01. DEUS
Falar sobre Deus não é uma tarefa que esteja ao alcance de Espíritos inferiores como nós. E isso é explicável, por nos faltar, ainda, uma bagagem espiritual muito grande para poder compreendê-Lo.
Necessitaremos de muitas, mas muitas reencarnações mesmo, e, consequentemente, de muito aprendizado, para que possamos ter uma melhor compreensão acerca da grandiosidade de Deus.
Parafraseando aqui, o que dizem os Espíritos elevados, só poderemos tentar explicar e/ou entender Deus, de acordo com os acanhados conhecimentos que possuímos. Daí, podemos entender porque existem tantas divergências de definições acerca Dele.
Neste capítulo tentaremos – e com muita pretensão de nossa parte - fazer algumas colocações acerca do que entendemos a respeito do nosso Pai Celestial.
É evidente que teremos que aproveitar muitas coisas que outros autores espíritas - tanto encarnados como também desencarnados - nos informaram em várias obras de suas autorias. Iremos aqui, transcrever muitas informações necessárias e importantes, não só das obras da codificação, que serão sempre nossa base do Espiritismo, como também nas ditas: complementares, para nos auxiliarem nessa questão de tão alta envergadura.
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Nos dias atuais, diante de tantos desequilíbrios morais vivenciados pela humanidade - graças aos Espíritos ainda presos às paixões inferiores, como muitos de nós ainda somos – podemos perceber o quanto necessitamos de um entendimento mais apurado acerca de Deus, nosso Pai, Criador e Amigo.
Sem sombra de dúvidas, somente com Ele “habitando em nossos corações” - o que poderá ser comprovado pelos nossos atos - é que poderemos reverter essa situação, e criarmos um mundo melhor e mais justo, onde os sentimentos da fraternidade, da paz e do amor possam sempre prevalecer em qualquer ação que empreendermos.
Assim, chegamos a conclusão que: no que diz respeito a essas verdadeiras “calamidades” morais que assolam nosso mundo, se nós, que fazemos parte dele, tivéssemos um pouco mais de fé em nosso Pai e seguíssemos Suas leis sábias e justas, ou seja, se praticássemos os dois únicos mandamentos ensinados por Jesus: “Ama a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo”, com toda certeza não estaríamos a vivenciar tanta maldade e tanto desequilíbrio em nossa civilização.
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Para que possamos entender verdadeiramente Deus, e consequentemente toda Sua obra, necessário se faz que possuamos mais religiosidade; que estejamos revestidos do verdadeiro sentimento Cristão.
Quando aqui falo de mais religiosidade, não me refiro às religiões tradicionais; aquelas que formam as escolas dogmáticas, cujos credos - para aqueles que compreendem o Cristianismo de Jesus, e não o dos homens - como bem disse Kardec, “são incapazes de encarar a razão frente a frente, e em qualquer época da humanidade”.
Durante muito tempo estamos a conviver com certos dogmas que, graças a falta de fundamentos racionais, só contribuíram para nos afastar, cada vez mais, de um entendimento claro do que seja realmente a religião; do que seja verdadeiramente o Cristianismo. Muitos desses conceitos nos distanciaram ainda mais de Deus.
Muitos são os equívocos que as religiões tradicionais ainda mantém em suas bases, acerca do Criador e de Suas leis. Entretanto, sabemos reconhecer o mérito que elas possuem em tentar elevar a criatura humana a uma condição melhor, ou seja, em tentar elevar o homem até o Pai.
Um fato que o leitor não deve deixar de considerar é que, a evolução é um processo lento e poucos ainda são os que já despertaram para a verdadeira compreensão acerca de Deus.
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Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume II
SpiritualitéTodos os dias, nas Casas Espíritas, aporta uma quantidade regular de irmãos, interessados no conhecimento do Espiritismo. Curiosos uns, desesperados outros, enfermos aqueloutros, porém, todos eles, de uma forma geral, são carentes e necessitados da...