Sarah entrou na frente e parou alguns passos da porta. Não tinha ninguém ali, nem uma mesa pronta, um balão perdido, absolutamente nada.
- Mãe? – A loira chamou com cautela. Não deveria estar com a casa cheia de gente gritando surpresa e querendo abraça-la? Que palhaçada era aquela. – Bianca, não tem ninguém aqui!
- Não me olha com essa cara, eu deixei todo mundo aqui. – A detetive se justificou e pegou seu celular. – Ops!
- O que?
- Mãe mandou uma mensagem e não vi. – Leu em voz alta. – "Vim pra casa da Juliette com ela. Lilian sofreu um acidente em uma viagem e estamos esperando por mais notícias. Cuide da sua irmã."
- Que inferno! Por que ela não me avisou? – Sarah pegou seu celular já ligando para a milionária.
- Por que você acabou de ter alta do hospital e ela não quis te assustar? – Bianca ligou para a mãe.
- Foda-se isso. – Desligou o celular quando Juliette não atendeu. – Me leva pra casa dela, agora! – Arrancou o telefone da irmã e saiu quase que derrubando a porta.
Bianca correu para ajudar e controlar a preocupação da caçula. Foram o mais rápido que a detetive conseguiu até a casa de Juliette. Agora, de fato e pela primeira vez para a casa de Juliette. Assim que o julgamento acabou, a Juliette deu adeus ao apartamento da melhor amiga e voltou para o seu. Em um prédio mais alto e muito maior que o de Rafaella, Sarah e Bianca tiveram que esperar Juliette liberar a entrada das duas na portaria, só para então pegar o elevador para o último andar. Claro que a milionária, morava na cobertura do local. Se por fora o prédio já era de outro mundo, as irmãs Andrade ansiavam para conhecer o que Juliette tinha feito dentro do apartamento.
- Ei, você deveria ter ficado em casa! – Abadia estava na porta, esperando pelas filhas.
- Tá de brincadeira mãe? Como é que eu ia ficar em casa com a Juliette passando por isso! Parece que ninguém pensa. – Reclamou direto do corredor e entrou sem cerimônia na casa da milionária. Dois passos depois e uma leva de pessoas surgiu do nada gritando surpresa e obviamente assustando a loira. – Merda! – Sarah começou a rir e olhou para a irmã e a mãe que estavam rindo atrás dela.
- A gente sabia que você ia desconfiar, então...
- Então decidiram quase me enfartar agora? – A loira repreendeu a mais velha em tom de brincadeira e logo em seguida seu olhar caiu em Rafaella. – Valeu doutora.
- Eu to aqui se desse problema! – Deu de ombros rindo. Juliette foi a primeira a se aproximar e abraçar a advogada, sendo seguida pelos mais próximos e depois por aqueles que nem chegaram a ver a loira no hospital, porém foram convidados para a festa.
- Linda, viva e pronta pra irritar, essa é a Sarah que eu tava louca para ver. – Viviane abraçou a advogada apertado.
- Eu jurei que você estava se descrevendo quando começou a falar. – Sarah brincou, mas retribuiu o abraço carinhoso que recebeu. Afinal de contas, quem estava ao seu lado e viu tudo o que aconteceu com clareza, foi a jornalista.
- Já podemos começar com os presentes? – A repórter perguntou e todos reclamaram com a ansiedade da mulher. Ronan emendou que a noiva parecia pior que criança quando envolvia presentes na história. Após todos rirem pegando no pé da mulher, a advogada não escondeu que também apreciava a ideia de presentes e ajudou o controle da ansiedade de Viviane pegando o presente da quase prima por tabela e do primo primeiro.
- Uau, a capa? – Sarah riu ao ver a edição impressa do jornal da cidade que resumiu o julgamento de Juliette. – To honrada!
- Bem, destrua a promotoria novamente e te prometo cadeira cativa nas capas! – A repórter brincou. – Sem a emoção final ok? Não sei se tenho estruturas psicológicas para lidar com essas coisas de sangue!
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Era Pra ser você
FanfictionSarah Andrade é uma advogada pró-bono de Los Angeles. Juliette Freire vive na sombra do seu sobrenome. Uma morte vai aproximar os seus mundos, e o amor que vai nascer nada, nem ninguém será capaz de separar. (Adaptação)