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kenny point of view.
Quando entrei na escola me arrependi de ter vindo, a cada corredor que eu passava riam de mim por conta de um vídeo que postaram.
Estava procurando Liz, ficar perto dela me fazia sentir um pouco mais seguro.
Vi a garota em seu armário procurando algo, andei devagar até ela toquei seu ombro a garota se virou assustada, mas quando me viu deu um sorriso.
Ela me deu bom dia fechando o armário.
─── Eai, como você 'tá? ─── Perguntou quando começamos a andar.
─── Tirando o fato que eles postaram um vídeo meu, estou ótimo. ─── Falei ironicamente. Ela soltou um riso.
─── Qual é? Você tava fofinho com aquela roupa. ─── Falou me empurrando fraco com o ombro.
Sorri envergonhado, ela me acha fofo?
─── Você acha? ─── Ela assentiu positivamente rindo.
Continuamos conversando, percebi que quando estava perto dela ninguém ria de mim e sequer tentava falar algo, eu realmente estou seguro perto dela.
Quando o sinal tocou ela foi para a sala dela e eu para minha, a aula foi bem cansativa, mas eu não pensava em mais nada além de Liz, eu acabei de a conhecer e ela já tinha se tornado a melhor amizade que eu poderia ter.
[...]
Agora estávamos na saída eu já estou no ônibus, com Larusso fazendo o que ele mais sabe fazer, me zuar, e como a Liz teve que ir embora com o pai, ele aproveitou que não iria ter ninguém para impedir ele.
Quando cheguei em casa percebi que minha mãe continuava no escritório, fui tomar um banho e me troquei, hoje seria o dia que eu visitaria Shawn faz tempo que não o vejo, e talvez ele tenha uma solução para os meus problemas na escola.
Fui até a detenção andando, chegando lá falei com a secretária e ela autorizou minha entrada, me sentei em uma mesa esperando ele chegar.
Conversamos um pouco e logo eu entrei no assunto sobre o bullying que estava sofrendo.
─── Tem até um que luta karate. ─── Falei e ele deu risada. ─── Qual é graça?
─── Eu sei alguém que pode te ajudar. ─── Respondeu sorrindo.
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liz point of view.
Acordei com o despertador tocando pela terceira vez, levantei indo até o banheiro escovar os dentes e tomar um banho rápido, coloquei uma roupa e desci para tomar café, me impressionei ao ver que minha mãe ainda estava em casa.
─── Bom dia. ─── Falei enquanto mexia nos armários para ver o que tinha para comer.
─── Bom dia, hoje eu vou chegar tarde e não esqueça de arrumar suas coisas seu pai vai vir te buscar de noite. ─── Falou. Revirei os olhos ao lembrar que teria que passar duas semanas com meu pai. ─── Já 'tô indo, toma cuidado e não faça nada de errado, tem dinheiro na segunda gaveta no meu quarto. ─── Falou depositando um beijo na minha testa.
Acenei com a mão, depois de comer fui colocar meu tênis e arrumar meu cabelo.
Peguei meu celular e minha mochila saindo de casa, andei cerca de 20 minutos quando cheguei na escola estava morta, minha pernas doíam, eu odeio andar.
Quando entrei na escola vi várias pessoas mexendo no celular e rindo, peguei o meu para ver o que estava acontecendo e a primeira coisa que me deparo era com um vídeo de Kenny fantasiado, isso já está passando do limite, desliguei meu celular indo até meu armário, pensando no que eu poderia fazer para ajudar.
Levei um susto ao sentir algo no meu ombro, me virei vendo Kenny dei bom dia a ele que fez o mesmo.
Ficamos conversando até a hora que o sinal tocou, fui para minha sala e ele para dele a aula foi realmente horrível, mas eu não podia simplesmente ir embora.
O professor explicava sobre um asunto que eu não prestava muito atenção, apenas copiava no caderno, ainda pensava sobre tudo que vem ocorrendo com Kenny, ele é tão legal não entendo o porque dele sofrer esse bullying todo.
Passei todas as aulas pensando em uma maneira de ajudar ele, mas não conseguia pensar em nada.
Logo a aula terminou, assim que sai da sala Kenny estava lá.
Ele me contou como sua aula foi chata, apenas o ouvi em silêncio quando estávamos na porta da escola vi meu pai. Não era só amanhã que ele viria?
Me aproximei dele e Kenny me seguiu, meu pai disse que minha mãe pediu para me buscar, dei de ombros, perguntei ao garoto se ele queria uma carona mas ele negou e foi em direção ao ônibus.
Entrei no carro já sabendo as perguntas que meu pai faria.
─── Não sabia que você estava namorando.
─── Não estamos namorando. ─── Respondi colocando o cinto.
─── Ainda não, eu vi o jeito que ele estava te olhando, e você também gosta dele. ─── Falou me encarando.
─── Pai, não faz nem uma semana que eu conheço ele.
─── O amor não se importa com o tempo, ele apenas vem e, da maneira mais inesperada. ─── Respondeu e ficou em silêncio.
Encostei minha cabeça na janela pensando, será que pode ter algum sentimento além de amizade entre eu e ele?
