13 - impala 67

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    Eleanor apareceu na minha porta às nove da manhã no dia seguinte, ela me pareceu muito mais arrumada com a sua calça jeans escura, uma blusinha semelhante a de Jess na quinta-feira, um casaco xadrez e uma jaqueta marrom escuro

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Eleanor apareceu na minha porta às nove da manhã no dia seguinte, ela me pareceu muito mais arrumada com a sua calça jeans escura, uma blusinha semelhante a de Jess na quinta-feira, um casaco xadrez e uma jaqueta marrom escuro. Espremi os olhos para ela, talvez ela esteja mais ansiosa do que eu em ir até a reserva escolher um carro para mim. Só talvez.

Tive que me submeter a botas. Eu estava evitando usá-las porque, particularmente, me parece uma ipseidade dos caipiras - desculpe, culpe o estereótipo texano - e eu me recusava a usar o apetrecho, uma vez que assim eu teria que parar de chamar os moradores da rocinha de Washington de caipiras porque me tornaria uma deles. Infelizmente, sou narcisista demais para usufruir da hipocrisia nesse sentido.

Os meus esforços foram derrubados pela Reserva Quileute. Apesar da praia de La Push ter uma areia negra que Mike estava quase me convencendo a ir visitar, o vilarejo quileute situava-se nas profundezas da floresta; entre os musgos, as plantas e, provavelmente, o Tarzan, pelo que Eleanor me dissera. O carro de seu pai ficara atolado na lama e, por sorte, os gostosões da reversa apareceram com seus músculos com cinquenta de largura, seu abdômen sarado e exposto, fazendo-a se deleitar com a pele de amêndoas que os indígenas possuíam.

Eu, vergonhosamente, admito longe dos ouvidos humanos que meu conceito de beleza subiu alguns degraus desde que conheci Edward Cullen. Que, por sinal, ainda me fazia ficar cética em relação aos seus interesses pela minha frugal pessoa. Ainda penso que é um experimento social ou um passatempo, já que ele estaria esperando seu amor verdadeiro na próxima pessoa que o Dr. Cullen resolvesse acolher à família.

A viagem até lá foi relativamente curta, eu estava começando a ficar frustrada com o fato de que todas as coisas relacionadas à Forks eram rápidas demais, isso não funcionava para o meu cérebro sedento por euforias que não fossem passageiras.

Eleanor subiu a carroça motorizada num barranco com muita facilidade, apesar dela balançar um pouco - o que me deixou nervosa com a possibilidade de tombar; Deus, eu precisava relaxar -; e, à medida que o bosque ficava mais esparso, as primeiras casinhas foram surgindo em meio a selva, bem no fundo da abertura de duas árvores, conectadas por um cipó repleto de musgo. Eu podia ouvir os macacos guinchando ao fundo e os leões rugindo.

De repente, Eleanor parou a caminhonete.

- Temos que seguir de pé daqui. - ela anunciou, para o meu completo pavor.

- É o quê? - gritei, abismada. - Elie, tá... chovendo muito ainda - apontei para além do para-brisa, onde gotas grossas vertiam do céu como as Cataratas do Iguaçu. -, e estamos sem capa de chuva. Eu sei que você quer abalar, mas aparecer empapada na porta deles não vai funcionar.

- É verdade, eu não pensei nisso. Nem trouxe guarda-chuva. - ela gemeu, apertando os olhos com a ponta dos dedos. - Vou ligar para o Jacob e pedir para ele vir nos buscar. - ela tirou o celular do bolso e eu suspirei, aliviada por não ter que andar bons metros na chuva, já que correr não era uma opção a menos que quiséssemos nos estabanar no chão como no primeiro dia de aula.

HATER OF MELANCHOLY| Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora