Uma das questões que achamos de bastante interesse para os que estão iniciando no Espiritismo, trata sobre a maneira como vivem os Espíritos no plano espiritual.
Para o neófito, talvez lhe ocorra perguntas como: como é o plano espiritual? Os Espíritos vivem de que forma nele? Lá tem casas? Tem edificações como aqui no plano físico? E hospitais, escolas, bibliotecas? Existem praças no mundo dos Espíritos?Os Espíritos dormem? Descansam? Trabalham? Estudam? Se alimentam?
Essas e tantas outras questões podem, com certeza, surgir na mente de quem está começando a conhecer o Espiritismo, e até mesmo para os que já são mais antigos.
Neste capítulo, tentaremos responder, se não todas, mas, pelo menos a maioria delas.
É verdade que, se o nobre leitor tem lido o livro desde o começo, com base no que observou nos capítulos anteriores, pode ele já estar bem melhor situado a respeito desse assunto. Mas, vamos discorrer mais ainda a respeito do tema, pois, conhecimento e "canja de galinha" não faz mal a ninguém.
Para nossa melhor compreensão sobre o tema, podemos encontrar, nas obras mediúnicas do médium Francisco Cândido Xavier, principalmente nas ditadas pelo Espírito André Luiz, vários apontamentos interessantes.
Em uma delas, André nos fala de como os Espíritos vivem em uma Colônia Espiritual denominada: Nosso Lar e, em outro livro denominado: Cidade no Além, também com sua participação, podemos obter as seguintes informações acerca dessa Colônia Espiritual:
Na vasta bibliografia mediúnica do médium Francisco Cândido Xavier, a cidade espiritual conhecida como "Nosso Lar" foi à primeira sociedade urbana da Vida Maior retratada com detalhes. Foi no livro do mesmo nome, editado pela Federação Espírita Brasileira, que o Espírito André Luiz, relatando suas experiências, forneceu descrições pormenorizadas acerca da organização da sociedade comunitária e das edificações que lhe servem de apoio material.
Conta, o abnegado médium, que se surpreendeu pelo inusitado das revelações e que André Luiz, a fim de que ele desse livre curso aos seus relatos, certa noite, levou-o, em desprendimento espiritual, até a cidade "Nosso Lar", para que se inteirasse da sua existência e conhecesse, pessoalmente, alguns recantos retratados no livro.
Realmente, o citado livro abria campos amplos e novos à indagação daqueles estudiosos que sentissem dificuldades para entender como a vida poderia prosseguir, normalmente e sem saltos, após o desenlace físico.
Difícil imaginar, ante a diversidade aparente das condições de encarnado e desencarnado, que o Espírito pudesse habitar cidades edificadas e organizadas de modo semelhante às expressões terrenas.
Os Espíritos disseram a Allan Kardec, na questão nº 234, de O Livro dos Espíritos, que, no mundo espiritual, viviam em "espécies de acampamentos, de campos para se repousar de uma muito longa erraticidade, estado sempre um pouco penoso".
Não se podia, é verdade, dar largas a imaginação para especular acerca do que seriam, realmente, essas espécies de acampamentos, por falta de referências mais claras que induzissem a idealização de comunidades de Espíritos habitando cidades estruturadas em edifícios de natureza sólida, sobre terreno fértil a vegetação, e em tudo com estreita semelhança ao que conhecemos na Crosta.
Mas, a partir das informações veiculadas por André Luiz, passado o espanto natural que as revelações causaram, reconheceu-se que não podia ocorrer de outra forma.
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Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume II
EspiritualTodos os dias, nas Casas Espíritas, aporta uma quantidade regular de irmãos, interessados no conhecimento do Espiritismo. Curiosos uns, desesperados outros, enfermos aqueloutros, porém, todos eles, de uma forma geral, são carentes e necessitados da...