Pov. Will Solace
Eu nunca pensei que pudesse sentir tanto medo, quando vi o monstro atacar Nico senti meu coração doer no peito. Meus irmãos também corriam risco então eu não tive medo de me entregar em troca da vida deles.
O monstro correu para dentro da floresta e se embrenhou no fundo ao sul, quase no limite entre o acampamento e a cidade. Ele entrou numa espécie de caverna longa e muito escura, que é onde estávamos agora. O clima esfriou bastante e sendo filho de Apolo tenho pouca resistência ao frio.
Chegamos ao que parece ser o final da caverna, ouço sons de choro e fico atento. O monstro me joga de qualquer jeito no chão e rolo até sentir meu corpo se chocar com a parede de pedra. Examinei o local vendo que tinha um brecha por onde se via o céu estrela da noite de hoje, haviam sons estranhos e tentei me mover sem chamar atenção do monstro. Ele não me matou por algum motivo, eu não lembro de todas as histórias, mas eu sei que existia uma maldição sobre os filhos de Apolo que se completa ao nascer do sol do dia posterior ao sequestro pela quimera, o que me dava poucas horas para escapar daqui.
– Fique quieto filho de Apolo, o altar já está pronto e quando a hora chegar você será uma excelente oferenda. – A quimera disse em alto e bom som, me fazendo estremecer.
Ouvi algumas vozes de crianças e andei até o outro lado da caverna. Havia duas crianças sentadas no chão ao fundo do cômodo sem luz, eu não podia vê-las por completo, mas podia ouvi-las.
– Não tenham medo, eu vou ajudá-los. – Digo me aproximando.
– O monstro vai nos matar! – Um voz chorosa disse.
– Socorro! – O outro grunhiu.
– Fiquem calmos, nós vamos sair daqui. – Disse pra ele enquanto pedia ajuda aos deuses.
As crianças tinham a idade dos meus irmãos menores, eu as trouxe para perto de mim e as abracei tentando passar alguma segurança. A quimera nos rondou farejando e emitiu um guinchado que nos fez encolher de medo.
– Filhos de Apolo – ela rosnou. – Vocês são uma praga!
– Deixe as crianças, você já tem a mim. – Pedi encarando a quimera horrorosa.
– Peguei esses fedelhos quando eles tentavam entrar no acampamento, mas a áurea deles não é forte o suficiente para o sacrifício. Por isso, fui até o acampamento, novamente, capturar um que valesse a pena e olha só o que eu consegui, o filho mais talentoso de Apolo. – Ela disse balançando o que restou do rabo que fora cortado por Nico. – Eu poderia até soltá-los, mas preciso de uma refeição após vingar meu pai, a primeira quimera! – Ela gritou num rosnado feroz.
– Vocês são filhos de Apolo também? – Tento conversar para acalmá-los.
– Sim, eu me chamo Marcos Rimet tenho 7 anos.
– Eu me chamo Mariana Rimet e tenho 6 anos.
– Eu sou Will Solace e tenho 16 anos. – Sorrio e eles fica mais calmos.
– Então você é nosso irmão? – Marcos pergunta curioso.
– Somos. Vocês tem outros tantos irmãos esperando por vocês no acampamento meio-sangue. – Falo entretendo os dois que até sorriem mais animados. – Fiquem calmos, nós vamos sair daqui.
– Não prometa o que não pode cumprir filhote de sol. Eu vou matar você, garoto estúpido.
Ao raiar do dia você limpará o sangue que meu pai derramou e eu terei a minha vingança.
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Sempre foi você
FanfictionQuando Nico se despediu de Percy e Annabeth, girou nos calcanhares e veio na minha direção eu juro que senti meu estômago se revirar. Santo Apolo, esse garoto era tão lindo quanto misterioso e ranzinza. Nico di Ângelo aceitou os três dias de descans...