Capítulo 13

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Christian

No palácio o desespero de todos era evidente e ao olhar para o temporal que fazia do lado de fora deixei cair uma lágrima.

Onde Anastásia poderia estar?

Quando Margot entrou na sala para avisar que tínhamos uma visita com notícias sobre Ana todos despertaram do seu sofrimento. Logo, Margot apareceu acompanhada de uma senhora chamada Miranda que ao que parece em tempos havia sido ajudada por Ana.

— É verdade? Você tem notícias da minha filha? — perguntou Ray desesperado

— Sim. — respondeu a senhora — Depois que os homens do rei foram a vila o povo organizou uma busca mesmo com a chuva para procurar a menina e eu e meu marido a achamos.

— Onde ela estava? Ela está bem? — perguntei preocupado

— Nós a encontramos desmaiada debaixo da chuva no cemitério. – Todos se olharam em choque – Meu marido a levou para a nossa casa que era perto, mas é melhor alguém ir buscá-la, pois ela passou muito tempo na chuva e de certeza precisará de um médico.

Todos queríamos ir buscar Ana mas Ray receava a reação dela ao nos ver se estivesse acordada e acabou por decidir que iria somente ele com alguns dos seus homens.

Quando ele entrou no palácio com Ana nos braços todos corremos até ele e engoli em seco ao ver como ela estava pálida. Ray pediu que as mulheres trocassem a roupa dela e mandou chamar o médico pois Ana abriu os olhos na casa de Miranda rapidamente, mas tinha-os fechado novamente.

O médico examinou Ana e informou que ela estava com bastante febre e que possivelmente passaria mal a noite. Receitou um xarope para quando ela acordasse e pediu que colocássemos durante a noite compressas de água fria na testa da mesma.

Ao ver todos falando com o médico subi as escadas e entrei no quarto de Ana sem que ninguém percebesse. Ela estava a dormir e passei a mão no seu rosto constatando que ela estava mesmo com febre. Sentei-me ao seu lado na cama e segurei a mão dela fazendo carinho e falei com ela mesmo que não me ouvisse.

— Me perdoe Ana. Não queria que por minha culpa revivesse um momento tão mau de sua vida. Quando falei o nome da bailarina a minha intenção era que ficasse magoada, pois eu tive ciúmes ao vê-la dançar na festa da vila com aquele homem. A verdade é que desde que te conheci tenho sentido coisas que nunca senti: ciúmes, medo e quem sabe amor. — suspirei — Eu já beijei muitas mulheres, mas o seu beijo foi único. Foi o único que me fez sentir. Você tem de me perdoar e aos seus irmãos também. Volte a falar comigo Ana nem que seja para me tratar mal ou me responder torto, mas fale porque ser ignorado por você é muito doloroso. Quero que volte a ter aquele brilho nos olhos como quando falei que te ensinaria a lutar e que sorria como sempre fez. – deixei cair uma lágrima e depois aproximei os meus lábios dos dela e beijei-a. Nesse momento Ana abriu os olhos com alguma dificuldade e tenho certeza que ela nem sabia se estava no mundo real ou dos sonhos

— Christian — disse e olhei para ela e sorri.

— Sou eu, Ana. – ela voltou a fechar os olhos e então a delirar com a febre.

— Porquê ela? Porque todos traíram minha confiança? — comecei a colocar compressas de água fria na testa dela e a febre aos poucos foi baixando.

Autora

Mia que tinha ido ver como a amiga estava ficou surpresa ao ver o seu irmão cuidando dela e reparou que ele segurava a mão dela de forma terna.

— Que faz aqui Christian? Se ela acorda pode não gostar de te ver aqui.

— Ela esta com demasiada febre para saber o que é ou não real. Eu apenas estou cuidando dela.

— Você pode negar até para si mesmo, mas a forma como cuida dela me faz ver que você a ama Christian.

— Não quero falar disso Mia. — respondi — Mas fique aqui comigo pois os pais dela podem não gostar de eu estar aqui sozinho. Não fica bem uma vez que ainda não somos casados.

— Eu fico. — disse ela sentando ao meu lado — Os irmãos dela estão se sentindo culpados pelo que aconteceu. O senhor Ray disse que ela estava na frente da campa do tal James e que havia uma rosa branca fresca lá. Ele devia ser mesmo como um irmão para ela.

— Também me sinto culpado pois foi eu quem falou o nome de Leila e trouxe toda essa história de volta. Acha que ela vai perdoar a mim e aos irmãos?

— Acho que sim.— respondeu Mia molhando a compressa e entregando ao irmão — Ela só precisa de um tempo. Mas Samuel está preocupado é com o Julian, pois se ele voltar e ela ainda estiver doente é capaz dele querer bater em todos vocês.

— Ele é bem capaz disso pois me ameaçou para eu não a magoar. – os dois se calaram quando Ana voltou a delirar.

— James, é você? Como? Eu te vi morrer. Você será sempre meu irmão e sei que cuida de mim. – Christian e Mia se olharam pois a expressão no rosto de Ana era de dor mas depois ela ficou calma e chamou por ele. – Christian, Christian não vai, fica aqui. – Mia acabou sorrindo

— Acho que você não é o único que esta apaixonado e não sabe.

Christian ignorou a irmã e voltou a trocar as compressas de Ana. Grace e Carla que estavam na porta ficaram encantadas com a forma como Christian cuidava de Ana. Mia viu as duas e piscou o olho para elas que acabaram por deixar o quarto sem Christian as ver.

Os irmãos de Ana estavam mais calmos e agora apenas queriam encontrar uma forma de a irmã os perdoar quando melhorasse e voltasse a ser a menina deles.

Taylor deu por falta de Christian e chamou Elliot ao lado.

— Onde seu irmão se meteu?

— Eu acho que ele foi ver Ana pois o vi subir as escadas escondido.

— Acho que esse casamento não será um sacrifício para ele.

— Tá na cara que ele gosta dela mas que insiste em negar.

— Já você é o oposto deixa bem claro que quer algo com a Katherine. — disse Taylor ao primo

— Fala baixo. Quer que os irmãos dela me matem? Eu ainda nem falei com meus pais.

— Vocês só poderão casar depois do Christian e a Ana por isso tem tempo para conquistar os cunhados.

No andar de cima Christian acabou dormindo enquanto cuidava de Ana e Mia achava tão lindo ver os dois assim juntos que foi embora e os deixou sozinhos.

Ana remexeu-se um pouco e Christian acabou por a abraçar mesmo estando dormindo.

Ana remexeu-se um pouco e Christian acabou por a abraçar mesmo estando dormindo

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