Capítulo 15

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Me depilei, tomei banho, sequei os cabelos com secador, me vesti e fiquei pronta para sair.

Passei o batom vermelho, aquele que Trixie comprou pra mim, mas senti falta de usar brincos, gargantilha e alguma pulseira, estranho sentir falta de algo que nunca tive, mas senti falta.

Peguei minha bolsa, coloquei o celular dentro, ajeitei o pouco de coisas que tenho e quando eu ia descer Nikolay entrou no quarto.

- Esse batom é muito provocante, vai trocar isso! - Nikolay fala e cerro os olhos.

Ele está vestido com uma calça jeans preta, uma camiseta, sapatos e uma jaqueta cor de caramelo, ele está bonito.

- Provocante em que sentido? - Pergunto erguendo as sobrancelhas.

- Provocante, no sentido de que os homens vão ficar olhando. - Ele diz emburrado.

- Que olhem! É bom saber que as pessoas me acham linda, e que tenho uma boca bonita. Eu sempre fui tão discreta. De qualquer maneira que se foda os outros, eu adoro esse batom, e vou usar o quando eu quiser, é o primeiro batom que tenho na vida, eu quero e vou ser mais vaidosa. Se você não gostar, o problema é seu. - Falo empinando meu nariz.

- Provocadora do caralho. - Nikolay diz bravo.

- Acho que quero furar minha orelha, elas não são furadas, eu preciso comprar umas joias. - Constato.

- Que joias? Tá louca? Eu não... - Nikolay fala e me aproximo dele já levantando a bengala.

- Olha aqui, Nikolay. Eu não vou usar bijuterias. Quero diamantes, e todas as outras coisas. Sou sua esposa e tenho que estar apresentável! Espero que você esteja com o seu cartão, pois vou fazer umas comprinhas lá no shopping. Eu sou mulher fina, mereço tudo do bom e do melhor. Faz graça comigo pra você ver! Palhaço. - Digo e Nikolay cala a boca.

Baixo minha bengala e saio do quarto, Nikolay vem atrás de mim.

- Espera, caralho! Deixa eu ir na sua frente, se você cair nessa porra de escada vão me acusar de assassinato. - Nikolay diz passando do meu lado apressado.

Ele desce as escadas de lado, na minha frente, se eu tropeçar ou fizer merda ele me pega.

Chegamos ao fim da escada e fui para a cozinha. Hanna estava tirando umas louças da lava-louças.

- Vou dar um lanchinho para a Storm e para o Ray. Acho que nem precisa fazer janta, sobrou comida do almoço, e como vou ao cinema e ao shopping, como algo por lá. Pode tirar o resto da tarde e a noite de folga, Hanna. - Digo indo pegar uns biscoitos para Storm e Ray.

- Obrigada, senhora. - Hanna diz e pego uns biscoitos e uns petiscos de Storm e Ray. Coloco as comidas nos potes dos dois e resolvo chamar eles.

- STORM! RAY! VEM COMER... VEM... BISCOITO! - Berro esperando os dois virem para a cozinha, pois estão no quintal.

- Para de berrar, porra! Os vizinhos daqui a pouco vão achar que somos loucos! - Nikolay fala exasperado.

- Que se dane os vizinho! Esse horário eu posso berrar à vontade, então não enche meu saco. - Falo e Storm e Ray vem para a cozinha.

Os dois comem, me despeço deles e vou para a garagem.

- Vamos no meu carro, vou dirigindo. - Nikolay diz e vamos para um carro moderno. Ele vem para o meu lado e abre a porta pra mim.

- Que educado, é bom mesmo você ser um cavalheiro. - Digo entrando com cuidado no carro.

- Destrambelhada! - Nikolay diz e abro um sorriso me sentando no banco do carro.

O Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora