And three words have

402 35 9
                                    

Juliette acordou levando um susto. O barulho da campainha fez com que ela saltasse alto na cama. Woody latiu em revolta para a dona e para quem quer que estivesse tocando a campainha aquela hora da manhã. Ela olhou para o lado e viu Rafaella se revirando e também resmungando pelo incomodo matinal. Juliette olhou para o relógio e viu que não era tão cedo assim como todos imaginavam. Disse para Rafaella continuar deitada e foi atender a porta. Sorriu assim que viu pelo olho mágico quem os incomodava.

- Jonn. - Abriu os braços e recebeu o carinho do velho amigo. - Que surpresa boa. - Ouviu Woody latindo para o homem e emendou. - Mesmo você tendo acordado a casa inteira.

- Calma rapaz, não briga comigo. - Falou em tom sério para o cachorro que trocou os latidos por abanar o rabo para o conhecido. - Pensei em passar antes para te ver, mas achei melhor te dar esse espaço.

Tudo bem. - Fechou a porta e apontou para a sala da amiga. - A previsão é que as coisas fiquem um pouco pior antes de melhorar. - Deu de ombros. - Vou fazer um café pra gente.

- Está sozinha em casa? - Notou o silêncio que vinha dos quartos.

- Rafaella tá dormindo ainda. Ficamos acordadas até tarde conversando, ela... - Sorriu e respirou fundo. - Ela tá sendo maravilhosa.

- E rápida. - Completou se aproximando da cozinha e afastando Juliette de lá, assumindo a posição de quem faria um café da manhã completo para as moradoras da casa. - Quase estava fechando com um excelente escritório de advocacia quando soube que ela já tinha contratados dois novatos para você. - Encarou a milionária esperando que ela desejasse saber mais do escritório.

- Sim. Ela conhecia um dos sócios. - Sorriu sem jeito. Não podia admitir de onde Rafaella conhecia Bil porque seu álibi iria por água abaixo. Mesmo que o homem que estava a sua frente tivesse sido como um segundo pai para ela. - Eles parecem bons.

- 99% de vitórias no tribunal. - Jonn completou começando a fazer as omeletes. - 98% em acordos positivos para os seus clientes. O advogado cego trabalhou nesse escritório que procurei para te ajudar, saiu de lá porque queria pegar causas perdidas e fazer pró bono. - Ele olhou para Juliette julgando a falta de ambição do homem. - Conheceu a mulher quando ela venceu um daqueles simulados de tribunal da faculdade e ofereceu sociedade antes mesmo do final da graduação. Ela foi a primeira da sala e passou em primeiro no exame da ordem.

- Uau, sua pesquisa foi melhor que a minha. - Juliette riu sem jeito. Realmente tinha buscado informações sobre os dois, mas não foi tão longe assim. Se contentou com as matérias que encontrou em relação aos casos maiores que os dois defenderam.

- Eles são bons. A mulher principalmente. - Parou e gesticulou como se tentasse lembrar o nome.

- Sarah. - A milionária o fez e foi pega de surpresa pelo olhar de Jonn. Ela chamou a advogada pelo primeiro nome. Uma forma pessoal, mais íntima para uma pessoa que conhecia por apenas algumas horas e com quem já tinha tido discutido. - Sarah Andrade. - Completou para disfarçar.

- Ela é boa. Minhas fontes disseram que a promotoria já está preocupada. Parece que a última fez que ela encontrou com o promotor que pegou seu caso, ela provou a inocência do seu cliente entregando o assassino no dia do julgamento através de provas e de uma investigação particular que fez sozinha. - Ele disse com uma certa felicidade na voz. - Foi uma vergonha para a promotoria e a polícia.

- Ela acredita que sou inocente. - Juliette diminuiu o tom de voz. Jonn foi até ali ver como ela estava, mas não tinha dito em nenhum momento que sabia que ela era inocente, não falou em como a sua mãe a havia acusado, entrou direto no assunto dos advogados como se estivesse preocupado que ela não estava sendo representada da forma necessária para se livrar da cadeia.

Era Pra ser vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora