Quase um mês depois...
- Pronto, tenho certeza que o Valentin vai amar. - Falo animada fechando o pote com torta de frango.
Hoje é sexta-feira e finalmente vamos para Nova York, o voo vai durar 7 horas então vamos sair de Washington às 9 da manhã, depois das 16 horas chegamos em Nova York, e vamos para o apartamento que meu sogro tem lá.
Valentin dorme às 20 horas, então vamos chegar, jantar, brincar um pouco com ele e depois ele vai dormir, pois amanhã cedo ele tem consulta na clínica, Valentin vai fazer exames e com fé já vão pegar as medidas da prótese dele, que deve ser entregue em breve na clínica que fazemos fisioterapia.
Além de Valentin, uma Assistente Social do orfanato vai nos acompanhar, pois Valentin não poderia ir sozinho conosco.
Nesse um mês eu e Nikolay passamos tanto nervoso, pois para poder levar Valentin para Nova York foi uma burocracia absurda, em dado momento quase fizemos um escândalo no centro de assistência social, mas meu sogro conseguiu nos convencer a esperar, pois se fizéssemos escândalo ia ferrar com tudo.
Estamos muito próximos de Valentin, temos o visitado no orfanato nos fins de semana e honestamente não sei se consigo mais viver distante dele, e Nikolay está no mesmo barco que eu, pois todos os dias nos preocupamos, todos os dias sentimos a necessidade de saber se Valentin está bem, se comeu, se a escola vai bem.
Eu e Nikolay nunca falamos em adoção, mas a cada dia que passa, essa palavra martela mais e mais a minha mente.
Valentin é um amor, ele gosta de brincar com bloquinhos de construção e de montar coisas, ama comer, ele adora verduras, o que é raro para uma criança, o pequeno come muito bem, na escola ele adora fazer contas. No início quando nos conhecemos, Valentin era meio tímido, mas agora já deixou a timidez de lado, ele conversa conosco e é louco para conhecer os cachorrinhos, mas infelizmente eu e Nikolay não podemos simplesmente pegar Valentin e levar pra casa, nem levar Storm e Ray para o orfanato, então Valentin ainda não viu os cachorrinhos.
- Amor? Vamos nos atrasar. - Nikolay diz entrando na cozinha e olho o relógio do microondas, estamos adiantados, mas sei que Nikolay está ansioso, pois também estou.
- Já estou pronta. Só vou colocar o pote no cooler e saímos. - Digo indo até o cooler.
Fiz torta de frango, salada mista, brócolis, arroz primavera, rocambole de carne, bolo de chocolate e pudim, tudo para levar no avião para comermos, eu queria que Valentin comesse da minha comida, então fiz questão de acordar de madrugada pra fazer tudo para ele. Vamos levar suco, leite e tudo que Valentin gosta, afinal o avião é nosso e podemos levar tudo.
Nikolay comprou um carrinho de controle remoto, e um balde de blocos de montar, assim Valentin vai brincar no avião.
Não vamos levar Storm e Ray, pois a viagem vai ser rápida, infelizmente amanhã depois da consulta vamos voltar para casa, então decidimos deixar os cachorrinhos em casa.
Enfiei o pote de torta no cooler, me certifiquei de ter pego tudo e fomos para o carro.
- Ele já deve estar ansioso nos esperando. - Falo para Nikolay, enquanto ele guia para fora de casa.
- Sim. Espero que ele tenha gostado das roupas que compramos. - Ontem eu e Nikolay decidimos comprar umas roupas para Valentin, nós compramos camisetas, blusas, calças, uma jaqueta, touca, luvas, um cachecol, cuecas e tênis. Assim ele teria mais opções para a viagem.
Infelizmente e por conta do horário, não pudemos visitar Valentin, pois o orfanato tem horário de visitas. Nós compramos tudo e mandei lavar em uma lavanderia, fiquei com medo de ter passado algum bichinho nas roupas e de dar alergia em Valentin, por isso chegamos tarde no orfanato, mas falamos com a Assistente Social, que pegou as sacolas e jurou que ia colocar tudo na parte do armário do Valentin.
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O Casamento Forçado
RomansaDizem que a vida nem sempre é justa, que inocentes acabam pagando pela maldade alheia. Melissa Griffin é vítima da maldade desenfreada do próprio pai. Sem escolhas, ela é forçada a se casar com Nikolay McKay, o homem que vai mudar sua vida para semp...