Capítulo 30

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Depois de rirmos bastante ontem, só sossegamos e dormimos. Hoje nosso dia começou bem cedo, seguimos com a rotina da manhã e no momento estou na minha sala, já fiz uma videoconferência, redigi um documento, respondi e-mails e não parei a manhã toda.

Vim trabalhar achando que ia ser um dia tranquilo, mas foi bem corrido.

- 11:24... - Sussurro vendo às horas e penso em Nikolay, desde que chegamos não nos falamos, ele também deve ter tido um dia corrido.

Olho ao redor e tudo está bem, tomei o meu primeiro anticoncepcional hoje e até o momento não senti nada de diferente.

Sinto falta de Nikolay e como não tenho mais o que fazer, desligo o notebook, pego a minha bolsa e vou para a sala dele, posso já pedir comida e adiantamos o almoço.

Fui para sala de Nikolay e o encontrei sozinho, lendo umas folhas.

- Ei... - Digo entrando e fechando a porta, coloco a bolsa na poltrona e vou para o lado dele.

- Dia cheio, não tive tempo de ir mijar. - Ele diz passando a mão na minha cintura.

- Vou pedir comida. - Falo e ele me puxa pra ele, indo com a cadeira um pouco para trás, de modo que me sento no seu colo.

- Como foi sua manhã? - Ele pergunta beijando minha bochecha.

- Corrida. Senti sua falta. - Falo me sentindo bem por estar com ele.

Passo as mãos pelo pescoço dele e o abraço da maneira que posso.

- Vou dar uma pausa. - Ele diz cheirando meus cabelos me apertando.

- O que você quer comer? - Sussurro no ouvido dele, beijando seu pescoço.

- Você. - Ele diz e arregalo os olhos.

- E... eu? Eu sou... sou muito pequena. - Falo sem jeito e Nikolay começa a rir.

Escuto um pigarreado e tomo um susto, me afasto me virando e vejo meu sogro nos fitando, Nikolay me prende no colo dele e fico morta de vergonha.

- Não é nada disso que o senhor está pensando. - Falo mortificada.

- É isso mesmo que o senhor está pensando. Sua nora assanhada, saiu da sala dela e veio me agarrar. - Nikolay diz divertido e emito um som agudo.

Nikolay começa a rir, mas meu sogro está sério, algo aconteceu e posso ver pela seriedade dele.

- O que aconteceu? - Pergunto fitando meu sogro.

- É sobre seu pai. - Ele diz e Nikolay para de rir.

- Ele morreu? - Pergunto achando que é isso, pois meu pai não estava bem a muito tempo.

- Não, mas ele está com infecção generalizada e não há mais o que fazer. Os médicos vão desligar os aparelhos às 14 horas. - O Sr. Ernest diz e assinto.

- Tudo bem... eu... vou pedir o almoço, o senhor vai almoçar conosco? - Pergunto fitando meu sogro.

- Sim. - Meu sogro diz e vai se sentar em uma das poltronas.

- Ei? Você está bem? - Nikolay pergunta e olho pra ele.

- Estou. Vou pedir nosso almoço. - Falo dando um sorriso fraco para Nikolay.

Saio do colo dele e dou a volta na mesa, pegando minha bolsa.

Não sei como me sinto, mas me sinto um pouco estranha. Eu já sabia que meu pai estava doente em fase terminal, mas saber que ele possivelmente vai morrer ainda hoje me deixa um pouco ansiosa.

- O que vocês querem comer? Vou pedir peixe pra mim... - Pergunto pegando o celular.

Tanto Nikolay, como meu sogro falam que posso pedir peixe para eles. Faço o pedido do almoço, me sento na poltrona e Nikolay vai ao banheiro.

O Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora