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Pov. Will Solace

Eu me sentia complemente perdido, realmente não consigo me lembrar de Nico, por mais que eu tente nada vem, mas a simples presença dele me deixar nervoso, seu sorriso faz meu coração acelerar e quando ele me toca eu sinto que poderia entrar em ebulição há qualquer segundo!

Estamos na Casa Grande com Quiron, o centauro está nos dando várias informações a respeito de possíveis curas para a minha perda de memória.

– Poderíamos tentar alguma poção? – Nico perguntou.

– Meu jovem esse tipo de maldição exige dedicação para ser removida. Uma simples poção não seria suficiente.

– E o que seria? Eu faço o que for preciso. – Ele diz me fazendo arregalar os olhos em espanto.

Ninguém nunca se ofereceu assim por mim. Esse garoto com certeza me ama, mas eu não posso deixá-lo se arriscar tanto assim.

– Não, tudo não. Não quero que você se machuque ou se sacrifique. – Retruco firme. – Eu não quero recuperar a memória e perder você! – Digo com os punhos cerrados num tom exaltado.

– Senhor Solace, Nico está fazendo algo nobre. – O centauro intervém.

– Nico, por favor... – Suplico com lágrimas nos olhos.

Eu não quero que ele se arrisque por minha causa, não quero vê-lo ferido ou padecendo por mim. Nico di Ângelo podia não estar na minha mente, mas estava em cada uma das minhas sensações.

– Will – ele diz tocando meus joelhos enquanto se ajeita no chão a minha frente –, eu vou recuperar a sua memória e voltar para você, eu prometo. Me deixe fazer isso, por favor?

Quiron suspira cansado, como se já tivesse visto milhares de promessas como essa, seu olhar parece distante e vazio, mas suas palavras são cheias de sentimento e segurança.

– Will, Nico vai fazer o que tem de ser feito. Só precisamos saber como.

– Eu sei. – O moreno diz decidido. – Vou falar com meu pai, no mundo inferior, ele deve saber como ajudar.

– Então, reunião encerrada. Will você está dispensado das atividades e Nico você pode ir se preparar para partir hoje a noite. – O centauro finaliza.

Depois de tudo aquilo não tive mais como fazer Nico desistir da viagem, tudo que pude foi acompanhá-lo até o chalé do seu pai. O sol ainda estava alto, tínhamos algum tempo até a noite e por mais que eu me sentisse grato por ele estar se dispondo a ir atrás de uma cura eu não o queria deixá-lo ir.

– Pode entrar, fique a vontade. Não que você precise de formalidades para entrar aqui. – Ele diz virando para mim depois de entrar no chalé treze.

– Parece que eu venho muito aqui. – Digo corado. – Tudo me parece familiar, mesmo eu não lembrando de nada. – Suspiro pesado e me sento na cama que parece ser a de Nico.

Ele caminha até onde estou tranquilamente e se senta ao meu lado. Suas mãos seguem até onde as minhas estão e logo se entrelaçam juntas.

– Esteve mais vezes do que posso contar. Digamos que nesse último mês nós estivemos bem próximos. – A voz de Nico me deixa quase inebriado.

– O quão próximos? – Pergunto me virando pra ele.

– Bastante.

– Posso interpretar como quiser? – Pergunto curioso.

– Não, raio de sol. Não passamos de beijos e amassos se é o que está querendo saber. – Ele responde ficando de pé e solta uma piscadela fofa para mim.

Sempre foi vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora