava aos bocados, se colocando em um eixo.
Após o check-out na instituição médica, Catalina tratou de levar suas meninas dali. Afinal, Adora agora era também como sua própria filha. Sentia que deveria também olhar por ela, por sua amiga falecida. E era sobre aquilo que conversavam no veículo rumo a casa da latina.
- Então, jovencitas? Estão prontas?
- Sim, "velhacita". - Respondeu zombeteira a morena que tinha o cinto ajustado por Adora cuidadosamente.
- Igual lo seu passado, Cattleya. - Retrucou em mesmo tom a mulher, arrancando risos em ambas as jovens - Adora, quanto los medíocres dos Primeiros, se tem notícias? La juíza dice algo?
- Ah, sim... Devido às provas incontestáveis que foram achadas, o transtorno passado com todos nós e o depoimento detalhado da doutrora Garnet Black... Foram todos condenados de acordo com seus crimes e ações...
Catra por um instante ficou em silêncio, tensa, pensando sobre as atitudes que tinha tomado enquanto sob efeito das drogas forçadamente injetadas em suas veias. Adora, reparando tal tensão, tocou o rosto da morena, lhe virando delicadamente para si.
- O que foi?
- É só que... - Pausou, suspirando forte e tomando coragem para não ceder a seus desejos internos de alterar-se - Eu matei pessoas, Adora. Eu incendiei o prédio da Horda, eu matei o desgraçado do Middleford nisso e eu fiz coisas horríveis... Eu também deveria ser julgada como eles!
- Meu amor, não foi você! Estava fora de seu domínio, não tem como se culpar disso.
- Mas me culpo, Adora. - Soltou firme, mudando seu humor - Me culpo porque, no fundo, eu queria fazer aquilo. Só não tinha coragem o bastante. Ou loucura o suficiente. - Encarou a rua quase deserta - Eu estava com raiva daquelas pessoas, eu tinha um motivo para fazer aquilo. Só trouxe para fora o que eu tinha muito medo de assumir estando limpa...
