capitulo diecisiete.

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                  𝙂𝙬𝙚𝙣 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬

Hoje era pra eu ir pra escola mas vou na casa da mãe do arellano para visitá-la, ela precisa de apoio e o robin me pediu para cuidar dela, quando ela descobriu sobre o Robin ela chorou tanto. Disse que contou ao robin, mas ele não ouviu. Bem, eu me senti um pouco mal naquele dia, não contei tudo, só disse que o Robin tinha sumido, mas não disse que ele se entregou ao sequestrador.

Tia é tão legal ela não merece isso mas eu não pude fazer nada quando descobri foi só no sonho que acordei assustada achando que estava alucinando, mas não, era real.

Você deve estar se perguntando e a polícia desta cidade, bem, nada. Resumindo, eles ficam me interrogando fazendo perguntas que não vão levar a nada, se depender deles nunca vamos encontrar o Finn, e nem o Robin.

Não vou à escola, não suporto aquele lugar, chegar lá e ouvir piadas horríveis sobre seu irmão, e até sobre Robin e também estou ocupada com coisas mais importantes como encontrá-los.

Tenho vontade de bater em todo mundo que faz piadas, mas amanhã tenho que ir. Se o Finn estivesse aqui comigo agora, ele me diria para ir, para não desistir dos estudos, sou muito nova. Mas tirando isso vou contar como estão as coisas em casa.

É tudo uma merda, todo dia ele vem bêbado e quer descontar em mim e acredita que ele tentou me bater?

Isso não é nenhuma novidade, ele disse que eu era a culpada de tudo isso, que meus sonhos que estão amaldiçoando as pessoas, naquele dia eu chorei muito, as palavras entraram no meu coração como uma faca, ele disse coisas tão horríveis, só não me bateu pois eu implorei tanto que Jesus tivesse misericórdia de mim.

Eu teria preferido que fosse ele em vez de mamãe.

No mesmo dia eu fui na casa da tia Arellano, ela me ajudou e disse que eu poderia ficar lá quando eu precisasse, eu adoro ir lá tem muita comida, e lá eu esqueço um pouco dos meus problemas, sou tão jovem e eu não posso curtir a infância, meu pai acaba com minha infância, o sequestrador acabando com minha infância.

Eu só queria ser uma criança normal ou pré-adolescente, que brinca com a família à tarde e sai para passear à noite, vejo a Valéria com a mãe e o pai, e tenho inveja, sim, tenho inveja!

E a única pessoa que me tratava assim, com amor e carinho de irmãos, foi sequestrado.

Eu só queria ser ela, não queria ter um pai alcoólatra que não se importa com a filha e a filha tem que aprender tudo sozinha, ou minha mãe que se suicida porque já estava ficando louca com sonhos.

Talvez nem seja por isso, talvez seja por causa do papai que ela fez isso.

Não aguento mais, só queria ser uma criança normal, a única família que eu tinha foi tirada pelo sequestrador.

Isso é tão injusto.

Eu nunca desejei ter um pai assim, se eu soubesse que seria assim eu nem queria nascer, tantas vezes chorei no meu quarto desde o sequestro.

Meu pai não se importa comigo, ele é um alcoólatra que não dá a mínima para o que sua filha pensa ou seu filho, o Finn. Que não se importa com mais nada e desconta sua raiva na filha que precisava de amor e carinho.

Nem sei se deveria chamá-lo de pai.

Eu só precisava de um abraço agora, um amor paterno, mas nem isso posso ter, seria pedir demais, e algumas pessoas nesta terra não podem ter o mínimo que merecem.

note:

desculpa por isso, eu me identificando com algumas partes, vou me m -

❝ 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐌𝐈𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 ❞ ━━ Rinney. ( pausada )Onde histórias criam vida. Descubra agora