17 - vampiro

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    Quando voltei para casa junto com o meu pai, meu Impala estava estacionado em frente ao gramado

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    Quando voltei para casa junto com o meu pai, meu Impala estava estacionado em frente ao gramado. Meu corpo ficou rígido ao constatar que tudo o que aconteceu foi verdade e não um fruto da minha imaginação ridiculamente fértil e pessimista.

Falando sério, eu preferia estar louca. A realidade dos fatos ainda era estranha, o portal de um mundo de fantasia de repente aberto diante dos meus olhos. E eu não quero entrar aí.

Quer dizer, fala sério? Edward Cullen é algo diferente de um humano? Puff. Tragam a camisa de força, essa garota pirou!

Eu passei todo o tempo, até o meu pai ser liberado, fora de órbita. Não consegui ter minha sessão com Jane, todo o meu processo cognitivo deu curto circuito e eu só era capaz de pensar e repensar nas cenas do volvo de Edward.

Eu me perdi no fio da meada, tentando refazer o caminho que me levou ao poço de loucura que eu caí de cabeça.

Quando que, de uma hora para a outra, eu estava prestes a colocar os bofes pra fora, depois completamente encharcada, logo em seguida amassando o Cullen que eu mais mentalmente zombou dentro do seu carro e, por fim, descobri que ele é um alienígena, mutante ou algo do tipo?

Jesus, eu não fui feita para descobertas revolucionárias.

— O que você está fazendo? – meu pai perguntou, me olhando como se eu fosse uma esquisita.

Bem, eu parecia uma. Mexendo a cabeça de um lado para o outro, virando meu corpo em todos os ângulos e circulando meus olhos por toda a área da nossa casa.

— Nada. – disse, tentando fazer com que meus músculos parassem de ter espasmos de medo.

Mas eu não conseguia parar de fazer os meus calcanhares baterem no chão da varanda, ansiosa para que meu pai destrancasse logo a porta. Eu não queria ficar aqui fora, exposta.

Deus, eu vou enlouquecer.

Quando o véu da noite chegou, com a chuva martelando, eu não conseguia pregar o olho. Estava aflita, eufórica, cética, paranóica e todos os adjetivos possíveis para descrever uma pessoa que estava à beira da loucura.

No pé da minha cama, destoando sobre o cobertor grosso branco e com bolinhas roxas, estava a minha mais pesada frigideira de ferro fundido. Uma herança de família — foi da minha vó, da que veio antes dela, e antes da que veio antes dela; até chegar na minha mãe e, por fim, nas minhas mãos — que eu ia usar para tacar na cabeça de Edward se ele, de repente, resolver me assassinar na calada da noite.

Certo. Ok. Eu tenho que estudar o meu inimigo para saber com o que exatamente eu estou lidando.

Edward não respirava, sua força era sobrenatural, seus olhos mudavam de cor e sua pele era fria. Repassei e passei mentalmente, até que me vi listando as características em um post-it, separando as imperfeições das perfeições — não haviam imperfeições.

HATER OF MELANCHOLY| Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora